30/11/09

CORVETAS DA CLASSE "BAPTISTA DE ANDRADE"

(ACTUALIZADO)

Corveta "JOÃO ROBY"

TIPO DE NAVIO:
Corveta da patrulha oceânica

PERFIL:


DESLOCAMENTO:
1.380 toneladas

DIMENSÕES:
84,6 x 10,3 x 3,3 metros

PROPULSÃO:
2 motores a diesel OEW Pielstick 12 PC2 V280 - 12.000cv
12 cilindros
2 hélices

ENERGIA:
3 geradores diesel-eléctricos MAN-SIEMENS de 250kVA
1 gerador de emergência MAN-SIEMENS de 320kVA

COMBUSTÍVEL:
150 toneladas

VELOCIDADE MÁXIMA:
22 nós (41 km)

AUTONOMIA:
5.900 milhas a 18 nós
7.500 milhas a 15 nós
9.100 milhas a 13,5 nós

GUARNIÇÃO:
Oficiais: 7 (Sob o comando de um oficial superior)
Sargentos: 14
Praças: 51
Total: 72

HELICÓPTEROS:
Convés na popa para 1 helicóptero ligeiro (12 x 8 metros)

RADAR:
Navegação - KELVIN HUGHES 1007, banda I (37 Km de alcance)

COMUNICAÇÕES:
- Radiogoniómetros HF, VHF, UHF;
- 1 ETO (Emissor Transmissor de Ordens);
- SICC (Sistema Integrado de Controlo de Comunicações);
- Comunicações por satélite INMARSAT B;
- 2 Projectores de sinais

EQUIPAMENTO:
- Terminal SIFICAP;
- Ómega diferencial;
- Sistema GPS MX200;
- Sonda ultrasónica KELVIN HUGHES MS 32;
- Instalação de desmagnetização;
- Sistema de Carta Electrónica ECDIS;
- 6 Balsas salva-vidas;
- 1 Embarcação Mk9;
- 1 Bote pneumático ZEBRO III;
- 1 Lancha semi-rígida;
- Equipamentos portáteis de visão nocturna;
- Chuveiro para descontaminação nuclear;
- Chuveiros SPRINKLERS para alagamento dos paióis de munições;
- 1 Gerador de água doce por osmose inversa;
- Receptor DGPS;
- Odómetro electromagnético;
- Girobússola ARMA BROWN Mk7;
- Anemómetro;
- Agulha magnética;
- Agulha giroscópica;
- Barógrafo;
- Barómetro;
- Ar condicionado;
- Sistema de recepção de Avisos à Navegação NAVTEX;
- 1 Grua hidráulica telescópica HIAB 60 SEACRANE de 3,5 toneladas;
- Multisensor electro-óptico SAGEM, para detecção, gravação e registo de imagens;
- Receptor meteorológico FAC-SIMILE – NAGRAFAX

CONTROLO DE TIRO:
- PANDA (Peça de 40mm)

SISTEMAS DE ARMAS:
1 Peça CREUSOT-LOIRE de 100mm/55 Mod68 (17 Km de alcance)
2 Peças BOFORS de 40 mm/70 Mod68 (12 Km de alcance)

DESIGNAÇÃO NATO:
FS

INDICATIVO DE CHAMADA INTERNACIONAL:
CORDADE
CORJOBY
CORCEIRA

ENDEREÇO RADIOTELEGRÁFICO:
CTFE
CTFG
CTFH

NÚMERO DE AMURA:
F486
F487
F488

BASE DE APOIO:
Base Naval de Lisboa

NOME:
N.R.P. Baptista de Andrade
N.R.P. João Roby
N.R.P. Afonso Cerqueira

ANO DE CONSTRUÇÃO:
1972
1972
1973

EMPREGO OPERACIONAL:
- SAR;
- Presença Naval;
- Serviço público;
- Patrulha oceânica da ZEE;
- Controlo da poluição no mar;
- Combate ao narcotráfico;
- Fiscalização da pesca;
- Apoio a operações anfíbias;
- Fiscalização dos esquemas de separação de tráfego marítimo;
- Segurança de navios estrangeiros de visita a portos nacionais;
- Escolta a navios combatentes em águas restritas;
- Exercícios com unidades navais e aéreas;
- Viagens de instrução dos cadetes da Escola Naval.

