• Dois submarinos franceses desta classe desapareceram no Mar Mediterrâneo sem deixar rasto: o "
Minerve" em 1968 e o "
Eurydice" em 1970, em 1971 o "
Flore" quase teve o mesmo destino, devido a um defeito numa válvula do "snorkel", foi retirado de serviço em 1989 e actualmente é utilizado pela Arábia Saudita para treino.
• O "Albacora", o 1.º da classe chegou à Base Naval do Alfeite em 28 de Abril de 1968, escoltado pelo "Narval" da 3.ª Esquadrilha.
• Em 1968, o "Albacora" participa pela 1.º vez num exercício internacional, no "PTB" da Marinha Francesa.
• Em Fevereiro de 1970, o "Barracuda" participou pela 1.º vez num exercício NATO "SUNY SEAS 70" com a "STANAVFORLANT".
• Em Junho de 1970, o "Delfim" participou no exercício NATO "NIGHT PATROL".
• Em Junho de 1971, o "Delfim" durante o exercício da Marinha Espanhola "Armada 71", proporcionou o embarque a 2 Oficiais e 2 Sargentos da da Marinha Espanhola, tendo o Cte., o Imediato, um Sargento e uma Praça sido agraciados com a «
Cruz del Mérito Naval».
• A 9 de Dezembro de 1971, na Guerra Indo-Paquistanesa, um submarino da classe "Daphné" paquistanês, o "
Hangor" afundou a fragata indiana "
Khukri" da classe "Type 14" de origem inglesa, tendo sido o 1.º ataque de um submarino desde a 2.ª Guerra Mundial, curiosamente a fragata foi um dos navios da União Indiana que participou na Invasão de Goa em 1961.
• Em Dezembro de 1970, o "Delfim" no âmbito da cooperação militar, proporcionou um estágio aos alunos da Escola de Submarinos da Marinha Espanhola com saídas para o mar, por esta estar em fase de aquisição de navios da mesma classe.
• Em Março de 1972, o "Albacora" participou no exercício de manobras aero-navais da Marinha Real Britânica "JOINT MARITINE COURSE", ao largo do Norte da Escócia.
• Em Maio de 1972, o "Barracuda" realizou a sua primeira Grande Revisão efectuada em Portugal, prevista durar 18 meses, mas que terminou 33 meses após o seu início.
• Em Julho de 1972, o "Albacora" realizou uma viagem a Cabo Verde atracando na Ilha de S. Vicente, com o desiderato de testar o comportamento do submarino em águas de temperaturas elevadas, percorrendo 3.089 milhas.
• Em Setembro de 1972, ocorreu um incêndio no sistema propulsor do "Delfim" quando navegava em snorkel, pouco depois de zarpar do Porto do Funchal - Ilha da Madeira.
• Em Setembro de 1973, o "Albacora" depois de participar no exercício NATO "QUICK SHAVE" sofreu uma anomalia no sistema de comunicações que impossibilitou de comunicar ao início da viagem de regresso ao Comando da Marinha Portuguesa e da NATO, despoletando uma acção de SAR a nível nacional e da NATO.
• A 29 de Outubro de 1975, o "Cachalote" foi abatido ao efectivo e vendido à França no Porto de Toulon que por sua vez vendeu-o ao Paquistão em Janeiro de 1976, sendo baptizado de "
Ghazi", posteriormente ao ser modernizado recebeu a capacidade para lançar mísseis anti-navio SUB-HARPOON.
O NRP "Cachalote" a navegar (Foto cedida por Reinaldo Delgado / blogue Navios e Navegadores)
• Em Setembro de 1979, o "Albacora" e o "Barracuda" realizam um encontro em imersão e exercício de comunicação a 3 km de distância.
• Nos anos 80 receberam uma modernização a nível de sensores.
• Em Setembro de 1980, o "Barracuda" quando se dirigia para Plymouth - Inglaterra, navegando com mau tempo à superfície durante 379 horas e 6 minutos para participar no exercício NATO "TEAM WORK", partiu duas antenas e danificou um tanque de lastro que originou uma banda de 10.º, a Bombordo.
• Em Outubro de 1980, os Adidos Militares Navais de Marinha de Guerra estrangeiras acreditados em Lisboa embarcaram num submarino para assistirem a uma demonstração das capacidades operacionais.
• Em Setembro de 1982, o "Barracuda" executou o 1.º ataque anti-submarimo com um torpedo de exercício ao "Delfim".
• Em Maio de 1983, o "Barracuda" durante o exercício NATO "LOCKED GATE 83", realizado numa área a Sul de Cádiz - Espanha, constituiu com outros submarinos uma barreira de oposição ao trânsito de forças de superfície opositoras que navegavam para o Mar Mediterrâneo, através do Estreito de Gibraltar.
Na sequência da intercepção de comunicações, o "Barracuda" identificou a aproximação da força naval do porta-aviões nuclear "
Eisenhower" (CBG - Carrier Battle Group) da Marinha dos EUA, não integrada no exercício, com destino ao Mar Mediterrâneo a fim de render o CBG da 6.ª Esquadra.
Após análise dos dados disponíveis foi possível identificar que a força naval cruzaria o limite Norte da área de patrulha atribuída ao "Barracuda", pelo que com base na detecção a longa distância da força naval, na identificação do respectivo rumo de progressão e fazendo uso do profundo conhecimento das condições batitermográficas prevalecentes na zona, foi possível posicionar tacticamente o "Barracuda", utilizando as zonas de sombra dos sonares dos navios de escolta da cobertura de protecção do porta-aviões de modo a dificultar a respectiva detecção.
Perante a situação táctica e a possibilidade irrecusável de tentar-se simular um ataque a um porta-aviões, foi decidido manobrar de forma a passar sem ser detectado pela poderosa cobertura de protecção do "
Eisenhower", constituída em avanço por helicópteros ASW com sonar em activo e posteriormente por navios de superfície operando também os sonares em activo.
Tal manobra foi conseguida com recurso a opções tácticas adequadas, permitindo ultrapassar com êxito total a cobertura do "
Eisenhower" e posicionar o "Barracuda" a navegar ao mesmo rumo e sob o porta-aviões, até atingir a posição de ataque simulado com torpedos, totalmente indetectado.
Após a acção e logo que a situação táctica e operacional o permitiu, o "Barracuda" foi à cota periscópica e transmitiu uma mensagem para a entidade condutora do exercício (CINCIBERLANT), relatando a acção. O CBG só teve conhecimento da acção à posteriori e com suporte nos registos efectuados a bordo do "Barracuda" durante a acção.
Findo o exercício o "Barracuda" foi destinatário da seguinte mensagem pessoal de parabéns do Contra-almirante Deputy CINCIBERLANT: