30/06/09

ESQUADRILHA DE HELICÓPTEROS DA MARINHA

(ACTUALIZADO)

"TREINO DURO COMBATE FÁCIL"


Helicóptero WESTLAND SUPER NAVY LYNX Mk95

TIPO DE AERONAVE:
Helicóptero de luta anti-submarina


PERFIL:


MODELO:
WESTLAND SUPER NAVY LYNX Mk95

PESO:
3.110 kg (vazio), 5.126 kg (máximo)

DIMENSÕES:
15,2 x 12,8 (rotores) x 3,5 metros (altura)

MOTORES:
2 Turbinas Rolls Royce GEM 42-1 Mk1017 - 1.120cv (835kW)
2 rotores (principal e de cauda, cada um com 4 pás)

COMBUSTÍVEL:
F44 - 802 kg (2h10min) ou 1.520 kg (3h45min) com tanques auxiliares

VELOCIDADE MÁXIMA:
168 nós (255 Km)

VELOCIDADE OPERACIONAL:
120 nós (232 Km)

CONSUMO MÉDIO:
300 Kg/hora

ALTITUDE MÁXIMA:
12.000 Pés (3.600 metros)

AUTONOMIA:
240 milhas (sem reabastecimento)
100 milhas (voo com regresso ao navio)

TRIPULAÇÃO:
Pilotos: 2 Oficiais
Operador de sistemas: 1 Sargento
Total: 3

RADAR:
Radar de busca semi-activo BENDIX RDR 1500B de 360º de varredura / 160 milhas

SONAR:
Sonar (activo/passivo) omnidireccional de profundidade variável BENDIX AN/AQS-18 (300 metros de cabo/profundidade)



Sonar acústico activo de profundidade variavél BENDIX AQS-18

COMUNICAÇÕES:
- Interfonia;
- Telebrief;
- Data-link VESTA;
- Telefone submarino UWT
- HF Collings hF 9000;
- UHF com homing CHELTON SYSTEM 7;
- UHF Collings Dual AN/ARC 182

SISTEMAS DE NAVEGAÇÃO:
- Computador táctico de navegação RACAL RNS 252;
- GPS MARCONI CMA-3012;
- Main Compass BAE GM Mk9;
- Sistema Doppler RACAL Type 91;
- Radar altímetro SMITHS NA/APN 198;
- Sistema de controlo de voo;
- Sistema de velocidade verdadeira do ar PENNY and GILES D11731TH;
- Sistema giroscópico;
- Sistema IFF COSSOR 4720;
- VOR-DME (COLINS VOR-VIR 31A);
- DME (COLLINS DME 42);
- CCS RACAL B963

EQUIPAMENTO:
- Arpão hidráulico;
- Trem de triciclo não retráctil com travão das rodas;
- 4 flutuadores de emergência (2 no nariz e 2 nos sponsons do trem principal);
- 2 geradores de 6kW a 28V;
- 2 alternadores de 15 kVA A 115/200V;
- 1 bateria de 23A/h;
- Guincho com capacidade de 272 kg;
- Cabo de fast-rope;
- Banco PAX de 3 ou 6 passageiros;
- Gancho SACRU para carga externa suspensa até 1.680 kg

CAPACIDADE DE CARGA:
9 homens ou 970Kg de carga (equipamento ASW removido e configurado como utilitário)

SISTEMAS DE ARMAS:


2 Torpedos de 324 mm Mk46 Mod5 Neartip (activo / 40 nós / 9,2Km de alcance)


1 Metralhadora-pesada FN M3M de 12,7mm

NÚMERO DE REGISTO:
19201
19202
19203
19204
19205

ANO:
1993

EMPREGO OPERACIONAL:
- Realiza como missões prioritárias: a luta anti-submarina, luta anti-superfície, reconhecimento, patrulha marítima, apoio de tiro contra a costa e interdição de área para além das 100 milhas e da capacidade dos sistemas de armas do navio em que esteja asserido.
- Têm como missões secundárias: o transporte utilitário e táctico de carga e pessoal, SAR, lançamento de tropas com o equipamento de mergulho para a água (HELICAST), evacuações médicas (MEDEVAC), e reabastecimento vertical (VERTREP), por gancho SACRU para carga externa suspensa.


Helicóptero LYNX a efectuar SAR



HELICAST - Elemento dum DMS a efectuar salto de helicóptero


MEDEVAC - Helicóptero Lynx a ser utilizado para efectuar uma evacuação médica


VERTREP - Helicóptero a efectuar reabastecimento vertical por carga suspensa

- Quando necessário colaboram nas missões de SAR com os helicópteros SA 316 ALOUETTE III, com os recentes EH-101 MERLIN e com os aviões CASA C-212-100, C-212-300 AVIOCAR, Lockheed Martin HERCULES C-130H, e nas missões com os aviões de patrulha marítima e Lockheed Martin P3 C-II ORION da FAP.


