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08/08/16

ESTATÍSTICAS ARTIGO SUBMARINOS CLASSE TRIDENTE!

          Não tenho por hábito monitorizar as estatísticas do blogue, no entanto cativou-me a atenção o facto do artigo sobre os Submarinos da classe "Tridente", só relativo aos últimos 03 meses possuir um número anormal de visitas de um determinado país...
          Curiosamente, o nosso Submarino NRP "Tridente" participou recentemente no exercício da NATO: "BALTOPS 16" realizado em águas do Mar Báltico, onde mais uma vez, como é apanágio dos nossos 02 submarinos, fez um verdadeiro brilharete! 
          Meras coincidências?...
 
Artigo sobre SUBMARINOS DA CLASSE "TRIDENTE":
 
 

23/10/12

“HISTÓRIAS À VISTA” - 20

          20.ª “HISTÓRIA À VISTA”, da autoria do CALM REF Nunes da Silva, versando sobre a sua participação no NBGE-MTWP da NATO, como representante de Portugal.
 
PARTICIPAÇÃO DE PORTUGAL NO NBGE-MTWP:
 
          Em 1970, sendo eu Director de Instrução do CITAN, fiz uma proposta de alteração ao ATP 1, manual NATO das operações aero-navais.
          Por esse motivo, fui nomeado para representar Portugal na reunião do NBGE (Naval Board Group of Experts) a realizar em Oslo, numa quinzena de Novembro.
          Como participante, recebi todas as propostas e comentários a essas propostas dos restantes países e comandos NATO, de alterações ao ATP 1 e aos outros manuais.
          Estudei-as cuidadosamente, uma a uma, para poder emitir opinião, fundamentada, de aprovação, rejeição ou de aprovação se alterada.
          Entretanto, passei do CITAN à Capitania do Porto de Lisboa, o que não me impediu de ir recebendo propostas novas, as estudar e depois participar na reunião de Oslo.
          O grupo de Oficiais especialistas era grande e foram criados vários painéis para deliberarem sobre as propostas das várias publicações. Eu fiz base na do ATP 1 mas, porque era representante único dum país, fui de vez em quando aos outros painéis, dar opinião.
          As minhas opiniões tiveram excelente aceitação, melhores do que as de Oficiais de países como os EUA e bateram o recorde de aceitações.
          Chegado a Portugal fiz relatório, terá sido entendido como “gabarolice” e ficou na gaveta da secretária dum Chefe de Divisão do EMA.
          No ano seguinte Portugal não se fez representar e o NBGE, mantendo missão, passou a designar-se MTWP (Maritime Tactical Working Party).
          Em 1972, vem o MAS Naval Board a Portugal e o seu Presidente faz, no EMA, uma declaração onde consta:
 
          Foi uma “bomba”, “aparece” o meu relatório, dizem-me que serei condecorado, que a medalha Vasco da Gama era pouco. Não fui condecorado nem sequer louvado, mas passei a ir a todas as posteriores reuniões anuais do MTWP e outras e a acumular o trabalho na Capitania com este do EMA.
          Dada a multiplicidade de painéis, propus e foi aceite como meu adjunto o então Com.te Aguiar de Jesus e, nalgumas das outras reuniões, Malheiro Garcia, Joel Pascoal, Hasse de Oliveira, Conde Martins, Chaves.
          De todos recebi excelente cooperação, Portugal passou a apresentar mais propostas e comentários a propostas, batendo recorde de aceitações em todos os anos.
          O meu método manteve-se: reunia os meus Oficiais, analisávamos todas as propostas e seus comentários, uma a uma, e decidia qual a posição a tomar por Portugal, fundamentando-a.
          Nas reuniões, quando aparecia indecisão nalguma proposta, o Oficial vinha-me consultar. E, todos os dias, após cada reunião, reunia-os no quarto de hotel para fazermos o ponto e estudarmos propostas de decisão adiadas.
          Num plenário na Holanda, as minhas intervenções foram tantas e tão certeiras que a plateia, com cerca de 80 Oficiais de todos os países, rompeu com uma salva de palmas. Resultados de 1976:
 


























































































          O crédito que Portugal obteve, veio a servir-me para conseguir comparticipação NATO na aquisição de unidades navais, operacionalmente credíveis, concretizada anos depois nas MEKO. E no CITAN.
          Deixei de participar no MTWP após promoção a Oficial General em 1976, passando o testemunho a Joel Pascoal.