NOTAS:
• Foram construídos nos Estaleiros Navais de "Bazán" (actual Navantia), em Cartagena (Espanha), de acordo com um plano português de modificação das corvetas da classe "João Coutinho", com armamento, sensores e equipamentos mais sofisticados.
• Originalmente foram construídas para a Marinha de Guerra da África do Sul, sendo de salientar que entre 1973 e 1974 deslocaram-se até ao Alfeite uma equipa da Marinha da África do Sul para estudo destes navios, mas devido ao embargo de armas efectuado pela ONU, foram compradas por Portugal.
• Dispõem de um convés na popa para 1 helicóptero ligeiro, mas na realidade estão somente habilitadas para a realização de reabastecimento vertical (VERTREP), além de que não são dotadas de hangar nem estação de reabastecimento de helicópteros.
• Têm acomodações adicionais para albergar 32 pessoas ou uma Força de Fuzileiros (4 Oficiais, 3 Sargentos e 25 Praças), valência operacional que a par do seu reduzido calado, permite-lhes penetrar nos rios de maior caudal e braços de mar, podendo servir como navio de apoio a operações anfíbias.


Corveta "Afonso Cerqueira" a servir de Navio de Apoio a operações anfíbias, com botes pneumáticos ZEBRO III do Corpo de Fuzileiros.


Operação de arriar os botes pneumáticos ZEBRO III no mar


Embarque dos Fuzileiros por recurso à rede de abordagem nos botes pneumáticos ZEBRO III


Organização da Força de Desembarque de Fuzileiros para o assalto ao objectivo


Progressão da Força de Desembarque de Fuzileiros


Assalto ao objectivo da Força de Desembarque de Fuzileiros

• Foram os primeiros navios da Armada dotados do sistema DMTI, que permite apagar no radar ecos fixos, conseguindo por consequência a detecção de alvos aéreos.
• Em 1976 durante o PREC, planeou-se vender toda a classe à Colômbia, com o desiderato de financiar a construção de novas fragatas, mas o negócio não se concretizou por pressões exercidas pela NATO.
• Em Junho de 1979, o corpo de Philippe Cousteau, filho de Jacques Cousteau, reconhecido oceanógrafo francês, foi sepultado no mar a cerca de 20 milhas a Sudoeste da entrada do Porto de Lisboa, numa cerimónia que decorreu a bordo da "Baptista de Andrade".
• Na década de 80, foram propostos algumas vezes planos para modernizar a classe, que previa inclusivamente dotar os navios de mísseis anti-navio EXOCET e mísseis anti-aéreos ASPIDE, mas nunca tal desiderato foi concretizado devido a falta de verbas, não obstante o navio disponha desde construção, espaço para paiós para tal armamento, sendo utilizado como acomodações adicionais para Fuzileiros.


Plano original das corvetas da classe "Baptista de Andrade"


Plano de modernização que previa a instalação de mísseis anti-navio EXOCET, mísseis anti-aéreos ASPIDE num lançador óctuplo ALBATROS e morteiro ASW de 375mm BOFORS.


Plano actual das corvetas da classe "Baptista de Andrade"

• Em 1995, a "Oliveira e Carmo" (já desactivada) foi abalroada à entrada da barra do Rio Tejo devido ao denso nevoeiro, pelo contratorpedeiro italiano "Luigi Durand de la Penne", quando este manobrava para sair do porto, tendo-se registado danos estruturais na proa do navio italiano e um considerável rombo na proa e ponte a estibordo do navio português, também se registou dois feridos ligeiros na guarnição da corveta.



















Danos na corveta Oliveira e Carmo

• Em Maio de 1998, a "Oliveira e Carmo" afundou a tiro de canhão uma estrutura metálica semi-submersa de grandes dimensões, com cerca de 11 metros de altura, a 86 milhas a Sul do grupo ocidental, em virtude de constituir perigo para a navegação.
• Em Agosto de 1998, ocorreu um incêndio a bordo da "Afonso Cerqueira" no Porto de Horta, Ilha do Faial - Açores.

