RECORDANDO NAVIOS DE UM PASSADO RECENTE
Fragata "JOÃO BELO"
TIPO DE NAVIO:
Fragata de luta anti-submarina
PERFIL:
DESLOCAMENTO:
2.700 toneladas
DIMENSÕES:
102,8 x 11,6 x 5,8 metros
PROPULSÃO:
4 motores a diesel SEMT-Pielstick - 16.000cv12 cilindros
2 hélices
COMBUSTÍVEL:
210 toneladas
VELOCIDADE MÁXIMA:
23,5 nós (44 km)
AUTONOMIA:
11.650 milhas a 11 nós
7.500 milhas a 15 nós
2.300 milhas a 23,5 nós
GUARNIÇÃO:
Oficiais: 15 (Sob o comando de um oficial superior)
Sargentos: 27
Praças: 122
Total: 164 (15 femininos)
RADAR:
Pesquisa superfície - Thomson-CSF DRBV-50, banda G (30 Km de alcance)
Pesquisa ar - Thomson-CSF DRBV-22A, banda D (67 Km de alcance)
Navegação - KELVIN HUGHES 1007, banda I (37 Km de alcance)
SONARES:
CDC AN/SQS-510 (V) procura e ataque activo / 7 kHz média frequência (3Km de alcance)
COMUNICAÇÕES:
- SICC (Sistema Integrado de Controlo de Comunicações);
- Comunicações por satélite SATURN B Mk2;
- Comunicações por satélite INMARSAT B;
- 1 ETO (Emissor Transmissor de Ordens);
- Telefone submarino TUUM2D;
- Radiogoniómetros VHF, MF E HF;
- 2 Projectores de sinais
EQUIPAMENTOS:
- Girobússola;
- Sistema GPS;
- 13 Balsas salva-vidas;
- Equipamento de criptofonia;
- Sistema XBT/XSV Sippican Mk8;
- 1 Lancha semi-rígida;
- 2 Bote pneumático ZEBRO III;
- Sonda ultrasónica;
- Chuveiros SPRINKLERS para alagamento dos paióis de munições;
- Chuveiro para descontaminação nuclear;
- Ar condicionado;
- Receptor DGPS;
- Odómetro electromagnético;
- Anemómetro;
- Agulha magnética;
- Agulha giroscópica;
- Ómega diferencial;
- Barógrafo;
- Barómetro;
- Equipamento de protecção nuclear;
- Sistema de Carta Electrónica ECDIS;
- Equipamentos portáteis de visão nocturna
- Prateleiras para embalagens do tipo "tetra-pak";
- Sistema de recepção de Avisos à Navegação NAVTEX;
- Receptor meteorológico FAC-SIMILE – NAGRAFAX;
- 1 Grua hidráulica telescópica HIAB 60 SEACRANE de 3,5 toneladas
CONTROLO DE TIRO:
Thomson-CSF DRBC-31D (22Km de alcance)
SISTEMA DE COMBATE:
- SEWACO 70PO;
- Sistema de informação táctica LINK 11
SISTEMA DE GUERRA ELECTRÓNICA:
ESM/ECM APECS II/ARGO AR-700 (navios - 200 milhas de alcance / aeronaves 50 milhas de alcance)
SISTEMA DE CONTRAMEDIDAS ANTI-MÍSSIL:
2 x 6 tubos lançadores de chaff/flare Loral Hycor SRBOC Mk36 Mod1
(Mk 182; Super Chaffstar; Super Gemini; Super Hiram III; Super Hiram IV; Super Loroc)
4Km de alcance
SISTEMA DE CONTRAMEDIDAS ANTI-TORPEDO:
1 Roncador rebocado Nixie SLQ-25 (95 x 15,2cm / 18kg)
SISTEMAS DE ARMAS:
- 2 Peças CREUSOT-LOIRE de 100mm/55 Mod53 (17Km de alcance);
- 2 Peças BOFORS de 40 mm/60 (12Km de alcance);
- 2 x 3 Tubos lança-torpedos US Mk32 Mod5 de 324mm;
- Torpedos Mk46 Mod5 Neartip ASW (activo / 40 nós / 11Km de alcance)
DESIGNAÇÃO NATO:
FF
INDICATIVO DE CHAMADA INTERNACIONAL:
FRABELO
FRACAPELO
FRAIVENS
FRADURA
ENDEREÇO RADIOTELEGRÁFICO:
CTFR
CTFS
CTFT
CTFU
NÚMERO DE AMURA:
F480
F481
F482
F483
BASE DE APOIO:
Base Naval de Lisboa
NOME:
N.R.P. Comandante João Belo
N.R.P. Comandante Hermenegildo Capelo