01/05/12

FUZILEIROS NA BÓSNIA-HERZEGOVINA

(ACTUALIZADO)

















Força de Fuzileiros DELTA com a Bandeira Nacional de partida para a Bósnia-Herzegovina (foto cedida por Cabo FZ António Lourenço / Associação de Fuzileiros)

          As FA's portuguesas no âmbito da missão de Apoio à Paz «SFOR II» na Bósnia-Herzegovina, marcaram presença militar ao longo de 16 anos, entre Janeiro de 1996 e Dezembro de 2011, sendo as principais localidades palco das Operações de Apoio à Paz: Rogatica, Vitkovice, Mostar, Visoko, Sarajevo e Srebrenica.
          Em 12 de Julho de 1999, no âmbito da operação «JOINT FORCE da NATO», foi decidido mediante um Despacho Conjunto do CEMA e CEME, constituir uma Força Conjunta de escalão Batalhão, integrando respectivamente militares dos dois ramos das FA’s (Marinha de Guerra Portuguesa e do Exército Português).
















Pelotão da CF n.º 21 em desfile nas ruas de Rogatica (Foto: Corpo de Fuzileiros)

          No que concerne à Marinha de Guerra Portuguesa, esta fez-se representar pela sua Infantaria Naval de combate, com uma Força de Fuzileiros designada “DELTA”, entre 01 de Setembro de 1999 e 09 de Agosto de 2000, constituída por Estado-Maior, Grupo de Comando e Serviços e a Companhia de Fuzileiros n.º 21 (CF n.º 21) do Batalhão de Fuzileiros n.º 2 (num total de 120 militares), tendo sido dividida com aquartelamento em Rogatica, Sarajevo e Vitkovice, juntamente com as Companhias do Exército Português.
          Em Rogatica (num antigo Hotel), ficou parte da Força e o Comando do Agrupamento; em Sarajevo, ficou destacado uma Secção para operar a Plataforma Logística, cuja função visava fazer a ponte entre a chegada de carga do Aeroporto e a Força no terreno; em Vitckovice (numa antiga fábrica), ficou o resto da Força juntamente com o Companhia de Serviços e Manutenção.
          A unidade “DELTA” estava por sua vez integrada na Força Nacional Conjunta Marinha – Exército de escalão Batalhão (BATTLE GROUP), designado “Agrupamento Conjunto ALFA”, adstrito ao Contingente Militar Português da «SFOR II», constituindo a sua OPRES (Reserva Operacional Terrestre), como Força de Intervenção do COMSFOR (Comando da Força de Estabilização) da NATO «SFOR II».
          Como Força de Intervenção, o “Agrupamento Conjunto ALFA”, como unidade flexível e robusta vocacionada para lidar com problemas de segurança, podia ser empenhada à ordem do COMSFOR em qualquer local do TO (Teatro de Operações) Bósnia-Herzegovina, em regime de prontidão de 08 horas, nomeadamente para executar “SURGE OPERATIONS”, reforçar as Divisões Multinacionais realizando “FRAMEWORK OPERATIONS” e garantir a segurança do Campo Militar de Visoko.


















Força de Fuzileiros DELTA (foto cedida por Cabo FZ António Lourenço / Associação de Fuzileiros)

          Quanto à operacionalidade, a título de exemplo destaca-se:
- Participação no exercício «JOINT RESOLVE XIX» entre 22 e 26 de Maio de 2000, na zona de Mostar (Divisão Multinacional Sueste) a nível do “Agrupamento Conjunto ALFA”;















Fuzileiros junto de um helicóptero UH-60 Black Hawk da US Army, durante o exercício JOINT RESOLVE XIX (Foto: Corpo de Fuzileiros)

- A CF n.º 21 reforçou o “1st Battalion, 64th Infantry” da Divisão Multinacional Norte, sob Comando Norte-americano;
- Execução de patrulhas nocturnas;


















Guarnição de CHAIMITE composta por Fuzileiros, durante uma patrulha nocturna (foto cedida por SAJ FZ Jorge Piriquito)