Foto Agência Lusa / Blog NRP Álvares Cabral F336

• Em Fevereiro de 2000 os navios foram remodelados, com o objectivo de adequá-los às novas funções, o que se traduziu na retirada de todo equipamento ASW (Sonar Thomson-Sintra DIODON, tubos lança-torpedos US Mk32 Mod5 de 324mm, calha lança-bombas de profundidade Mk9, roncador MK-6) e numa significativa redução da guarnição e modernização dos sistemas de ajuda à navegação e comunicações.
• Em Julho de 2001, a "Afonso Cerqueira" participou na «Operação Sunrise» incluída na série de exercícios de intercâmbio militar "JCET" entre Portugal (DAE/ DMS nº2) e EUA (Det1/2ndBtl/19th SOF), a nível de Operações de Forças Especiais Navais que decorreram na Península de Tróia.
• Em 2003, durante a participação no exercício "SWORDFISH", a "João Roby" teve a bordo um simulador de guerra electrónica da NATO, a fim de criar um ambiente ainda mais realista.
• Em 2004, a "Afonso Cerqueira" participou no exercício "INSTREX", servindo como navio SAR e de navio alvo para a execução de abordagem dos navios da NATO.
• Em Maio de 2004, a "Baptista de Andrade" participou num exercício de combate à poluição em Viana do Castelo, no âmbito do Plano Mar Limpo, simulando um navio mercante que após uma colisão com o molhe exterior do porto de Viana do Castelo, resultou um derrame de fuelóleo.
• Em Setembro de 2006, a Corveta "João Roby" integrada na «EUROMARFOR», participou no exercício "OLIVES NOIRES" transportando o DMS nº 1, que realizou operações de guerra de minas em águas pouco profundas e posteriormente a limpeza e desminagem de um canal para permitir a realização de uma "Non-Combatant Evacuation Operation" efectuada pelos navios da força.
• Em Novembro de 2006, a "João Roby" participou no exercício "LUSIADA" no âmbito da preparação das Forças Armadas para cenários de resposta a crises.
• Em Maio de 2007, a "João Roby" serviu de plataforma de abordagem para uma simulação do DAE, no Dia da Marinha.


Simulação de abordagem do DAE

• Em Julho de 2008, a "João Roby" participou nas buscas de um avião que se despenhou ao largo do Cabo da Roca, com o apoio de um avião P3 Orion da FAP.
• Em Outubro de 2008, a "Baptista de Andrade" participou no exercício "FAMEX 08" reforçada com uma equipa de abordagem dos Fuzileiros, uma equipa de Mergulhadores e um binómio da Polícia Marítima, em Espanha.
• Em Março de 2009, a "Baptista de Andrade" integrada na «EUROMARFOR», participou no exercício de guerra de minas em águas pouco profundas "IT MINEX 09" servindo como Navio de Apoio (Diving Support Unit) ao DMS n.º 3, apetrechados de um AUV e transportando um PELBOARD dos Fuzileiros, no Mar Tirreno ao largo de La Spezia e Livorno - Itália.
• Em Abril de 2009, a "João Roby" participou no exercício "PHONIX EXPRESS" organizado pela Marinha dos EUA, que tem por finalidade fortalecer as relações entre as Marinhas do Norte de África, Sul da Europa e dos Estados Unidos.
• Em Maio de 2009, a "Afonso Cerqueira" participou no exercício "CONTEX/PHIBEX", dispondo de uma câmara hiperbárica, telefone submarino e de uma equipa de Mergulhadores Sapadores "Salvage Diving Team", que simularam uma operação de salvamento do "Barracuda", após este ter assentado no fundo de modo a simular ter sofrido um acidente.
• Em Maio de 2009, a "Baptista de Andrade" efectuou manobras de aproximação RAS com a fragata "Bartolomeu Dias".
• No dia 10 de Junho de 2009, a "João Roby" fundeada no Rio Tejo, participou na cerimónia realizando uma salva de tiros em homenagem aos mortos pela Pátria.
• Em Julho de 2009, a "Afonso Cerqueira" participou numa demonstração relativa ao exercício de Segurança Energética organizado para o Presidente da República, servindo como Navio de apoio aos Fuzileiros.
• Participam também nos exercícios nacionais: AÇOR, CONTEX, PHIBEX e ZARCO; e internacionais: CMX e JMC.

PARTICIPAÇÃO EM MISSÕES IMPORTANTES:

• Entre 03 de Setembro de 1975 e 11 de Março de 1976, a "Afonso Cerqueira" efectou uma viagem de circum-navegação, com a duração de 190 dias.
• Em Dezembro de 1975, a "João Roby" e a "Afonso Cerqueira" enquanto efectuavam comissões em Timor-Leste, após a Invasão Indonésia recolheram o pessoal militar português para a Ilha de Ataúro e posteriormente partiram para o seu porto de abrigo, na Base Naval de Darwin (Austrália).