Helicóptero SA 316 ALOUETTE III em missão SAR


Helicóptero EH-101 Merlin


Avião CASA C-212-100 AVIOCAR em patrulha marítima


Avião CASA C-212-300 AVIOCAR em patrulha marítima


Avião Lockheed Martin Hercules C-130H


Avião Lockheed Martin P3 ORION de patrulha marítima

NOTA:
• Em 1982, no conflito das Ilhas Falklands/Malvinas, a Marinha de Guerra Britânica utilizou helicópteros Lynx na destruição do submarino "Santa Fé" e de navios argentinos, em 1991 na Guerra do Golfo utilizou-os novamente tendo destruído várias lanchas-rápidas da Marinha de Guerra Iraquiana por via de mísseis SEA SKUA. Mais recentemente, em 2003 também actuaram na «Operação Iraqi Freedom».
• É um helicóptero projectado para operar a partir de navios do porte de uma corveta, estão preparados para operar com condições de mau estado de mar e de tempo ("sea state" +6 e ondulação de 4/6 metros), afim de facilitar o estacionamento no hangar, o cone da cauda é rebatível e as quatro pás são dobráveis e aerodinâmicas, possuindo pontas curvas, são construídas em materiais compósitos de fibra de vidro, com escudo de titânio e níquel, para protegê-las da corrosão do meio marinho.
• A Marinha Portuguesa possui cinco unidades na versão ASW, encomendados em Novembro de 1990 e recebidos em 1993, três novos e dois adquiridos a "Royal Navy", tendo sido convertidos do padrão Lynx HAS.3S para Lynx Mk 95, destinados às fragatas da classe "Vasco da Gama", começaram a ser embarcados somente a partir de 1995.
• O requisito original previa 7 unidades, de modo a permitir uma maior rotatividade dos aparelhos, guarnições, respectivas equipas de manutenção e em caso de urgência destacar para cada fragata 2 helicópteros, situação que ocorreu na «Operação Crocodilo» em 1998, mas na prática a situação com 5 Lynx's tem obrigado a uma certa sobrecarga de horas de voo (16 mil), sendo que a frota já usufruiu de 50% da sua vida útil.
• A médio prazo (2009-2010) a modernização dos aparelhos tem por finalidade satisfazer as novas necessidades operacionais, nomeadamente em missões ASUW, equipando-os com o sistema de vigilância electrónica FLIR 2000HP, sistema de pontaria para lá do horizonte VESTA-Helo, filtros de areia para operar em ambiente terrestre e blindagem amovível na forma de placas e tapetes de kevlar com capacidade para promover protecção balística.
• A Esquadrilha de Helicópteros da Marinha (EHM) foi formalmente activada em 24/09/1993 e é operada a partir da Base Aérea n.º 6 em Montijo, são as novas "asas" da Armada Portuguesa após um período de quase 41 anos de interregno.
• Participam activamente no treino de Fuzileiros e Mergulhadores, desde a inserção no local de operação, até a recolha dos mesmos, de salientar que se encontra em fase de estudo e futuramente de treino, a capacidade de lançamento do DAE de pára-quedas a partir de helicóptero.
• O destacamento aéreo embarcado nas fragatas é constituído por 12 elementos, quando se opera 1 Lynx, 9 elementos da área de manutenção e 3 da tripulação, o número aumenta para 16 quando operam 2 helicópteros, sendo 11 da área de manutenção e 6 das tripulações.
• Em Dezembro de 1994, teve lugar a primeira missão operacional dos Lynx, quando dois embarcados na fragata "Vasco da Gama" participaram no exercício "CONTEX"
• Em 2002, durante a participação no exercício "INSTREX" realizou-se com sucesso o lançamento de um torpedo Mk46.
• Em Março de 2009, conclui-se o processo de certificação da metralhadora-pesada FN M3M Mk3 de 12,7mm montada transversalmente a bombordo (com capacidade para 600 munições), durante a navegação da fragata "Corte-Real" integrada na SNMG1, sistema de armas que irá permitir a capacidade de interdição marítima e ataque contra alvos terrestres, sobretudo durante a prestação de apoio de fogo próximo às operações anfíbias.


Lynx com metralhadora-pesada FN M3M 12,7mm montada a bombordo


Lynx com metralhadora-pesada FN M3M 12,7mm a bordo da Fragata Corte Real

• Em Julho de 2009, um Lynx participou numa demonstração relativa ao exercício de Segurança Energética organizado para o Presidente da República, introduzindo o PELBOARD por recurso a "fast-rope" no "Bérrio".

• Em Março de 2010, a EHM foi condecorada pelo CEMA com a Medalha Militar de Serviços Distintos Grau Ouro, pelas acções desenvolvidas no âmbito das missões da Marinha.
• Para além de Portugal o LYNX, também é utilizado pelas Marinhas de Guerra da África do Sul, Alemanha, Brasil, Coreia do Sul, Dinamarca, França, Holanda, Inglaterra, Malásia, Noruega, Oman, Paquistão, Singapura e Tailândia.

PARTICIPAÇÃO EM MISSÕES IMPORTANTES:
• Em 1994, a bordo da "Corte Real" participaram na «Operação Sharp-Guard» da UEO/NATO, no Mar Adriático.
• Em 1995, a bordo da "Vasco da Gama" participaram na «Operação Sharp-Guard» da UEO/NATO, no Mar Adriático.



Lynx em operações de vistoria no Mar Adriatico

• Em 1998, dois helicópteros a bordo da fragata "Vasco da Gama" participaram na «Operação Crocodilo» com o objectivo de evacuar civis e militares nacionais e posteriormente a bordo da fragata "Corte Real" participaram na «Operação Falcão», prestando apoio à Embaixada Portuguesa na Guiné-Bissau.