- Realização de patrulhas conjuntas com outras forças estrangeiras;


































Fuzileiros e tropas canadianas durante patrulha conjunta (fotos cedidas por SAJ FZ Jorge Piriquito)

- Inspecção a locais de armazenamento de armamento com outras forças estrangeiras;


















Fuzileiros em patrulha apeada junto a vias rodoviárias (foto cedida por Cabo FZ António Lourenço / Associação de Fuzileiros)

- Exercício de Tiro real em Glamoc, em 17 de Março de 2000 e entre 23 e 24 de Agosto de 2000, com todo o tipo de armamento orgânico distribuído;



































Fuzileiros em exercício de tiro real com armamento orgânico (fotos cedidas por Cabo FZ António Lourenço / Associação de Fuzileiros)

- Na zona de Srebrenica entre 19 Junho e 15 de Julho de 2000, um Pelotão de Fuzileiros da CF n.º 21 realizou várias missões de reforço à Divisão Multinacional Norte e a Divisão Multinacional Noroeste, esta última sob Comando Britânico.



















Guarnição de CHAIMITE composta por Fuzileiros de partida para patrulha a partir do "Camp Dobol" (foto cedida por SAJ FZ Jorge Piriquito)


















Coluna de viaturas no "Camp Dobol" (foto cedida por SAJ FZ Jorge Piriquito)

          No tocante a armamento orgânico, os Fuzileiros foram apetrechados com:
- Pistola WALTHER P-38 de 9mm;
- Espingarda Automática HK G3 A4 de 7,62mm, com culatra retrátil;
- Espingarda Automática HK G3 TGS de 7,62mm, com lança-granadas HK-79 de 40mm acoplado;
- Metralhadora-ligeira MG-3 de 7,62mm;
- Metralhadora-ligeira BROWNING de 7,62mm;
- Metralhadora-pesada BROWNING M2HB de 12,7mm;
- Lança-granadas-foguetes LAW de 66mm;
- Canhão sem recuo CARL GUSTAV M3 CRS de 84mm;
- Morteirete FBP de 60mm;
- Posto de tiro do míssil filoguiado anti-carro MILAN M1.


















Fuzileiros com armamento e viaturas orgânicas (foto cedida por Cabo FZ António Lourenço / Associação de Fuzileiros)

          Quanto a viaturas orgânicas, a partir de Janeiro de 2000, os Fuzileiros foram equipados com os seguintes meios terrestres cedidos pelo Exército Português:
- 10 Viaturas ligeiras 4x4 UMM ALTER D;
- 03 Viaturas tácticas médias IVECCO 4010 D;
- 01 Viatura Pesada Pronto-Socorro M-816;
- 10 Viaturas blindadas de transporte de tropas 4x4 BRAVIA CHAIMITE V-200, com metralhadora-pesada BROWNING M2HB de 12,7mm.


















Parque de viaturas dos Fuzileiros em Visoko (foto cedida por Cabo FZ António Lourenço / Associação de Fuzileiros)

















Parque de CHAIMITES atribuídas aos Fuzileiros em Visoko (foto cedida por SAJ FZ Jorge Piriquito)

          De salientar que a Força de Fuzileiros “DELTA” foi inclusivamente escolhida por duas publicações periódicas estrangeiras para artigos de reportagem:
- Uma sobre o 3.º Pelotão da CF n.º 21 dotada de CHAIMITES, pela revista do Exército Norte-americano "Talon" (Abril de 2000);
- Outra sobre o exercício de Tiro real em Glamoc, em 17 de Março de 2000, com todo o tipo de armamento orgânico distribuído, pelo boletim “SFOR Informer Online”.

















































Revista talon (imagens cedidas por SAJ FZ Jorge Piriquito)










































Boletim SFOR Informer Online (imagens cedidas por SAJ FZ Jorge Piriquito)

          O transbordo de Portugal dos efectivos dos Fuzileiros (11 Oficiais, 15 Sargentos e 94 Praças) para o TO da Bósnia-Herzegovina foi efectuado por via de 04 voos TAM e 01 voo civil entre 04 de Janeiro e 03 de Fevereiro de 2000.
          Anteriormente à entrada no TO, a Força de Fuzileiros “DELTA” no que tange ao Aprontamento, realizou um na Base de Fuzileiros entre 07 e 25 de Junho de 1999 nas seguintes áreas:
- Treino físico;
- Vigilância de áreas sensíveis;
- Montagem de “check-points”;
- Patrulhamentos motorizados / apeados;
- Procedimentos de comunicações;
- Controlo de multidões;
- Operações aeromóveis;
- Combate em áreas edificadas;
- Aprontamento sanitário.
          Seguido de outro Aprontamento no Regimento de Infantaria n.º 3 em Beja, consistindo em Treino Operacional e participação nos Exercícios “BLI 992” e “HERMES 99".


