Tropas Pára-quedistas a bordo da corveta "João Roby" nas imediações da ilha de Ataúro

• Em Junho de 1976, a Força Naval UO.21.2.1 constituída pela "Afonso de Cerqueira" e "Honório Barreto", comandado por um CMG e com Aspirantes do 2.º Ano da Escola Naval, Cadetes do CFOSE e alunos do Colégio Militar embarcados, acompanharam o Navio-Escola "Sagres" e a "Vega" numa viagem aos EUA para representar a Armada Portuguesa nas comemorações do seu Bicentenário, participando na "Internacional Naval Review" e na Parada Naval no Rio Hudson.
• Em Janeiro de 1980, a "Baptista de Andrade" prestou apoio às populações sinistradas dos Açores no sismo ocorrido no dia 1 de Janeiro.
• A 06 de Abril de 1989, a "Afonso Cerqueira" detectou um submarino convencional soviético da classe "Foxtrot" a navegar à superfície da ZEE de Portugal Continental.


Imagem obtida através dos binóculos do Director Secundário de pontaria e controlo de tiro da peça CREUSOT-LOIRE de 100mm (Foto de Francisco Santos)

• Em 1992, a "Baptista de Andrade" integrou as forças navais da UEO, na «Operação Sharp-Vigilance» no Mar Adriático, efectuando observação e vigilância marítima.
• Em 2002, a "João Roby" e a "Afonso Cerqueira" estiveram envolvidas nas operações de combate à poluição no mar, resultantes do afundamento do petroleiro "Prestige", efectuando acompanhamento da situação e recolha de amostras.
• Em Maio de 2003, a "João Roby" participou na 2ª fase da «Operação Ulysses», com objectivo de combater à imigração ilegal por via marítima, numa operação conjunta com a Marinha de Guerra Espanhola. A bordo da corveta estiveram agentes da do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
• Em Junho de 2003, a "João Roby" esteve envolvida nas operações de combate à poluição no mar, resultantes do afundamento do navio porta-contentores "Nautila".
• Em 2004, a "Afonso Cerqueira" durante a sua patrulha na zona da Convenção para a Cooperação Multilateral de Pescas no Atlântico Nordeste, efectuou duas acções de busca e salvamento a pesqueiros espanhóis, no mar coordenado pelo MRCC Reykjavic (Islândia).
• Em Agosto de 2004, a "Baptista de Andrade" participou na operação de negação às águas territoriais portuguesas, ao navio "Borndiep" (Barco do Aborto) da organização "Women on Waves".
• Em Julho de 2005, a "Baptista de Andrade" desempenhou medidas de protecção a visita particular dos Reis de Espanha aos Açores.
• Em Agosto de 2006, a "Baptista de Andrade" no âmbito da Agência Europeia de Fronteiras participou na «Missão Hera II», com objectivo de apoiar Cabo Verde no combater à imigração ilegal por via marítima, a bordo da corveta estiveram 3 inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, 2 agentes da Polícia Marítima e um pelotão de abordagem de 12 Fuzileiros.
• Em 2006, a "João Roby", estive envolvido na operação de tentativa de reflutuação do navio porta-contentores "Valour", que encalhou na Ilha do Faial, nos Açores.
• Em Agosto de 2006, a "João Roby" colocou 10 Fuzileiros nas Ilhas Selvagens com o objectivo de proteger os Vigilantes do Parque Natural da Madeira em serviço nas Selvagens.
• De Julho a Setembro de 2009, a "João Roby" apoiou a Brigada Hidrográfica da Marinha na realização de levantamentos hidrográficos, com o objectivo de actualizar as cartas dos portos e fundeadouros das ilhas do grupo central dos Açores, transportando a UAM "Cagarra".


Foto: blog o Porto da Graciosa

15/11/09

CORVETAS DA CLASSE "JOÃO COUTINHO"

(ACTUALIZADO)

Corveta "JOÃO COUTINHO"

TIPO DE NAVIO:
Corveta da patrulha oceânica

 
PERFIL:


DESLOCAMENTO:
1.336 toneladas

DIMENSÕES:
84,6 x 10,3 x 3,3 metros
Mastro 20,3 metros

PROPULSÃO:
2 motores a diesel OEW Pielstick 12 PC 2V 5280 a 425RPM
12.000cv
12 cilindros
2 hélices

ENERGIA:
3 geradores diesel-eléctricos MAN de 320kVA
1 gerador de emergência MAN de 160kVA