Evacuação de civis por Linx na Guiné-Bissau

Helicóptero Linx na Guiné-Bissau

• Em 1998/99, a bordo da fragata "Vasco da Gama" integrada na «STANAVFORLANT», participaram na «Operação Harbour» da NATO, no Mar Adriático.
• Em 1999, a bordo da fragata "Corte Real" participaram na «Operação Allied Force» da OSCE, no Mar Adriático.
• Em 1999, no âmbito das missões INTERFET e UNTAET da ONU, a bordo da fragata "Vasco da Gama" realizaram missões de apoio médico-sanitário às populações, em Timor-Leste.


Helicóptero na missão da INTERFET em Timor-Leste

• Em 2000, um Lynx participou nas buscas de uma avioneta civil CESSNA 152 que caiu próximo do Portinho da Arrábida, prestando apoio aos Mergulhadores Sapadores.
• Em 2002, a bordo da fragata "Álvares Cabral", participaram na «Operação Active Endeavour» da NATO, no Mar Mediterrâneo.
• Em Janeiro de 2004, a 46 milhas de Vila Real de Stº António, um Lynx participou numa missão de combate ao narcotráfico na ZEE Portuguesa, em cooperação com a Polícia Judiciária, tendo sido utilizado pelo DAE para abordar uma embarcação suspeita (Fast-rope com hélis), na operação participaram também Fuzileiros, uma corveta e o submarino "Delfim".
• Em Fevereiro de 2006, a 145 milhas de Aveiro, dois Lynx's participaram na «Operação Atlântida» de combate ao narcotráfico na ZEE Portuguesa, em cooperação com a Polícia Judiciária, tendo abordado um cargueiro suspeito, que culminou na apreensão de 2,8 toneladas de cocaína, na operação participaram também o DAE, a fragata "Corte Real" e um avião P3 Orion da FAP.
• Em Abril de 2006, a bordo da "Corte-Real" na missão de apoio à política externa, um Lynx participou no exercício de cooperação técnico-militar "DISTEX", em Angola.



Helicóptero no exercício DISTEX a efectuar um VERTREP

• Em Setembro de 2006, a 180 milhas da Oeste da costa portuguesa, um Lynx participou na «Operação Mar Português» de combate ao narcotráfico na ZEE Portuguesa, em cooperação com a Polícia Judiciária, tendo abordado um iate suspeito, que culminou na apreensão de cerca de 800 Kg de cocaína, na operação participaram também a fragata "Vasco da Gama", uma equipa de oito Fuzileiros e um avião P3 Orion da FAP".
• Em Setembro de 2007, um Lynx a bordo da fragata "Álvares Cabral" integrada na SNMG1, participou numa missão histórica da NATO de circum-navegação ao Continente Africano, num exercício ASW e abordagem com a Marinha Sul-Africana e no socorro às vítimas da erupção vulcânica da ilha Jazirat, no Iémen.
• Em 2009, um Lynx a bordo da fragata "Corte-Real" integrada na SNMG1, tem participado no combate às acções de corso marítimo realizadas por piratas somalis.

NOTA: Site oficial da EHM: http://helicopteros.marinha.pt/Helicopteros/Site/PT

29/06/09

NAVIOS-HIDROGRÁFICOS CLASSE "D. CARLOS I"


Navio-Hidrográfico "D. CARLOS"

TIPO DE NAVIO:
Navio hidrográfico oceânico

PERFIL:


DESLOCAMENTO:
2.285 toneladas
 
DIMENSÕES:
68,3 x 13,1 x 5,6 metros

PROPULSÃO:
2 motores diesel-eléctricos General Electric de 800cv
1 propulsor de manobra à proa General Electric de 550cv
2 propulsores hidráulicos laterais de popa Thrustmaster de 250cv
2 hélices de 4 pás supra-convergentes
 
ENERGIA:
4 motores geradores Caterpillar 970cv
1 gerador de emergência Caterpillar de 400cv e 265-kW
 
COMBUSTÍVEL:
1037 toneladas

VELOCIDADE MÁXIMA:
11 nós (20 km)

AUTONOMIA:
4.000 milhas a 11 nós
6.480 milhas a 3 nós
30 dias

GUARNIÇÃO:
Oficiais: 06 (Sob o comando de um oficial superior)
Sargentos: 07
Praças: 21
Técnicos: 15
Total: 49
 
RADAR:
Navegação - RAYTHEON, banda I (? Km de alcance)

COMUNICAÇÕES:
- Antena de Satélite INMARSAT B;
- Radiogoniómetro VHF TAIYO TD-L5000;
- Radiogoniómetro MF/HF TAIYO TD-C338 MKII;
- Comunicações por satélite SATURN B Mk2;
- 1 ETO (Emissor Transmissor de Ordens);
- SICC (Sistema Integrado de Controlo de Comunicações);
- 2 Projectores de sinais
 