Fuzileiros a interagir com crianças bósnias (foto cedida por Cabo FZ António Lourenço / Associação de Fuzileiros)

          Entre Junho e Julho de 1999, foram frequentados por Fuzileiros os seguintes cursos / estágios:
- “Operações de Apoio à Paz” por 06 Oficiais FZ’s, 13 Sargentos FZ’s e 93 Praças na EPI do Exército em Mafra;
- “Chefe de carro VBTP V-200” por 03 Oficiais FZ’s e 10 Sargentos FZ’s na EPC do Exército em Santarém;
- “Condutor de VBTP V-200” por 13 Praças FZ’s no RC n.º 6 do Exército em Braga;
- “Procedimentos administrativo-logísticos” por 01 Oficial FZ e 01 Sargento FZ na EPAM do Exército na Póvoa do Varzim;
- “Meios de Comunicações” por 04 Praças FZ’s na EPT do Exército no Porto.


















Coluna de viaturas guarnecidas por Fuzileiros (foto cedida por Cabo FZ António Lourenço / Associação de Fuzileiros)

          Já no TO da Bósnia-Herzegovina foram efectuados Treinos Operacionais com o objectivo de manter o Regime de Prontidão de 08 horas:
- Reconhecimento a nível de Pelotão e Companhia;
- Tiro real;
- Treino de condução e de transmissões;
- Diversas operações a nível de Pelotão nas Divisões;
- Orientações sobre o TO junto das Divisões;
- Treino de técnicas específicas;
- Treino com helicópteros UH-60 “Black Hawk” da US Army.

































Fuzileiros em treino com helicópteros UH-60 Black Hawk da US Army (fotos cedidas por Cabo FZ António Lourenço / Associação de Fuzileiros)

          Com o objectivo de não descurar a moral e bem-estar no TO da Bósnia-Herzegovina, os Fuzileiros dispunham de vários meios didácticos e realizaram diversas actividades:
- Projecção de vídeo-filmes;
- Festas de aniversário;
- Biblioteca / Videoteca;
- Grupo musical;
- Campeonatos de xadrez;
- Campeonatos desportivos;
- Intercâmbios desportivos com FA’s de outras nacionalidades e civis locais;
- Concurso de fotografia;
- Visitas a locais com interesse cultural/histórico.


















Fuzileiro conductor (FZV) de viatura táctica média IVECCO 4010 D (Foto: Corpo de Fuzileiros)

          Terminada a missão foi compilado um processo documental na área das Informações, onde consta o Relatório de Fim de Missão, versando sobre as experiências e ensinamentos recolhidos, que foram posteriormente transmitidos em palestras efectuadas sobre Operações de Apoio à Paz no Corpo de Fuzileiros.
          Acresce-se ainda que no ano de 2000, um Oficial Superior Fuzileiro (CTEN FZ) cumpriu uma Comissão de Serviço na Bósnia-Herzegovina, na qualidade de Chefe da Missão de Observadores da União Europeia em Sarajevo, constituída por 50 elementos civis e militares de diferentes países da Europa, no âmbito da «European Union Monitor Mission» para os Balcãs.
          Estes observadores tinham por tarefa diária realizarem patrulhas e estabelecerem contactos com as entidades e população obtendo informações (judiciais, económicas, políticas e militares), que eram a posteriori relatadas nos seus relatórios diários e entregues nos respectivos Ministérios de Negócios Estrangeiros.