COMBUSTÍVEL:
150 toneladas

VELOCIDADE MÁXIMA:
22 nós (41 km)

AUTONOMIA:
5.900 milhas a 18 nós
7.500 milhas a 15 nós
8.880 milhas a 14 nós

GUARNIÇÃO:
Oficiais: 07 (Sob o comando de um oficial superior)
Sargentos: 13
Praças: 50
Total: 70

HELICÓPTEROS:
Convés na popa para 1 helicóptero ligeiro (12 x 8 metros)



Helicóptero ALOUETTE III da FAP aterrando na Corveta "António Enes" em Novembro de 1972, ao largo da Baía de Luanda - Angola

RADAR:
Procura superfície - RACAL-DECCA RM 1226C, banda I (27 Km de alcance)
Navegação - KELVIN HUGHES 1007, banda I/F (37 Km de alcance)

COMUNICAÇÕES:
- 2 Radiogoniómetros HF, VHF, UHF;
- 1 ETO (Emissor Transmissor de Ordens;
- SICC (Sistema Integrado de Controlo de Comunicações);
- DSC Sailor VHF (Global Maritime Distress Safety System);
- Comunicações por satélite INMARSAT B;
- 2 Projectores de sinais

EQUIPAMENTO:
- Ómega diferencial SERCEL M5;
- Terminal SIFICAP;
- Sistema GPS MX200;
- 6 Balsas salva-vidas;
- Sistema de Carta Electrónica ECDIS;
- 1 Bote pneumático ZEBRO III;
- 1 Embarcação Mk9;
- 1 Lancha semi-rígida;
- Equipamentos portáteis de visão nocturna;
- Chuveiros SPRINKLERS para alagamento dos paióis de munições;
- Chuveiro para descontaminação nuclear;
- Instalação de desmagnetização;
- Ar condicionado;
- 1 Gerador de água doce por osmose inversa;
- Sonda ultrasónica KH MS32;
- Receptor DGPS;
- Odómetro electromagnético CHERNIKEEF;
- Girobússola SPERRY Mk14 Mod2A;
- Anemómetro;
- Agulha magnética;
- Agulha giroscópica;
- Barógrafo;
- Barómetro;
- Sistema de recepção de Avisos à Navegação NAVTEX;
- 1 Grua hidráulica telescópica HIAB 60 SEACRANE de 3,5 toneladas;
- Multisensor electro-óptico SAGEM, para detecção, gravação e registo de imagens;
- Receptor meteorológico FAC-SIMILE – NAGRAFAX

CONTROLO DE TIRO:
- Mk51 Mod2 Gun Fire Control Systems (Peça de 40mm)

SISTEMAS DE ARMAS:
1 Peça dupla US NAVY L/50 Mk33 Mod4 de 76,2mm/50 (12,8 Km de alcance)
1 Peça dupla BOFORS de 40mm/60 Mk9 Mod58 (12 Km de alcance)
2 Calhas lança-minas

DESIGNAÇÃO NATO:
FS

INDICATIVO DE CHAMADA INTERNACIONAL:
CORENES
CORTINHO
CORCINTO
CORDECA

ENDEREÇO RADIOTELEGRÁFICO:
CTFV
CTFA
CTFB
CTFC

NÚMERO DE AMURA:
F471
F475
F476
F477

BASE DE APOIO:
Base Naval do Alfeite

NOME:
N.R.P. António Enes
N.R.P. João Coutinho
N.R.P. Jacinto Cândido
N.R.P. General Pereira d'Eça

ANO DE CONSTRUÇÃO:
1971
1970
1970
1970

EMPREGO OPERACIONAL:
- SAR;
- Presença Naval;
- Serviço público;
- Patrulha oceânica da ZEE;
- Controlo da poluição no mar;
- Combate ao narcotráfico;
- Controlo da imigração ilegal;
- Fiscalização da pesca;
- Apoio a operações anfíbias;
- Fiscalização dos esquemas de separação de tráfego marítimo;
- Segurança de navios estrangeiros de visita a portos nacionais;
- Escolta a navios combatentes em águas restritas;
- Exercícios com unidades navais e aéreas;
- Viagens de instrução dos cadetes da Escola Naval.