N.R.P. Comandante Roberto Ivens
N.R.P. Comandante Sacadura Cabral
ANO DE CONSTRUÇÃO:
1965
1966
1967
1968
NOTAS:
• Face a necessidade de apetrechar a Armada Portuguesa com navios de guerra modernos nos anos 60, capazes de realizar missões de soberania em Portugal, nas colónias africanas, Macau e Timor-Leste, assim como patrulhamento da costa, vigilância e escolta a navios de transporte de tropas e de material, tendo em linha de conta que à necessidade urgente destes meios não ser possível realizar os respectivos estudos faseados para a sua aquisição, acrescido de que a tentativa do Estado Português para adquirir fragatas de fabrico britânico da classe "Leander" se gorou devido a oposição política inglesa, contribuiram deste modo para a encomenda na década de 60 aos Estaleiros de "Compagnie des Ateliers et Forges de la Loire", em Nantes (França), de 4 fragatas da classe "COMMMANDANT RIVIÈRE" (consideradas avisos-escoltadores pela Marinha de Guerra Francesa).
• Tratava-se de uma classe versátil, robusta, com propulsão a diesel e uma boa autonomia, optimizadas para missões em zonas de clima e águas tropicais, além de estarem preparadas para transportar um pequeno destacamento de desembarque, características que agradaram a Direcção de Navios.
• Os navios congéneres franceses tinham como função a patrulha das águas das possessões coloniais francesas em África, Extremo Oriente e Oceano Pacífico, daí que atendendo aos requisitos da Marinha Portuguesa eram na época, navios ideais para operar na guerra das antigas colónias africanas portuguesas.
• Substituíram os contratorpedeiros da classes "Vouga" e os avisos de 1ª classe "Afonso de Albuquerque".
• A excepção das 2 Peças BOFORS de 40 mm, todo o restante armamento podia ser controlado automaticamente por sistemas directores de tiro, cujo cálculos e equações eram realizadas por calculadoras electrónicas, o morteiro anti-submarino ASM quadruplo de 305mm também podia efectuar fogo contra terra.
Disparo do morteiro ASM de 305mm (Foto cedida por Almirante Nunes da Silva)
• Participaram durante os seus primeiros anos em missões operacionais na Guerra Colonial, servindo em Angola e Moçambique, a titulo de exemplo, a "Hermenegildo Capelo", cruzou a linha do Equador cerca de 60 vezes.
• Realizavam frequentemente viagens de instrução com os alunos de Escola Naval.
• Participaram com grande regularidade em exercícios nacionais, internacionais e da NATO, tendo feito por diversas vezes, parte da esquadra da «STANAVFORLANT».
Exercício com helicóptero ALOUETTE III da FAP (Foto cedida por Almirante Nunes da Silva)
• Na década de 80, foram propostos planos para modernizações que incluíam a supressão dos peças de popa, com a particulariedade de que dois navios receberiam um convés e hangar telescópico, e nos outros dois seria instalado mísseis anti-navio EXOCET e mísseis anti-aéreos, porém nunca foram concretizados por escassez de verbas, e por se considerar que o navio poderia ficar com a sua estabilidade colocada em causa.