Filme sobre os Fuzileiros na Bósnia-Herzegovina:
https://barcoavista.blogspot.pt/2015/05/filme-sobre-o-contingente-de-fuzileiros.html

30/11/09

CORVETAS DA CLASSE "BAPTISTA DE ANDRADE"

(ACTUALIZADO)

Corveta "JOÃO ROBY"

TIPO DE NAVIO:
Corveta da patrulha oceânica

PERFIL:


DESLOCAMENTO:
1.380 toneladas

DIMENSÕES:
84,6 x 10,3 x 3,3 metros

PROPULSÃO:
2 motores a diesel OEW Pielstick 12 PC2 V280 - 12.000cv
12 cilindros
2 hélices

ENERGIA:
3 geradores diesel-eléctricos MAN-SIEMENS de 250kVA
1 gerador de emergência MAN-SIEMENS de 320kVA

COMBUSTÍVEL:
150 toneladas

VELOCIDADE MÁXIMA:
22 nós (41 km)

AUTONOMIA:
5.900 milhas a 18 nós
7.500 milhas a 15 nós
9.100 milhas a 13,5 nós

GUARNIÇÃO:
Oficiais: 7 (Sob o comando de um oficial superior)
Sargentos: 14
Praças: 51
Total: 72

HELICÓPTEROS:
Convés na popa para 1 helicóptero ligeiro (12 x 8 metros)

RADAR:
Navegação - KELVIN HUGHES 1007, banda I (37 Km de alcance)

COMUNICAÇÕES:
- Radiogoniómetros HF, VHF, UHF;
- 1 ETO (Emissor Transmissor de Ordens);
- SICC (Sistema Integrado de Controlo de Comunicações);
- Comunicações por satélite INMARSAT B;
- 2 Projectores de sinais

EQUIPAMENTO:
- Terminal SIFICAP;
- Ómega diferencial;
- Sistema GPS MX200;
- Sonda ultrasónica KELVIN HUGHES MS 32;
- Instalação de desmagnetização;
- Sistema de Carta Electrónica ECDIS;
- 6 Balsas salva-vidas;
- 1 Embarcação Mk9;
- 1 Bote pneumático ZEBRO III;
- 1 Lancha semi-rígida;
- Equipamentos portáteis de visão nocturna;
- Chuveiro para descontaminação nuclear;
- Chuveiros SPRINKLERS para alagamento dos paióis de munições;
- 1 Gerador de água doce por osmose inversa;
- Receptor DGPS;
- Odómetro electromagnético;
- Girobússola ARMA BROWN Mk7;
- Anemómetro;
- Agulha magnética;
- Agulha giroscópica;
- Barógrafo;
- Barómetro;
- Ar condicionado;
- Sistema de recepção de Avisos à Navegação NAVTEX;
- 1 Grua hidráulica telescópica HIAB 60 SEACRANE de 3,5 toneladas;
- Multisensor electro-óptico SAGEM, para detecção, gravação e registo de imagens;
- Receptor meteorológico FAC-SIMILE – NAGRAFAX

CONTROLO DE TIRO:
- PANDA (Peça de 40mm)

SISTEMAS DE ARMAS:
1 Peça CREUSOT-LOIRE de 100mm/55 Mod68 (17 Km de alcance)
2 Peças BOFORS de 40 mm/70 Mod68 (12 Km de alcance)

DESIGNAÇÃO NATO:
FS

INDICATIVO DE CHAMADA INTERNACIONAL:
CORDADE
CORJOBY
CORCEIRA

ENDEREÇO RADIOTELEGRÁFICO:
CTFE
CTFG
CTFH

NÚMERO DE AMURA:
F486
F487
F488

BASE DE APOIO:
Base Naval de Lisboa

NOME:
N.R.P. Baptista de Andrade
N.R.P. João Roby
N.R.P. Afonso Cerqueira

ANO DE CONSTRUÇÃO:
1972
1972
1973

EMPREGO OPERACIONAL:
- SAR;
- Presença Naval;
- Serviço público;
- Patrulha oceânica da ZEE;
- Controlo da poluição no mar;
- Combate ao narcotráfico;
- Fiscalização da pesca;
- Apoio a operações anfíbias;
- Fiscalização dos esquemas de separação de tráfego marítimo;
- Segurança de navios estrangeiros de visita a portos nacionais;
- Escolta a navios combatentes em águas restritas;
- Exercícios com unidades navais e aéreas;
- Viagens de instrução dos cadetes da Escola Naval.