NOTAS:
• Os três primeiros navios foram construídos nos Estaleiros "Blohm & Voss", em Hamburgo - Alemanha, e os restantes três nos Estaleiros Navais de "Bazán" (actual Navantia), em Cartagena - Espanha.
• A sua construção foi realizada sob um projecto de concepção nacional de 1965, da autoria do Contra-Almirante Engenheiro Construtor Naval Rogério d'Oliveira (Direcção das Construções Navais), com colaboração dos estaleiros alemães "Blohm & Voss" no que concerne a estudos de pormenor e estabilidade, foram a 1.ª série de um programa de 16 corvetas, cuja 3.ª série não se chegou construir.
• O casco é inteiramente soldado e de estrutura longitudinal, a superestrutura é de alumínio e de estrutura transversal.
• O projecto foi utilizado posteriormente como base para as corvetas das classes "Descubierta" da Marinha de Guerra Espanhola, Egípcia e Marroquina, "Meko 140" da Marinha de Guerra Argentina e inspirou os avisos da classe "A69" da Marinha de Guerra Francesa, Argentina e Turca.


Corveta da classe "DESCUBIERTA" da Marinha de Guerra Espanhola


Corveta da classe "MEKO 140" da Marinha de Guerra Argentina


Corveta da classe "A69" da Marinha de Guerra Francesa

• Foram os primeiros navios de guerra construídos nos Estaleiros "Blohm & Voss" para uma Marinha de Guerra estrangeira, após a 2ª Guerra Mundial.
• Nos primórdios da sua entrada ao serviço activo, toda a classe substituiu diversos contratorpedeiros, fragatas, corvetas e avisos, nomeadamente em comissões de serviço nas antigas colónias africanas, durante a Guerra Colonial patrulhando a costa e servindo de canhoneiras até 1975.


Perfil da Corveta "João Coutinho" na época da Guerra Colonial

• Dispõem de um convés na popa para 1 helicóptero ligeiro, mas na realidade estão somente habilitadas para a realização de reabastecimento vertical (VERTREP), além de que não são dotadas de hangar nem estação de reabastecimento de helicópteros.
• Têm acomodações adicionais para albergar 32 pessoas ou uma Força de Fuzileiros (04 Oficiais, 03 Sargentos e 25 Praças), valência operacional que a par do seu reduzido calado, permitia-lhes penetrar nos rios de maior caudal e braços de mar de Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, podendo servir como navio de apoio a operações anfíbias.
• Até 1976, com o desiderato de adequar a classe às funções de patrulha, foi-lhes retirado de todo equipamento ASW (Sonar QCU 2; calhas lança-bombas de profundidade Mk9; projector de foguetes anti-submarino Mk10 HEDGEHOG), mais o controlador de tiro da Peça de 76.2mm Western Electric AN/SPG-34, banda I e o radar de aviso aéreo MLA-1B, originando uma significativa redução da guarnição (-30%).


Equipamentos retirados assinalados

• A partir do final da década 1980 foram modernizadas recebendo novos radares, terminal SIFICAP e sistema de comunicações MOST-4.
• A "Jacinto Cândido", foi condecorada em Maio de 1981 com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos, pelo apoio prestado às populações sinistradas dos Açores no Sismo de 01 de Janeiro de 1980.
• Em 1986, a peça de artilharia de 76,2mm à proa da "António Enes" ficou danificada devido ao mau estado do mar.


















Danos na peça de artilharia

• A 10 de Março de 1987, pelas 17:30 à entrada do Porto de Horta na Ilha do Faial - Açores, deu-se uma violenta explosão na casa da máquina do leme da "António Enes", provocando baixas entre a guarnição: faleceu 01 Oficial Subalterno e 03 Marinheiros, desapareceram 02 Marinheiros e outros 11 ficaram feridos, danificou o pavimento da tolda, o painel da popa, a casa do leme e compartimentos adjacentes.