Plano original das fragatas da classe João Belo
Plano de modernização das fragatas da classe João Belo que previa a colocação de convés e hangar telescópico
Plano de modernização das fragatas da classe João Belo que previa a colocação de convés e hangar telescópico e a instalação de mísseis anti-navio Exocet e mísseis anti-aéreos Sea Sparrow
Plano de modernização das fragatas da classe João Belo que previa a instalação de mísseis anti-navio Exocet e mísseis anti-aéreos Sea Sparrow.
• Foram modernizadas na década de 90, nas acomodações para a guarnição, nomeadamente para a inclusão de militares do sexo feminino a bordo, capacidade para armazenamento de água doce, sistemas electrónicos, equipamento diverso, sistema de contra-medidas anti-torpedo Nixie AN/SQL-25, e armamento (tubos lança-torpedos US Mk32 Mod5 de 324mm e sonar SQS-510), ao mesmo tempo que se retirou uma peça de 100mm da popa, o morteiro anti-submarino ASM de quadroplo de 305mm da proa, os dois tubos triplos lança-torpedos KT-50 de 550mm, e o sonar de pesquisa SQS-17A, o que permitiu prolongar a sua vida operacional em mais 10 anos e adequar os navios para o cumprimento das suas missões actuais e de manutenção de paz.
Plano actual das fragatas da classe "João Belo"
• A "Hermenegildo Capelo", foi o primeiro navio da Marinha de Guerra Portuguesa a incorporar militares femininos (15 praças).
•Durante quase 30 anos todos os navios navegaram quase 40 mil horas cada um (equivalente a quatro anos e meio passados no mar).
• Em 1995, a "Roberto Ivens" durante umas manobras da NATO, colidiu com o reabastecedor da Marinha de Guerra do Canadá "Preserver", resultando em elevados danos na proa, ainda começou-se a construir uma nova proa no Arsenal do Alfeite, mas devido a colisão o veio da hélice desalinhou completamente e consecutivamente não chegou a ser reparada, sendo abatida ao efectivo em 1998.
• Em 2001, a "Sacadura Cabral" participou na «EUROMARFOR», constituída por navios de guerra ASW, e neste âmbito participou nos exercícios "Trident d' Or" e "Tapon".
• Em Abril de 2005, a "Sacadura Cabral" participou no exercício de contra proliferação de Armas de Destruição Maciça "NINFA 2005".
• Em Maio de 2006, a "Sacadura Cabral" participou no exercício "SWORDFISH", integrada no Grupo de Tarefa Anti Submarino.
• Em Setembro de 2006, a "João Belo" participou no exercício "INSTREX" servindo de transporte e meio de projecção de uma secção do PELBOARD que realizou um assalto ao reabastecedor "Bérrio", que simulou um navio mercante sequestrado por emigrantes clandestinos.
• Em Novembro de 2006, a "João Belo" participou no exercício "LUSIADA" no âmbito da preparação das Forças Armadas para cenários de resposta a crises.
• No dia 25 de Abril de 2008, após a passagem para o estado de desarmamento e abate ao efectivo, a "João Belo" e "Sacadura Cabral", baptizadas respectivamente como "Uruguay" e "Cte. Pedro Campbell", foram adquiridas por 13 milhões de euros pela Marinha de Guerra do Uruguai que já operava navios da classe "COMMANDANT RIVIÈRE".
PARTICIPAÇÃO EM MISSÕES IMPORTANTES:
• Em 1969, a "Hermenegildo Capelo", actuou 43 dias seguidos com a guarnição a ¾, devido a Crise do Biafra.
• Em Abril de 1970, a "João Belo", participou nas comemorações dos 200 anos da chegada de James Cook à Austrália.
A Fragata "João Belo" em Sidney durante as comemorações dos 200 anos da chegada de James Cook à Austrália (Foto da Revista da Armada)
• Em 26 de Abril de 1971, a "Hermenegildo Capelo" durante a sua comissão em Moçambique procedeu ao reboque do Navio-Mercante da Companhia Nacional de Navegação “Angoche” até a entrega deste à guarda do Comando Naval de Moçambique, encontrando-o à deriva a 50 milhas a Leste da costa de Moçambique entre Quelimane e Beira, estando parcialmente destruído por um incêndio na popa e sem vestígios dos 23 membros da tripulação, um passageiro ou da carga de cerca de 100 bombas de 50 kgs e cargas inertes para bombas de Naplam que transportava para a FAP.