NOTAS:
• Foram construídos nos Estaleiros Navais de "Bazán" (actual Navantia), em Cartagena (Espanha), de acordo com um plano português de modificação das corvetas da classe "João Coutinho", com armamento, sensores e equipamentos mais sofisticados.
• Originalmente foram construídas para a Marinha de Guerra da África do Sul, sendo de salientar que entre 1973 e 1974 deslocaram-se até ao Alfeite uma equipa da Marinha da África do Sul para estudo destes navios, mas devido ao embargo de armas efectuado pela ONU, foram compradas por Portugal.
• Dispõem de um convés na popa para 1 helicóptero ligeiro, mas na realidade estão somente habilitadas para a realização de reabastecimento vertical (VERTREP), além de que não são dotadas de hangar nem estação de reabastecimento de helicópteros.
• Têm acomodações adicionais para albergar 32 pessoas ou uma Força de Fuzileiros (4 Oficiais, 3 Sargentos e 25 Praças), valência operacional que a par do seu reduzido calado, permite-lhes penetrar nos rios de maior caudal e braços de mar, podendo servir como navio de apoio a operações anfíbias.


Corveta "Afonso Cerqueira" a servir de Navio de Apoio a operações anfíbias, com botes pneumáticos ZEBRO III do Corpo de Fuzileiros.


Operação de arriar os botes pneumáticos ZEBRO III no mar


Embarque dos Fuzileiros por recurso à rede de abordagem nos botes pneumáticos ZEBRO III


Organização da Força de Desembarque de Fuzileiros para o assalto ao objectivo


Progressão da Força de Desembarque de Fuzileiros


Assalto ao objectivo da Força de Desembarque de Fuzileiros

• Foram os primeiros navios da Armada dotados do sistema DMTI, que permite apagar no radar ecos fixos, conseguindo por consequência a detecção de alvos aéreos.
• Em 1976 durante o PREC, planeou-se vender toda a classe à Colômbia, com o desiderato de financiar a construção de novas fragatas, mas o negócio não se concretizou por pressões exercidas pela NATO.
• Em Junho de 1979, o corpo de Philippe Cousteau, filho de Jacques Cousteau, reconhecido oceanógrafo francês, foi sepultado no mar a cerca de 20 milhas a Sudoeste da entrada do Porto de Lisboa, numa cerimónia que decorreu a bordo da "Baptista de Andrade".
• Na década de 80, foram propostos algumas vezes planos para modernizar a classe, que previa inclusivamente dotar os navios de mísseis anti-navio EXOCET e mísseis anti-aéreos ASPIDE, mas nunca tal desiderato foi concretizado devido a falta de verbas, não obstante o navio disponha desde construção, espaço para paiós para tal armamento, sendo utilizado como acomodações adicionais para Fuzileiros.


Plano original das corvetas da classe "Baptista de Andrade"


Plano de modernização que previa a instalação de mísseis anti-navio EXOCET, mísseis anti-aéreos ASPIDE num lançador óctuplo ALBATROS e morteiro ASW de 375mm BOFORS.


Plano actual das corvetas da classe "Baptista de Andrade"

• Em 1995, a "Oliveira e Carmo" (já desactivada) foi abalroada à entrada da barra do Rio Tejo devido ao denso nevoeiro, pelo contratorpedeiro italiano "Luigi Durand de la Penne", quando este manobrava para sair do porto, tendo-se registado danos estruturais na proa do navio italiano e um considerável rombo na proa e ponte a estibordo do navio português, também se registou dois feridos ligeiros na guarnição da corveta.



















Danos na corveta Oliveira e Carmo

• Em Maio de 1998, a "Oliveira e Carmo" afundou a tiro de canhão uma estrutura metálica semi-submersa de grandes dimensões, com cerca de 11 metros de altura, a 86 milhas a Sul do grupo ocidental, em virtude de constituir perigo para a navegação.
• Em Agosto de 1998, ocorreu um incêndio a bordo da "Afonso Cerqueira" no Porto de Horta, Ilha do Faial - Açores.