EQUIPAMENTO:
- Ar condicionado e mecanismos de extracção de gases;
- Sistema de Carta Electrónica ECDIS;
- Sonar Rebocado UQQ2 SURTASS, com 1.829 metros de cabo;
- Correntómetro ADCP RD INSTRUMENTS Ocean Surveyor OS75 (38 e 150 kHz) com 1.000 metros de alcance;
- Sondador multifeixe de grandes fundos Kongsberg SIMRAD EM 120;
- Sondador multifeixe de médios fundos Kongsberg SIMRAD EM710;
- Sistema integrado de aquisição de dados HYPACK;
- Colhedor de amostras de sedimentos;
- Perfilador acústico de sedimentos SBP ECHOES 3500;
- Sondador de feixe simples (210, 33 e 15 kHz);
- Sonda de navegação Raytheon DE795IMO (50 kHz);
- 4 Balsas salva-vidas;
- Sistema de vídeo com 4 câmaras de orientação controlável;
- Receptor meteorológico FAC-SIMILE - NAGRAFAX;
- Sistema de recepção de Avisos à Navegação NAVTEX;
- Centro de aquisição de dados;
- 2 ROV's: Argus Bathisaurius XL (6000 m) e Phantom S2;
- Suportes de fixação de garrafas Niskin;
- Laboratório seco;
- Laboratório molhado;
- Sala de desenho;
- 1 Guincho CTD oceanográfico Kley France com cabo electromecânico de 6km;
- 1 Guincho multiusos kley France com cabo de 4,6km;
- 1 Embarcação de sondagem de 7 metros;
- 1 Bote pneumático AVON;
- Sistema GPS;
- Receptor DGPS Leica MX 412B;
- Agulha magnética;
- Agulha giroscópica;
- Girobússola NAVIGAT X Mk1;
- Odómetro electromagnético Sperry Marine NAVIKNOT III;
- Anemómetro OBSERMET;
- Ómega diferencial;
- Barógrafo;
- Barómetro;
- 2 cabrestantes;
- 1 grua PALFINGER MARINE com capacidade de 870kg e alcance de 6,9 metros;
- 1 grua HEILA HLM 7-2S com capacidade de 900kg e alcance de 7 metros;
- 1 Pórtico lateral à bombordo de 10 toneladas;
- 1 Pórtico basculante de 2 toneladas na popa
 
DESIGNAÇÃO NATO:
AGS

INDICATIVO DE CHAMADA INTERNACIONAL:
NAVICARLOS
NAVICOUTINHO 
 
ENDEREÇO RADIOTELEGRÁFICO:
CTHJ
CTHA
 
NÚMERO DE AMURA:
A522
A523

BASE DE APOIO:
Base Naval de Lisboa
 
NOME:
N.R.P. D. Carlos I (ex- USNS Audacious)
N.R.P. Almirante Gago Coutinho (ex-USNS Assurance)
 
ANO DE CONSTRUÇÃO:
1989 / 1997
1985 / 1999
 
EMPREGO OPERACIONAL:
- Fundeamento e operação de equipamentos oceanográficos;
- Fundeamento e operação de equipamentos hidrográficos;
- Apoio e participação em exercícios e operações navais;
- Assegurar observações hidrológicas;
- Detecção e localização de objectos;
- Combate a poluição no mar;
- Apoio à Comunidade Científica;
- Actualização da cartografia náutica;
- Detecção de minas;
- Apoio a operações SAR;
- Serviço público.
 
NOTAS:
• Ambos os navios foram construídos nos Estaleiros "Tacoma Boat Company" nos EUA (casco em ferro), são baseados num projecto de navio de pesca de arrasto e faziam parte da classe norte-americana de 10 navios "STALWART", destinados à vigilância e detecção anti-submarina, colocados em pontos estratégicos de passagem de submarinos da ex-União Soviética.
• A partir de 1999, iniciou-se em doca seca dos Estaleiros do Arsenal do Alfeite as obras de adaptação de navio de vigilância oceânica para navio hidrográfico, com financiamento do PIDDAC, assim como a manufacturação dos pórticos projectados pela Direcção de Navios.
• Dispõem de espaço para alojamento e apoio logístico para operações com equipas de Mergulhadores.
• Permitiram substituir o "Almeida de Carvalho" e a aumentar o efectivo de navios hidrográficos.
• Possuem espaço para 3 contentores: um  contentor de 10 ou 20 pés na tolda, um contentor 10 pés pavimento 01 e um contentor de 10 ou 20 pés no pavimento 02.
• Os navios sofreram um programa de reequipamento da capacidade oceanográfica e hidrográfica, o "D. Carlos I" concluiu a adaptação em 2004, e o "Almirante Gago Coutinho" foi reequipado e entrou ao serviço em 2007.
• São navios utilizados para a actividade de investigação, hidrografia e oceanografia em alto-mar e zonas costeiras, nomeadamente levantamentos hidrográficos, colheita de dados no domínio da oceanografia física e química, da geologia, da geofísica e químicas marinhas e da acústica submarina.
• Com o objectivo de dotar os navios com capacidade de manobra acrescida, instalou-se dois propulsores laterais de popa, que permitem efectuar com maior exactidão e qualidade o posicionamento das estações de colheita sedimentológica em ambientes de grandes profundidades (até 5.000 metros).
• Cada navio tem na tolda uma base contentorizada onde foi estruturalmente instalado um berço para uma embarcação de sondagem de 7 metros FASSMER com um deslocamento de 4,5 toneladas ("UAM Mergulhão" no "D. Carlos I" e "UAM Cagarra" no "Almirante Gago Coutinho"), com velocidade máxima de 20 nós e capacidade para 6 horas de sondagem, concebidas para operar com um sondador multifeixe de pequenas profundidades para a execução de levantamentos hidrográficos junto à costa ou em portos.