Foto Agência Lusa / Blog NRP Álvares Cabral F336

• Em Fevereiro de 1988, a "João Coutinho" transportou com destino a S. Diego - EUA, a nova estátua do navegador português João Rodrigues Cabrilho (1542), encomendada pelo Serviço Nacional de Parques do EUA, com o objectivo de substituir a antiga em mau estado.
• Em Janeiro de 1991, a "Augusto de Castilho" (já desactivada) procedeu ao transporte para a Alemanha da futura 1.ª guarnição da Fragata "Vasco da Gama".
• Em 1999, a "Honório Barreto" (já desactivada) participou no exercício "CONTEX/PHIBEX" projectando para terra o PELREC como força avançada, que posteriormente simulou a compilação de informações sobre o dispositivo das forças inimigas.
• Em 2000, a "General Pereira d'Eça" participou no filme "Capitães de Abril", simulando a Fragata "Gago Coutinho" da classe "Pereira da Silva".
• Em 2002, a "António Enes" participou no exercício "INSTREX", integrada na força opositora e rebocando o alvo para tiro de superfície.
• Em 2002, a "Augusto de Castilho" (já desactivada) participou no exercício "NEOTAPON", servindo de navio de apoio aos Mergulhadores Sapadores na detecção de simulacros que simulavam minas.
• Em Junho de 2005, a "Jacinto Cândido" transportou um contingente de escuteiros marítimos de Ponta Delgada numa expedição às Ilhas Formigas.
• Em Abril de 2006, a "General Pereira d'Eça" serviu de transporte para a Ilha da Madeira, aos jovens participantes no VI Curso de Defesa para Jovens, organizado pelo Instituto de Defesa Nacional.
• Em Maio de 2006, a "General Pereira d'Eça" participou no exercício "ANATOLIAN SUN", com uma equipa do PELBOARD e equipas do DMS n.º 1 e n.º 2.
• Em Novembro de 2007, ao largo do Cabo Espichel a corveta "General Pereira d'Eça" participou no exercício de combate a imigração clandestina "ABLE PROTECTOR 2007", simulando um navio mercante com emigrantes clandestinos a bordo, que posteriormente foi assaltado por uma secção do PELBORD, no exercício também participaram a fragata "Vasco da Gama", elementos da Polícia Marítima, um helicóptero Lynx e um avião de patrulha marítima P3 Orion e helicóptero EH-101 Merlim da FAP.


Corveta "General Pereira d'Eça" na simulação do assalto por uma secção do PELBORD

• Em Julho de 2008, a "General Pereira d'Eça" participou em conjunto com o Zoomarine de Albufeira na devolução ao mar de 5 tartarugas-comuns.
• Em Novembro de 2008, a "António Enes" participou no exercício de combate à poluição do mar "AUSTRAL", embarcando as autoridades e os convidados, ao largo do Algarve.

• Em Novembro 2008, a “João Coutinho” colaborou no projecto de colaboração técnico-científica Luso-Espanhola de Extensão da Plataforma Continental Portuguesa, apoiando técnicos do IGIDL no lançamento ao fundo do mar (5500 metros) 9 OBS - “Ocean Bottom Seismographs", ao longo da linha sísmica numa extensão de aproximadamente 100 milhas náuticas.
• Em Março de 2009, a a "João Coutinho" participou no exercício conjunto "AÇOR 08", servindo de plataforma de exercícios VERTREP para os helicópteros PUMA e MERLIN da FAP.
• Em Abril de 2009, a "António Enes" participou no exercício de treino operacional da Zona Militar dos Açores "FOCA 092", apoiando elementos do Regimento de Guarnição n.º 2 do Exército, ao largo da Ilha de S. Miguel nos Açores.
• Em Julho de 2009, durante a estadia do Porta-aviões nuclear Norte-americano "Eisenhower", a "João Coutinho" foi destacada para exercer a protecção ao navio.
• A título de curiosidade, duas das três corvetas de construção em estaleiros espanhoís "Augusto Castilho" e "Honório Barreto", foram desarmadas e servem de canibalização, as razões prendem-se com a idade, estado geral dos navios, elevados custos de reparação, falta de orçamento e falta de pessoal para as guarnecer.


Foto de Luís Miguel Correia

• Participam também nos exercícios nacionais: AÇOR, CONTEX e ZARCO.

PARTICIPAÇÃO EM MISSÕES IMPORTANTES:
• Em Junho de 1976, a Força Naval UO.21.2.1 constituída pela "Afonso de Cerqueira" e "Honório Barreto", comandado por um CMG e com Aspirantes do 2.º Ano da Escola Naval, Cadetes do CFOSE e alunos do Colégio Militar embarcados, acompanharam o Navio-Escola "Sagres" e a "Vega" numa viagem aos EUA para representar a Armada Portuguesa nas comemorações do seu Bicentenário, participando na "Internacional Naval Review" e na Parada Naval no Rio Hudson.