• Em 1989, a "Hermenegildo Capelo", realizou uma acção de busca e salvamento ao navio naufragado nigeriano "River Gurara", ao largo do cabo Espichel, conseguindo salvar 27 tripulantes e passageiros durante um grande temporal.
• Em Janeiro de 1991, durante a Guerra do Golfo, a "Roberto Ivens" e a "Sacadura Cabral" participaram na «NAVOCFORMED» no Mar Mediterrâneo Oriental.
A Fragata "Roberto Ivens" no Mar Mediterrâneo
• Em Dezembro de 1991, a "Roberto Ivens" participou nas buscas do navio de pesca "Bolama", naufragado a 14 milhas do Cabo Espichel.
• Em 1992, a "Roberto Ivens" integrou as forças navais da UEO, participou na «Operação Sharp-Vigilance» no Mar Adriático, efectuando observação e vigilância marítima.
• Em 1992, a "Roberto Ivens" integrada na «STANAVFORLANT» da NATO, participou na «Operação Maritime Monitor» no Mar Adriático, efectuando observação e vigilância marítima.
• Em 1993, a "Sacadura Cabral" integrou as forças navais da UEO, participou na «Operação Sharp-Defense» no Mar Adriático, efectuando vigilância e patrulhamento marítimo.
• Em 2000, a "João Belo" participou nas comemorações dos 500 anos da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, partindo de Lisboa rumo ao Rio de Janeiro, acompanhado da "Sagres", da Caravela "Boa Esperança", e do novo Navio-Escola brasileiro "Cisne Branco".
A Fragata "João Belo" no Rio de Janeiro durante as comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil
• Em 2000, no âmbito das missões INTERFET e UNTAET da ONU, a "Hermenegildo Capelo" deslocou-se a Timor-Leste durante 6 meses, destinada a render a "Vasco da Gama", efectuar operações de presença naval, a prestar apoio ao contingente português, à força multinacional e à população durante o processo de transição para a Independência.
• Em 2002, a "Sacadura Cabral" esteve envolvida nas operações de combate à poluição no mar, resultantes do afundamento do petroleiro "Prestige", efectuando acompanhamento da situação e recolha de amostras.
CTFT
CTFU
NÚMERO DE AMURA:
F480
F481
F482
F483
BASE DE APOIO:
Base Naval de Lisboa
NOME:
N.R.P. Comandante João Belo
N.R.P. Comandante Hermenegildo Capelo
N.R.P. Comandante Roberto Ivens
N.R.P. Comandante Sacadura Cabral
ANO DE CONSTRUÇÃO:
1965
1966
1967
1968
NOTAS:
• Face a necessidade de apetrechar a Armada Portuguesa com navios de guerra modernos nos anos 60, capazes de realizar missões de soberania em Portugal, nas colónias africanas, Macau e Timor-Leste, assim como patrulhamento da costa, vigilância e escolta a navios de transporte de tropas e de material, tendo em linha de conta que à necessidade urgente destes meios não ser possível realizar os respectivos estudos faseados para a sua aquisição, acrescido de que a tentativa do Estado Português para adquirir fragatas de fabrico britânico da classe "Leander" se gorou devido a oposição política inglesa, contribuiram deste modo para a encomenda na década de 60 aos Estaleiros de "Compagnie des Ateliers et Forges de la Loire", em Nantes (França), de 4 fragatas da classe "COMMMANDANT RIVIÈRE" (consideradas avisos-escoltadores pela Marinha de Guerra Francesa).