UAM "CAGARRA"

• Em 2001, durante a participação no exercício "SWORDFISH" o "D. Carlos I", teve um papel determinante no levantamento, análise e previsão em tempo real das condições ambientais com impacto na condução das operações, efectuou igualmente a recolha três torpedos de exercício Mk46.
• Em Outubro de 2006, o "D. Carlos I" foi palco do lançamento do 3º volume do livro "Aves de Portugal", trata-se de uma síntese da informação recolhida pelo Rei D. Carlos I, durante mais de vinte anos dedicados ao estudo da Ornitologia, é composto a partir das anotações inéditas representadas em cadernos manuscritos que fazem parte, juntamente com as gravuras, do acervo documental do Aquário Vasco da Gama.• Em Maio de 2006, o "D. Carlos I" participou no exercício "SWORDFISH", sendo palco de uma acção de embargo.


Participação no exercício SWORDFISH 2006

• Em Abril de 2007, a "D. Carlos I" participou no exercício "INTEGREX" no âmbito do combate à imigração ilegal, com a finalidade principal de treinar o adestramento de procedimentos e perícias de actuação coordenada entre os meios do Comando Naval e da DGAM.
• Participam ainda com alguma frequência nos exercícios nacionais: AÇOR, CONTEX, PHIBEX, e ZARCO.
• Para além de Portugal a classe "STALWART", também é operada pela Marinha de Guerra da Nova Zelândia.

PARTICIPAÇÃO EM MISSÕES IMPORTANTES:
• Em 2005, o "D. Carlos I" iniciou de forma activa na Ilha da Madeira no âmbito do desenvolvimento económico, científico e cultural, a colaborar nos trabalhos de levantamento topográfico das 285 mil milhas quadradas de oceano, necessárias à pretensão de extensão da Plataforma Continental de Portugal para 350 milhas, permitindo reclamar direitos de jurisdição na exploração de eventuais recursos minerais encontrados no fundo do mar, sob os auspícios da Convenção das Nações Unidas sobre a Lei do Mar de 1982.

27/06/09

NAVIO-ESCOLA "VEGA"

(ACTUALIZADO)
RECORDANDO O "VEGA"


Navio-Escola "VEGA"

TIPO DE NAVIO:
Yawl

DESLOCAMENTO:
40 toneladas

DIMENSÕES:
19,8 x 4,3 x 2,5 metros

PROPULSÃO:
Eólica - 200 m²
1 motor a diesel YANMAR 127cv
1 hélice

VELOCIDADE MÁXIMA:
Eólica - 9 nós (17 km)

GUARNIÇÃO:
Oficiais: 2 (Sob o comando de um oficial superior)
Sargentos: 1
Praças: 2
Cadetes: 10
Total: 15

RADAR:
Navegação - FURUNO FR 160, banda I

COMUNICAÇÕES:
- Radiogoniómetros TAYO VHF / HF / MF;
- 1 ETO (Emissor Transmissor de Ordens)

EQUIPAMENTO:
- 2 Balsas salva-vidas;
- Sistema GPS;
- Receptor DGPS;
- Agulha magnética;
- Agulha giroscópica;
- Ómega diferencial;
- Barógrafo;
- Barómetro;
- 1 Bote pneumático ZEBRO III;
- Receptor meteorológico FAC-SIMILE - NAGRAFAX;
- Sistema de Carta Electrónica ECDIS;
- Odómetro electromagnético;
- Sistema de recepção de Avisos à Navegação NAVTEX;
- Girobússola;
- Anemómetro

DESIGNAÇÃO NATO:
AXL

INDICATIVO DE CHAMADA INTERNACIONAL:
ESCOLAVEGA

INDICATIVO RADIOTELEGRÁFICO:
CTEH


NÚMERO DE AMURA:
A5201

BASE DE APOIO:
Base Naval de Lisboa

NOME:
N.R.P. Vega

ANO DE CONSTRUÇÃO:
1949 / 1976

NOTAS:
• Foi desenhado pelo arquitecto naval "John G. Alden" e construído por "Henry Hinckle" no Maine - EUA, em 1949, adquirido em 1964 pelo industrial José Manuel de Mello, em Fevereiro de 1973 ofereceu o navio ao CNOCA - Clube Náutico de Cadetes da Armada, passando ao efectivo dos navios da Marinha de Guerra Portuguesa em Maio de 1976.
• É utilizado na formação marinheira e na prática de navegação dos cadetes da Escola Naval, efectuando viagens de instrução, embarques de fins-de-semana e regatas em Portugal e no estrangeiro.
• Em Junho de 1976, realizou uma viagem aos EUA para representar a Armada Portuguesa nas comemorações do seu Bicentenário, acompanhada pela "Sagres" e a Força Naval UO.21.2.1 comandada por um CMG, constituído pelas Corvetas: "Afonso de Cerqueira" e "Honório Barreto", participando na "Internacional Naval Review" e na Parada Naval no Rio Hudson.
• De destacar a Regata do Jubileu da Rainha de Inglaterra em 1977; Regata Falmouth - Lisboa - Southampton em 1982; Regata do Troféu Infante entre Lisboa - Horta - Lisboa em 1983; Regata Internacional Canárias - Madeira entre Lanzarote e o Funchal em 2003.
• O navio conta ainda com mais de uma dezena de regatas às Ilhas Canárias e com inúmeras regatas em Portugal Continental.
• Em Junho de 2006, participou no desfile naval no Tejo da comemoração dos 150 anos da Associação Naval de Lisboa, acompanhado do Navio-Escola "Sagres", do "Creoula" e mais de 300 embarcações.
• Em Agosto de 2006, participou na Regata "XXII Edição do Trofeu Almirante Conde de Barcelona", obtendo o 4º lugar na sua classe de navios, e recebeu a honrosa condecoração de «Navio mais Elegante», na presença do Rei de Espanha.
• A 21 de Julho de 2008, passou ao estado de desarmamento e abate ao efectivo, futuramente será convertido e preservado face ao seu grande valor museológico, sendo substituído pelo veleiro "Blaus VII" que se encontra à guarda da Marinha Portuguesa e foi capturado em Fevereiro de 2006, a 100 milhas da Ilha da Madeira pelo DAE na «Operação AGRAFE» de combate ao narcotráfico, em cooperação com a Polícia Judiciária.