Foto Agência Lusa / Blog NRP Álvares Cabral F336

• Em Fevereiro de 2000 os navios foram remodelados, com o objectivo de adequá-los às novas funções, o que se traduziu na retirada de todo equipamento ASW (Sonar Thomson-Sintra DIODON, tubos lança-torpedos US Mk32 Mod5 de 324mm, calha lança-bombas de profundidade Mk9, roncador MK-6) e numa significativa redução da guarnição e modernização dos sistemas de ajuda à navegação e comunicações.
• Em Julho de 2001, a "Afonso Cerqueira" participou na «Operação Sunrise» incluída na série de exercícios de intercâmbio militar "JCET" entre Portugal (DAE/ DMS nº2) e EUA (Det1/2ndBtl/19th SOF), a nível de Operações de Forças Especiais Navais que decorreram na Península de Tróia.
• Em 2003, durante a participação no exercício "SWORDFISH", a "João Roby" teve a bordo um simulador de guerra electrónica da NATO, a fim de criar um ambiente ainda mais realista.
• Em 2004, a "Afonso Cerqueira" participou no exercício "INSTREX", servindo como navio SAR e de navio alvo para a execução de abordagem dos navios da NATO.
• Em Maio de 2004, a "Baptista de Andrade" participou num exercício de combate à poluição em Viana do Castelo, no âmbito do Plano Mar Limpo, simulando um navio mercante que após uma colisão com o molhe exterior do porto de Viana do Castelo, resultou um derrame de fuelóleo.
• Em Setembro de 2006, a Corveta "João Roby" integrada na «EUROMARFOR», participou no exercício "OLIVES NOIRES" transportando o DMS nº 1, que realizou operações de guerra de minas em águas pouco profundas e posteriormente a limpeza e desminagem de um canal para permitir a realização de uma "Non-Combatant Evacuation Operation" efectuada pelos navios da força.
• Em Novembro de 2006, a "João Roby" participou no exercício "LUSIADA" no âmbito da preparação das Forças Armadas para cenários de resposta a crises.
• Em Maio de 2007, a "João Roby" serviu de plataforma de abordagem para uma simulação do DAE, no Dia da Marinha.


Simulação de abordagem do DAE

• Em Julho de 2008, a "João Roby" participou nas buscas de um avião que se despenhou ao largo do Cabo da Roca, com o apoio de um avião P3 Orion da FAP.
• Em Outubro de 2008, a "Baptista de Andrade" participou no exercício "FAMEX 08" reforçada com uma equipa de abordagem dos Fuzileiros, uma equipa de Mergulhadores e um binómio da Polícia Marítima, em Espanha.
• Em Março de 2009, a "Baptista de Andrade" integrada na «EUROMARFOR», participou no exercício de guerra de minas em águas pouco profundas "IT MINEX 09" servindo como Navio de Apoio (Diving Support Unit) ao DMS n.º 3, apetrechados de um AUV e transportando um PELBOARD dos Fuzileiros, no Mar Tirreno ao largo de La Spezia e Livorno - Itália.
• Em Abril de 2009, a "João Roby" participou no exercício "PHONIX EXPRESS" organizado pela Marinha dos EUA, que tem por finalidade fortalecer as relações entre as Marinhas do Norte de África, Sul da Europa e dos Estados Unidos.
• Em Maio de 2009, a "Afonso Cerqueira" participou no exercício "CONTEX/PHIBEX", dispondo de uma câmara hiperbárica, telefone submarino e de uma equipa de Mergulhadores Sapadores "Salvage Diving Team", que simularam uma operação de salvamento do "Barracuda", após este ter assentado no fundo de modo a simular ter sofrido um acidente.
• Em Maio de 2009, a "Baptista de Andrade" efectuou manobras de aproximação RAS com a fragata "Bartolomeu Dias".
• No dia 10 de Junho de 2009, a "João Roby" fundeada no Rio Tejo, participou na cerimónia realizando uma salva de tiros em homenagem aos mortos pela Pátria.
• Em Julho de 2009, a "Afonso Cerqueira" participou numa demonstração relativa ao exercício de Segurança Energética organizado para o Presidente da República, servindo como Navio de apoio aos Fuzileiros.
• Participam também nos exercícios nacionais: AÇOR, CONTEX, PHIBEX e ZARCO; e internacionais: CMX e JMC.