• Tratava-se de uma classe versátil, robusta, com propulsão a diesel e uma boa autonomia, optimizadas para missões em zonas de clima e águas tropicais, além de estarem preparadas para transportar um pequeno destacamento de desembarque, características que agradaram a Direcção de Navios.
• Os navios congéneres franceses tinham como função a patrulha das águas das possessões coloniais francesas em África, Extremo Oriente e Oceano Pacífico, daí que atendendo aos requisitos da Marinha Portuguesa eram na época, navios ideais para operar na guerra das antigas colónias africanas portuguesas.
• Substituíram os contratorpedeiros da classes "Vouga" e os avisos de 1ª classe "Afonso de Albuquerque".
• A excepção das 2 Peças BOFORS de 40 mm, todo o restante armamento podia ser controlado automaticamente por sistemas directores de tiro, cujo cálculos e equações eram realizadas por calculadoras electrónicas, o morteiro anti-submarino ASM quadruplo de 305mm também podia efectuar fogo contra terra.
Disparo do morteiro ASM de 305mm (Foto cedida por Almirante Nunes da Silva)
• Participaram durante os seus primeiros anos em missões operacionais na Guerra Colonial, servindo em Angola e Moçambique, a titulo de exemplo, a "Hermenegildo Capelo", cruzou a linha do Equador cerca de 60 vezes.
• Realizavam frequentemente viagens de instrução com os alunos de Escola Naval.
• Participaram com grande regularidade em exercícios nacionais, internacionais e da NATO, tendo feito por diversas vezes, parte da esquadra da «STANAVFORLANT».
Exercício com helicóptero ALOUETTE III da FAP (Foto cedida por Almirante Nunes da Silva)
• Na década de 80, foram propostos planos para modernizações que incluíam a supressão dos peças de popa, com a particulariedade de que dois navios receberiam um convés e hangar telescópico, e nos outros dois seria instalado mísseis anti-navio EXOCET e mísseis anti-aéreos, porém nunca foram concretizados por escassez de verbas, e por se considerar que o navio poderia ficar com a sua estabilidade colocada em causa.
Plano original das fragatas da classe João Belo
Plano de modernização das fragatas da classe João Belo que previa a colocação de convés e hangar telescópico
Plano de modernização das fragatas da classe João Belo que previa a colocação de convés e hangar telescópico e a instalação de mísseis anti-navio Exocet e mísseis anti-aéreos Sea Sparrow
Plano de modernização das fragatas da classe João Belo que previa a instalação de mísseis anti-navio Exocet e mísseis anti-aéreos Sea Sparrow.
• Foram modernizadas na década de 90, nas acomodações para a guarnição, nomeadamente para a inclusão de militares do sexo feminino a bordo, capacidade para armazenamento de água doce, sistemas electrónicos, equipamento diverso, sistema de contra-medidas anti-torpedo Nixie AN/SQL-25, e armamento (tubos lança-torpedos US Mk32 Mod5 de 324mm e sonar SQS-510), ao mesmo tempo que se retirou uma peça de 100mm da popa, o morteiro anti-submarino ASM de quadroplo de 305mm da proa, os dois tubos triplos lança-torpedos KT-50 de 550mm, e o sonar de pesquisa SQS-17A, o que permitiu prolongar a sua vida operacional em mais 10 anos e adequar os navios para o cumprimento das suas missões actuais e de manutenção de paz.
Plano actual das fragatas da classe "João Belo"
• A "Hermenegildo Capelo", foi o primeiro navio da Marinha de Guerra Portuguesa a incorporar militares femininos (15 praças).
•Durante quase 30 anos todos os navios navegaram quase 40 mil horas cada um (equivalente a quatro anos e meio passados no mar).
• Em 1995, a "Roberto Ivens" durante umas manobras da NATO, colidiu com o reabastecedor da Marinha de Guerra do Canadá "Preserver", resultando em elevados danos na proa, ainda começou-se a construir uma nova proa no Arsenal do Alfeite, mas devido a colisão o veio da hélice desalinhou completamente e consecutivamente não chegou a ser reparada, sendo abatida ao efectivo em 1998.