O "Blaus VII" sob custodia da Polícia Marítima no Porto do Funchal


O "Blaus VII" a navegar com cadetes da Escola Naval a par da "Sagres" no dia da Cerimónia do Cinquentenário do Cristo Rei

MODERNIZAÇÃO DA ARMADA

(ACTUALIZADO)
          "...Marinheiro sou de alma e coração e o meu maior desejo seria acompanhar-vos a todos nos transes dolorosos da vossa vida. Sentindo profundamente que o País não possa, por enquanto, dotar a sua Marinha de Guerra com o material que a vossa ilustração e o vosso trabalho merecem, esperança tenho que um dia chegará em que a Marinha de Guerra Portuguesa ocupe, entre as suas congéneres, o lugar que o seu passado e a vossa dedicação lhe dão jus."

Rei D. Carlos I

          "...muito simplesmente, uma Armada é a extensão marítima do estado soberano. Se o estado quiser continuar soberano e seguro, tem de estar preparado para investir num nível apropriado de poder naval. Ao contrário, se o estado estiver preparado para renegar as suas responsabilidades navais, e não quiser preservar a sua soberania, então não precisa de Marinha. Mas, nesse caso, continuará a ser um Estado?"

Peter Haydon


          Portugal situa-se no Sudoeste do continente europeu, é dotado de uma costa com 967 milhas, fronteiras definidas desde os princípios do século XIII e quase 900 anos de história, sendo uma nação com uma forte tradição marítima, não por opção mas por necessidade, sendo exemplo disso o facto de a maioria da população ao longo dos séculos sempre se ter concentrado junto do litoral, e a fronteira marítima foi a porta para o mundo, uma via de afirmação e independência nacional, acontecimento que data do século XV com a gesta dos descobrimentos, quando navegadores impulsionados pelo Infante D. Henrique, descobriram o Arquipélago da Madeira (1419) e dos Açores (1427), dobraram o Cabo Bojador (1434), alcançaram a costa ocidental de África, contornaram o Cabo da Boa Esperança (1488) e estabeleceram o caminho marítimo para a Índia (1498).
          Por conseguinte, Portugal foi a 1ª potência colonial europeia a chegar à África subsariana, nos finais do século XV e em meados dos anos 70, juntamente com Espanha, das últimas a retirar-se.
          É um país com um espaço marítimo atlântico à sua responsabilidade não negligenciável, possui uma das mais vastas ZEE do mundo atribuída pela ONU e a maior da União Europeia (1.700.000 Km²), um bem que muito promete em termos de recursos.
          É ponto de passagem da maioria das grandes rotas comerciais marítimas, pelas nossas águas jurisdicionais navegam 53% do comércio europeu, tendo em conta que o transporte por via marítima representa hoje 90% do comércio mundial com tendência para aumentar, beneficiamos de uma posição privilegiada relativamente as aproximações ao Estreito de Gibraltar, aos continentes americano, europeu e africano, dispondo assim de importantes factores para o seu grau de influência na sociedade internacional.
          Face ao progressivo esgotamento a nível global dos recursos em terra, e como o nosso mar jurisdicional constitui uma importante fonte de recursos naturais, conferindo a Portugal um elevado potencial, é pois necessário acautelar o seu património estimado em 20.000 milhões de Euros por ano.
          É um mar fundamental para a circulação entre as três parcelas do território nacional (triângulo estratégico), permite a ligação a outros espaços geográficos, facilitando o trânsito de produtos essenciais ao funcionamento da economia e promove a aproximação comercial. Une as culturas e funciona como factor de equilíbrio em luta permanente contra a sistematização da precariedade ecológica que o actual sistema de globalização mundial e maximização de lucros vigente teima em ignorar.
          Nestas circunstâncias torna-se fundamental não descurar o quanto valiosos e o nosso mar, a Marinha Mercante, o nosso porto de águas profundas (Sines) e os grandes portos (Leixões, Lisboa, Setúbal, Ponta Delgada, Funchal e Caniçal), verdadeiros motores de desenvolvimento económico nacional e por onde se insere 70% das nossas importações que estimulam e justificam a necessidade de se dispor de uma Marinha de Guerra moderna e credível que privilegie a eficácia e eficiência da acção no mar, nomeadamente assegurando o uso do mar pelo Estado e a capacidade necessária para a sua negação a entidades hostis.
          A queda do Muro de Berlim e a implosão da URSS, como profunda modificação de natureza política que teve lugar na Europa em finais de 1989 e as consequentes alterações ao ambiente da ordem internacional até então vigente, determinaram uma reformulação dos objectivos estratégicos da Armada.
          Assim, enquanto na Guerra Fria a sua principal tarefa consistia na defesa das vias marítimas situadas entre o Sudoeste da Europa e as imediações da ZEE do continente Norte-Americano, no passado recente o ponto de convergência das atenções esteve mais orientado para os conflitos regionais, como o caso da ex-Jugoslávia, Guiné-Bissau e Timor-Leste, compromissos da NATO, acções de soberania nas águas nacionais e na ZEE, defesa dos recursos piscatórios, operações de socorro a náufragos e o incremento do combate à poluição e ao narcotráfico.
          No entanto, a evolução do ambiente estratégico internacional com a nova situação desencadeada pelos acontecimentos do 11 de Setembro de 2001, como recrudescer de novas formas de terrorismo, vieram acelerar a implementação das medidas que já algum tempo se encontravam em estudo na NATO, que a par do crime organizado internacional, narcotráfico e imigração ilegal, exigem uma cooperação estreita entre as forças de segurança e as forças militares.
          A Marinha de Guerra Portuguesa como instrumento de autoridade e de apoio à política externa do Estado, é pois a entidade que mais participa em prol do esforço realizado sob a égide da cooperação judicial comunitária (espaço marítimo europeu) e no âmbito da NATO para encarar o pertinente flagelo das ameaças assimétricas.
          Deste modo a Marinha de Guerra Portuguesa optou recentemente por um programa que visa o reequipamento do Corpo de Fuzileiros e a regeneração inadiável da esquadra, na linha de raciocínio da chamada Marinha Equilibrada e de Duplo Uso, operando segundo uma lógica de integração e complementaridade entre as missões de Marinha de Guerra e Guarda-Costeira, visando o emprego integrado de meios mais consentâneos com as diversas necessidades e num leque mais alargado de situações.
          Programa este que melhora substancialmente o binómio custo/eficácia, desenvolve-se na observância dos princípios da economia de meios e da potenciação de actuações para as missões actuais no quadro da defesa militar e apoio à política externa (por ex: luta contra o terrorismo transnacional), com as capacidades vocacionadas para segurança (por ex: luta contra o crime organizado internacional), imposição da autoridade do Estado no mar (por ex: luta contra a imigração ilegal) e investigação e desenvolvimento económico, científico e cultural (por ex: extensão da Plataforma Continental).
          O financiamento do programa é assegurado pelo PIDDAC e pela Lei de Programação Militar (LPM), sendo de salientar que a respectiva concretização destes programas conferirá no domínio económico uma oportunidade para a indústria naval nacional, assim como uma flexibilidade e a versatilidade necessárias para que a componente naval do Sistema de Forças Nacional assegure a obtenção de sinergias com o consequente benefício do cumprimento eficaz da missão da Armada.
          Actualmente muitos dos navios existentes são desadequados para as novas necessidades operacionais e já alcançaram o seu termo de vida útil, tendo em média uma longevidade operacional superior a 25 anos, em resultado da sua degradação natural, da obsolescência operacional e logística dos sistemas instalados, caracterizando-os com níveis tecnológicos baixos.
          Para tal contribuíram decisivamente as conjunturas tendencialmente economicistas e falhas de perspectiva estratégica por parte do poder político.
          Deste modo, os principais programas de reequipamento e modernização progressiva incluem a incorporação na Marinha de Guerra Portuguesa de:


- Duas fragatas da classe "Bartolomeu Dias";
- Dois submarinos U209PN da classe "Tridente";
- Seis NPO (Navio de Patrulha Oceânica) classe "Viana do Castelo";
- Dois NCP (Navio de Combate à Poluição) Subclasse "Sines";
- Cinco LFC (Lanchas de Fiscalização Costeira)
;

Serão adquiridos:
- 20 viaturas blindadas anfíbias PANDUR II para o Corpo de Fuzileiros;
- Reequipamento do Corpo de Fuzileiros.


Prevê-se também:
- Modernização das fragatas da classe Vasco da Gama;
- Aquisição ou construção de um NPL (Navio Polivalente Logístico);
- Aquisição ou construção de Draga-Minas.

25/06/09

NAVIO-BALIZADOR "SCHULTZ XAVIER"

(ACTUALIZADO)

Navio-Balizador "SCHULTZ XAVIER"

TIPO DE NAVIO:
Balizador oceânico

PERFIL:


DESLOCAMENTO:
900 toneladas

DIMENSÕES:
56,1 x 10,2 x 3,8 metros

PROPULSÃO:
2 motores a diesel - 2.400cv
2 hélice

VELOCIDADE MÁXIMA:
14,5 nós (27 km)

AUTONOMIA:
3.000 milhas a 12,5 nós

GUARNIÇÃO:
Oficiais: 4 (Sob o comando de um oficial superior)
Sargentos: 8
Praças: 28
Total: 40

RADAR:
Navegação - KELVIN HUGHES 1007, banda I (37 Km de alcance)

COMUNICAÇÕES:
- 1 Teleimpressora;
- Radiogoniómetro VHF TAIYO TD-L5000;
- Radiogoniómetro HF TAIYO TD-C338 MkII;
- 1 ETO (Emissor Transmissor de Ordens);
- 1 Projector de sinais

