16/06/16

LEITURAS À VISTA - 07

          Para a 7.ª “LEITURA À VISTA”, recomendo o livro: "TRAIÇÃO - O Agente e a Professora", redigido por José Lucena Pinto, edição de autor.

          O livro narra sobre factos ainda hoje controversos de carácter político, militar e social do passado recente da História de Portugal, incutindo sentimentos fortes ao leitor.
           Possui um enredo de leitura fácil e cativante, ombreando com uma história de vida, que espelha o modo de estar na vida do seu autor: "Um só rosto, uma só palavra".
          Os "Grupos de caça" da DGS existiram. Não era mais do que equipas de seis elementos, sendo um deles Agente, os outros elementos Agentes Auxiliares autóctones que, falavam perfeitamente as línguas das zonas onde os "grupos" actuavam.
          As deslocações para as zonas de intervenção eram executadas em jeep Land Rover, algumas vezes integradas em MVL - Movimento Viaturas de Logística. Também por Heli Allouete III ou outros meios.
          Os "Grupos de caça", eram fundamentalmente grupos de recolha de informações, estando muitas vezes oito dias em zonas de alto risco, camufladas dos olhares. Por vezes, havia contactos de fogo em que, tanto da parte do IN-Inimigo como dos "Grupos de caça" havia mortos e feridos. Uma homenagem aqui, ao primeiro mentor desses "Grupos de recolha de Informações " - Orlando Cristina.
         O livro, destina-se a divulgar em tom romanceado, a história da Brigada da DGS-Nampula que, constituía os três "Grupos de caça". Desde o humor de situações caricatas, passando pelo amor de um Agente e uma Professora, a recolha de informações em zonas de 100% de risco e as operações, algumas clandestinas em países limítrofes a Moçambique.
          Os Informadores a quem a DGS recorria, alguns em Embaixadas, foram de inestimável valor. Por fim, o livro aborda a traição política militar de que esses Agentes foram vítimas.