PARTICIPAÇÃO EM MISSÕES IMPORTANTES:

• Entre 03 de Setembro de 1975 e 11 de Março de 1976, a "Afonso Cerqueira" efectou uma viagem de circum-navegação, com a duração de 190 dias.
• Em Dezembro de 1975, a "João Roby" e a "Afonso Cerqueira" enquanto efectuavam comissões em Timor-Leste, após a Invasão Indonésia recolheram o pessoal militar português para a Ilha de Ataúro e posteriormente partiram para o seu porto de abrigo, na Base Naval de Darwin (Austrália).


Tropas Pára-quedistas a bordo da corveta "João Roby" nas imediações da ilha de Ataúro

• Em Junho de 1976, a Força Naval UO.21.2.1 constituída pela "Afonso de Cerqueira" e "Honório Barreto", comandado por um CMG e com Aspirantes do 2.º Ano da Escola Naval, Cadetes do CFOSE e alunos do Colégio Militar embarcados, acompanharam o Navio-Escola "Sagres" e a "Vega" numa viagem aos EUA para representar a Armada Portuguesa nas comemorações do seu Bicentenário, participando na "Internacional Naval Review" e na Parada Naval no Rio Hudson.
• Em Janeiro de 1980, a "Baptista de Andrade" prestou apoio às populações sinistradas dos Açores no sismo ocorrido no dia 1 de Janeiro.
• A 06 de Abril de 1989, a "Afonso Cerqueira" detectou um submarino convencional soviético da classe "Foxtrot" a navegar à superfície da ZEE de Portugal Continental.


Imagem obtida através dos binóculos do Director Secundário de pontaria e controlo de tiro da peça CREUSOT-LOIRE de 100mm (Foto de Francisco Santos)

• Em 1992, a "Baptista de Andrade" integrou as forças navais da UEO, na «Operação Sharp-Vigilance» no Mar Adriático, efectuando observação e vigilância marítima.
• Em 2002, a "João Roby" e a "Afonso Cerqueira" estiveram envolvidas nas operações de combate à poluição no mar, resultantes do afundamento do petroleiro "Prestige", efectuando acompanhamento da situação e recolha de amostras.
• Em Maio de 2003, a "João Roby" participou na 2ª fase da «Operação Ulysses», com objectivo de combater à imigração ilegal por via marítima, numa operação conjunta com a Marinha de Guerra Espanhola. A bordo da corveta estiveram agentes da do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
• Em Junho de 2003, a "João Roby" esteve envolvida nas operações de combate à poluição no mar, resultantes do afundamento do navio porta-contentores "Nautila".
• Em 2004, a "Afonso Cerqueira" durante a sua patrulha na zona da Convenção para a Cooperação Multilateral de Pescas no Atlântico Nordeste, efectuou duas acções de busca e salvamento a pesqueiros espanhóis, no mar coordenado pelo MRCC Reykjavic (Islândia).
• Em Agosto de 2004, a "Baptista de Andrade" participou na operação de negação às águas territoriais portuguesas, ao navio "Borndiep" (Barco do Aborto) da organização "Women on Waves".
• Em Julho de 2005, a "Baptista de Andrade" desempenhou medidas de protecção a visita particular dos Reis de Espanha aos Açores.
• Em Agosto de 2006, a "Baptista de Andrade" no âmbito da Agência Europeia de Fronteiras participou na «Missão Hera II», com objectivo de apoiar Cabo Verde no combater à imigração ilegal por via marítima, a bordo da corveta estiveram 3 inspectores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, 2 agentes da Polícia Marítima e um pelotão de abordagem de 12 Fuzileiros.
• Em 2006, a "João Roby", estive envolvido na operação de tentativa de reflutuação do navio porta-contentores "Valour", que encalhou na Ilha do Faial, nos Açores.
• Em Agosto de 2006, a "João Roby" colocou 10 Fuzileiros nas Ilhas Selvagens com o objectivo de proteger os Vigilantes do Parque Natural da Madeira em serviço nas Selvagens.
• De Julho a Setembro de 2009, a "João Roby" apoiou a Brigada Hidrográfica da Marinha na realização de levantamentos hidrográficos, com o objectivo de actualizar as cartas dos portos e fundeadouros das ilhas do grupo central dos Açores, transportando a UAM "Cagarra".


Foto: blog o Porto da Graciosa