EQUIPAMENTO:
- 1 Lancha semi-rígida;
- 1 Bote pneumático ZEBRO III;
- Sistema de Carta Electrónica ECDIS;
- 1 Gato de reboque;
- Sonda ultrasónica SEACHART III;
- Sistema GPS RAYSTAR 920;
- Receptor DGPS FURUNO GP-80;
- Odómetro electromagnético;
- Girobússola;
- Anemómetro;
- Agulha magnética;
- Agulha giroscópica;
- Ómega diferencial;
- Barógrafo;
- Barómetro;
- 2 Canhões de água;
- 5 Balsas salva-vidas;
- Hélices de passo variável;
- 1 Câmara hiperbárica contentorizada;
- Equipamento para combate a poluição;
- Porão para 150 garrafas de acetileno;
- Central de alarmes SIEMENS Cerbeus;
- 1 Gerador de água doce por osmose inversa;
- Sistema de estabilização por tanques de água;
- Receptor meteorológico FAC-SIMILE - NAGRAFAX;
- Sistema de recepção de Avisos à Navegação NAVTEX;
- 2 Porões com capacidade para 115 toneladas ou 331 m³;
- 1 Grua hidráulica com lança telescópica FASSI F800 de 12 toneladas

SISTEMAS DE ARMAS:
2 Metralhadoras-ligeiras HK-21 de 7,62mm

DESIGNAÇÃO NATO:
ABU

INDICATIVO DE CHAMADA INTERNACIONAL:
BALIVIER

ENDEREÇO RADIOTELEGRÁFICO:
CTED


NÚMERO DE AMURA:
A521

BASE DE APOIO:
Base Naval de Lisboa

NOME :
N.R.P. Schultz Xavier

ANO DE CONSTRUÇÃO:
1972

EMPREGO OPERACIONAL:
- Fiscalização da Pesca;
- Apoio a operações SAR;
- Combate à poluição no mar;
- Apoio e participação em exercícios e operações navais;
- Balizagem e apoio a faróis, farolins e bóias;
- Reboque, desencalhe de navios e recuperação de objectos afundados;
- Fiscalização dos esquemas de separação de tráfego marítimo;
- Navio de apoio aos Mergulhadores.


NOTAS:
• Foi construído nos Estaleiros do Arsenal do Alfeite, é o único navio existente na Armada que tem por missão principal desempenhar a balizagem e apoio a faróis (44), farolins (319) e bóias (227) do continente e das regiões autónomas.
• Em 1997, instalou-se uma câmara hiperbárica, passando a servir de navio de apoio aos Mergulhadores, substituindo nesta tarefa o antigo Draga-minas "Ribeira Grande" da classe "S. Roque".


Draga-minas "S. Roque"

• Em 2001, participou no exercício "CONTEX", com uma equipa do DMS n.º 2 a bordo.
• Em 2002, foi equipado com meios de combate à poluição.
• Em 2002, participou no exercício "INSTREX" colocando minas simuladas por alvos sonar.
• Em 2003, participou no exercício "NEOTAPON", servindo de navio de apoio aos Mergulhadores Sapadores na área de guerra de minas.
• Em Abril de 2004, colaborou com o projecto "SEMAPP" da Fundação Lusa-Americana, servindo de meio de transporte e apoio ao submarino de investigação científica "Delta".


Embarque do mini-submarino no "Schultz Xavier"


Mini-submarino no convês


Preparação para a colocação do mini-submarino no mar


Colocação do mini-submarino no mar


Entrada do mini-submarino no mar


Mini-submarino a navegar pela própria propulsão


Vista do mini-submarino e do "Schultz Xavier"

• Em 2004, participou no exercício "INSTREX", apoiando a força naval no transporte e reboque do alvo para tiro de superfície e ainda nas séries de disparo de torpedos como unidade de recolha.
• Em Abril de 2005, participou no exercício de contra proliferação de Armas de Destruição Maciça "NINFA 2005", simulando um navio suspeito e efectuou o reboque do Navio-Reabastecedor "Bérrio" para certificação do aparelho de reboque.



Reboque ao Navio-Reabastecedor "Bérrio"

• Em Junho de 2006, participou no exercício "STEADFAST JAGUAR", com a missão de realizar o levantamento hidrográfico dos mares de Cabo Verde, embarcando para o efeito uma equipa de hidrografia e uma equipa de Mergulhadores do DMS n.º 2, assim como a embarcação do Instituto Hidrográfico "Gaivota".
• Em Setembro de 2009, embarcou um repórter da rádio TSF para acompanhar uma missão de patrulha no Oceano Atlântico.
• Participa também nos exercícios nacionais: PHIBEX, SWORDFISH e ZARCO.

PARTICIPAÇÃO EM MISSÕES IMPORTANTES:
• A 3 de Dezembro de 1975, efectuou o reboque das LFG's "Argos", "Dragão" e "Hidra" para Angola, acompanhado a navegar pelos próprios meios pelas LFG's "Lira" e "Orion", mais as LDG's "Alfange" e "Ariete", todos escoltados pela corveta "António Enes", num comboio naval que ficou conhecido como "A Incrível Armada", efectuando uma viagem de 63 dias, 885 horas e 8.900 milhas até Luanda.
• Em Dezembro de 1977, recuperou a LDM 426 destacada para a AMSJ - Área Militar de S. Jacinto que sofrerá um acidente que a deixou submersa.




LDM 426 a ser recuperada pelo Navio-Balizador "Scultz Xavier"
(Fotos do TCor Páraquedista Miguel Silva Machado)


• Em Março de 2001, participou na recuperação de corpos do acidente da ponte Hintze Ribeiro em Entre-os-Rios.
• Em 2002, esteve envolvido nas operações de combate a poluição no mar, resultante do afundamento do petroleiro "Prestige", utilizando equipamento de recolha de poluição.