Foto cedida por Almirante Nunes da Silva

• Em 14 de Dezembro de 1982, a "Honório Barreto" (já desactivada) disparou 3 salvas de artilharia com a peça dupla de 76,2mm contra a proa do Navio-Butaneiro "Bandim", por encontra-se à deriva e semi-afundado com a proa elevada 15 metros acima da superfície, naufragado a 120 milhas a SW do Cabo Espichel, acabando por ser afundado por um torpedo lançado pelo "Barracuda".
• Em Junho de 1998, a "Honório Barreto" (já desactivada) transportando o Grupo de Comando, um Pelotão de Atiradores da CF22, uma Secção Anti-carro e uma Secção de Botes (12 Zebro III) e a "João Coutinho" transportando o PELREC e uma Secção de Botes (12 Zebro III) participaram na «Operação Crocodilo», com o objectivo de evacuar de civis e militares nacionais do conflito da Guiné-Bissau.
• Em 2001, a "Augusto de Castilho" (já desactivada) e a "João Coutinho" participaram na recuperação de corpos do acidente da ponte Hintze Ribeiro em Entre-os-Rios.
• Em 2002, a "Honório Barreto" (já desactivada), estive envolvido na operação de remoção do navio mercante chinês "Coral Bulker", que encalhou no molhe exterior do porto de Viana do Castelo.
• Em 2002, a "João Coutinho" esteve envolvida nas operações de combate à poluição no mar, resultantes do afundamento do petroleiro "Prestige", efectuando acompanhamento da situação e recolha de amostras.
• Em Janeiro de 2003, a "João Coutinho" participou na «Operação Ulysses», com objectivo de combater à imigração ilegal por via marítima, numa operação conjunta com a Marinha de Guerra Espanhola junto às Ilhas Baleares. A bordo da corveta estiveram 3 inspectores-adjuntos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
• Em Junho de 2003, a "João Coutinho" esteve envolvida nas operações de combate à poluição no mar, resultantes do afundamento do navio porta-contentores "Nautila".
• Em Agosto de 2004, a "General Pereira d'Eça" participou na operação de negação às águas territoriais portuguesas, ao navio "Borndiep" (Barco do Aborto) da organização "Women on Waves".
• Em Janeiro de 2005, a "António Enes" participou na «Operação Guanarteme», com objectivo de combater à imigração ilegal por via marítima, numa operação conjunta com a Marinha de Guerra Espanhola junto às Ilhas Canárias. A bordo da corveta estiveram 2 agentes da Polícia Marítima, 3 inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, e um PELBOARD (1 Sargento e 8 Praças).
• Em Julho de 2005, a "João Coutinho" e a "Jacinto Cândido" desempenharam medidas de protecção a visita particular dos Reis de Espanha aos Açores.
• Em Julho de 2005, a "João Coutinho" colocou 10 Fuzileiros nas Ilhas Selvagens com o objectivo de proteger os Vigilantes do Parque Natural da Madeira em serviço nas Selvagens.
• Em Fevereiro de 2006, a 100 milhas da Ilha da Madeira, a corveta "António Enes" participou na «Operação AGRAFE» de combate ao narcotráfico, em cooperação com a Polícia Judiciária, transportando 8 efectivos do DAE, que abordaram um veleiro suspeito mediante lanchas pneumáticas, culminando na apreensão de 1,5 toneladas de cocaína, na operação participou também um avião P3 Orion da FAP.
• Em Maio de 2006, a "Jacinto Cândido" durante a sua patrulha na zona da Convenção para a Cooperação Multilateral de Pescas no Atlântico Nordeste, efectuou 215 observações, duas fiscalizações e prestou apoio logístico a algumas embarcações de pesca, no mar da Islândia.
• Em Agosto de 2007, a "Jacinto Cândido" durante a sua integração na operação europeia de controlo da imigração ilegal «HERA», nas águas territoriais e ZEE do Senegal e da Mauritânia, detectou e interceptou três embarcações "CAYUCOS" e um total de 463 emigrantes ilegais, que presumivelmente se dirigia para o arquipélago das Canárias.
• Em Novembro de 2007, a "António Enes" integrada na «EUROMARFOR» participou no exercício "MULTICOOPERATIVE EXERCISE" ao largo da costa da Argélia, com o objectivo de promover o intercâmbio de actividades com as Armadas dos países do sul do Mar Mediterrâneo, de salientar a participação da fragata argelina "Rais Corso" da classe "Koni", de fabrico russo.

• Em Junho de 2008, a "António Enes" durante a operação conjunta com a Polícia Judiciária e a FAP «RELÂMPAGO», procedeu à abordagem e apreensão de uma embarcação de pesca com 6 toneladas de haxixe.