30/10/10

CÃES DE GUERRA NO CORPO DE FUZILEIROS

(ACTUALIZADO)


Desfile da Secção Cinotécnica do Corpo de Fuzileiros

          No Teatro de Operações de Moçambique, durante a Guerra Colonial, em virtude da profusão de minas A/C e A/P colocadas nas zonas de actividade da FRELIMO, foram utilizados Cães de Guerra pelos Fuzileiros, adquiridos à África do Sul e empregues essencialmente por pessoal especializado em "pisteiro de combate".
          O desiderato era recorrer às várias capacidades dos animais como o olfacto, o ouvido, a melhor visão à noite, maior mobilidade e velocidade, colaborando de modo profícuo na detecção de minas, armadilhas e emboscadas.
          A título de exemplo, durante a comissão de serviço em Moçambique da Companhia de Fuzileiros n.º 8, no período de 1965/1968, foram usados Cães de Guerra na patrulha da Estação Radionaval de Lourenço Marques (actual Maputo), no Aquartelamento dos Fuzileiros em Machava, nas patrulhas pela cidade da Polícia Naval e em Paradas Militares.


Cães de Guerra da Companhia de Fuzileiros n.º 8 (Foto cedida por Cte. Rosa Garoupa)

          Eram cerca de 8 a 10 Pastores Alemães cada um com o seu respectivo canil individual, sendo que as instalações eram dotadas de um óptimo campo de treino/obstáculos para ensino e manutenção.
          A título de curiosidade, o Estado na época garantia para alimentação dum cão uma quantia superior à da abonada a uma Praça!


Cães de Guerra em Campo de obstáculos

          Não obstante, também nos outros Teatros de Operações da Guerra Colonial existiu cães em unidades de Fuzileiros, mas funcionando mais como mascote da unidade, como sucedeu com o "Dembos" da Companhia de Fuzileiros n.º 10 em comissão de serviço em Angola entre 1966-1968.







Fuzileiro Mário Manso e o "Dembos" (fotos do blog Fuzileiros para sempre)

          Em 1974, por iniciativa de um grupo de Oficiais, Sargentos e Praças, foi criado um Centro de Treino e Criação de Cães de Guerra, integrada nos Serviços Gerais da Escola de Fuzileiros, mais recentemente designada por Secção de Cinotécnia, com o propósito de reforçar o serviço de vigilância e patrulha, materializando o conceito binómio homem/cão para defesa imediata.



Binómio Homem/Cão

          Esta unidade ao mesmo tempo pautou-se por colaborar na manutenção de raças autóctones que já se encontraram ameaçadas de extinção: Castro Laboreiro e Cães-de-água Portugueses.
          Estes animais têm número mecanográfico e prestam serviço (Ordens de Serviço) no perímetro da Escola de Fuzileiros e na Base de Fuzileiros.
          Actualmente esta unidade do Corpo de Fuzileiros é utilizada no combate ao narcotráfico e ao terrorismo, colaborando desde 1996 na Busca e Detecção de substâncias ilícitas e desde 2003 na de Engenhos Explosivos Improvisados.


Detecção de substância ilícita por cão da Secção Cinotécnica do Corpo de Fuzileiros

          A título de exemplo, logo no 1.º dia em que mancebos apresentam-se na Escola de fuzileiros para prestar o Serviço Militar em Regime de Voluntariado, por praxe são submetidos a uma detecção de substâncias ilícitas efectuada por cães especialmente treinados para o efeito.
          Esta unidade costuma marcar sempre presença em eventos e cerimónias do Corpo de Fuzileiros e da Marinha Portuguesa, realizando demonstrações de capacidades.


Secção Cinotécnica no Dia do Fuzileiro

          A própria Revista da Armada ao longo dos tempos sempre redigiu alguns artigos sobre esta Secção, dedicando inclusivo uma capa de revista à unidade (Abril de 1984 / n.º 151) apresentado um famoso cão de raça Serra da Estrela de nome "Xangai" que ganhou numerosos troféus em campeonatos de cães com aplicação militar e o respectivo tratador Cabo FZE Bastos, nomeadamente cerca de 20 taças, 30 medalhas, 21 diplomas de excelente e 35 certificados de aptidão.


Cão da Serra da Estrela "Xangai" e Tratador Cabo FZ Bastos

04/10/10

O DIA DA RESERVA NAVAL


9 de Outubro de 2010

PROGRAMA

          A AORN - Associação dos Oficiais da Reserva Naval, promove, pelo segundo ano consecutivo, o DIA DA RESERVA NAVAL.

          É um dia de reunião, de solidariedade, de camaradagem que todos os que passaram pela Reserva Naval devem colocar na sua agenda.

Este ano as comemorações são distribuídas por dois locais diferentes:

          A sessão solene tem lugar no Pavilhão das Galeotas - Museu de Marinha, em Lisboa, onde serão homenageados alguns dos nossos melhores e onde iremos dialogar com a Armada sobre um tema actualíssimo: a aquisição e o uso estratégico e táctico dos novos submarinos.
          
O almoço-convívio tem lugar no Farol da Guia (em Cascais, a caminho do Guincho), de onde podemos contemplar a foz do rio Tejo e o Mar imenso.

09:00 - Reunião dos participantes junto ao Museu de Marinha (pode ser usado o parque de estacionamento do Museu

09:30 - Missa na Igreja da Memória (Igreja das Forças Armadas), em honra dos camaradas já falecidos

10:30 - Sessão Solene no Pavilhão das Galeotas (Museu de Marinha)

– Abertura (Presidente da Assembleia Geral)

– Apresentação/Discussão sobre a “Importância dos Submarinos para Portugal”
(Comandante Gouveia e Melo)

– O Futuro da AORN - Alteração dos Estatutos e a Liga Naval (Presidente da Direcção)

– Homenagem aos nossos sócios e camaradas (Entrega do "Golfinho de Ouro"):

• António Rodrigues Maximiano (a título póstumo)
• Alípio Barrosa Pereira Dias
• Ernâni Rodrigues Lopes
• Nuno Gonçalo Vieira Matias

12:00 - Encerramento e deslocação para Cascais

13:00 - Almoço-Convívio no Farol da Guia
17:00 - Encerramento das comemorações

          Na sessão solene, a mesa é constituída pelos presidentes da Assembleia-Geral, Conselho Fiscal e Direcção da AORN, pelo Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada e pelo palestrante.

          As deslocações entre o Museu de Marinha, a Igreja da Memória e o Farol da Guia, poderão ser efectuadas em autocarros da Marinha.