• Em 2001, a "Sacadura Cabral" participou na «EUROMARFOR», constituída por navios de guerra ASW, e neste âmbito participou nos exercícios "Trident d' Or" e "Tapon".
• Em Abril de 2005, a "Sacadura Cabral" participou no exercício de contra proliferação de Armas de Destruição Maciça "NINFA 2005".
• Em Maio de 2006, a "Sacadura Cabral" participou no exercício "SWORDFISH", integrada no Grupo de Tarefa Anti Submarino.
• Em Setembro de 2006, a "João Belo" participou no exercício "INSTREX" servindo de transporte e meio de projecção de uma secção do PELBOARD que realizou um assalto ao reabastecedor "Bérrio", que simulou um navio mercante sequestrado por emigrantes clandestinos.
• Em Novembro de 2006, a "João Belo" participou no exercício "LUSIADA" no âmbito da preparação das Forças Armadas para cenários de resposta a crises.
• No dia 25 de Abril de 2008, após a passagem para o estado de desarmamento e abate ao efectivo, a "João Belo" e "Sacadura Cabral", baptizadas respectivamente como "Uruguay" e "Cte. Pedro Campbell", foram adquiridas por 13 milhões de euros pela Marinha de Guerra do Uruguai que já operava navios da classe "COMMANDANT RIVIÈRE".
PARTICIPAÇÃO EM MISSÕES IMPORTANTES:
• Em 1969, a "Hermenegildo Capelo", actuou 43 dias seguidos com a guarnição a ¾, devido a Crise do Biafra.
• Em Abril de 1970, a "João Belo", participou nas comemorações dos 200 anos da chegada de James Cook à Austrália.
A Fragata "João Belo" em Sidney durante as comemorações dos 200 anos da chegada de James Cook à Austrália (Foto da Revista da Armada)
• Em 26 de Abril de 1971, a "Hermenegildo Capelo" durante a sua comissão em Moçambique procedeu ao reboque do Navio-Mercante da Companhia Nacional de Navegação “Angoche” até a entrega deste à guarda do Comando Naval de Moçambique, encontrando-o à deriva a 50 milhas a Leste da costa de Moçambique entre Quelimane e Beira, estando parcialmente destruído por um incêndio na popa e sem vestígios dos 23 membros da tripulação, um passageiro ou da carga de cerca de 100 bombas de 50 kgs e cargas inertes para bombas de Naplam que transportava para a FAP.
• Em 1989, a "Hermenegildo Capelo", realizou uma acção de busca e salvamento ao navio naufragado nigeriano "River Gurara", ao largo do cabo Espichel, conseguindo salvar 27 tripulantes e passageiros durante um grande temporal.
• Em Janeiro de 1991, durante a Guerra do Golfo, a "Roberto Ivens" e a "Sacadura Cabral" participaram na «NAVOCFORMED» no Mar Mediterrâneo Oriental.
A Fragata "Roberto Ivens" no Mar Mediterrâneo
• Em Dezembro de 1991, a "Roberto Ivens" participou nas buscas do navio de pesca "Bolama", naufragado a 14 milhas do Cabo Espichel.
• Em 1992, a "Roberto Ivens" integrou as forças navais da UEO, participou na «Operação Sharp-Vigilance» no Mar Adriático, efectuando observação e vigilância marítima.
• Em 1992, a "Roberto Ivens" integrada na «STANAVFORLANT» da NATO, participou na «Operação Maritime Monitor» no Mar Adriático, efectuando observação e vigilância marítima.
• Em 1993, a "Sacadura Cabral" integrou as forças navais da UEO, participou na «Operação Sharp-Defense» no Mar Adriático, efectuando vigilância e patrulhamento marítimo.
• Em 2000, a "João Belo" participou nas comemorações dos 500 anos da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, partindo de Lisboa rumo ao Rio de Janeiro, acompanhado da "Sagres", da Caravela "Boa Esperança", e do novo Navio-Escola brasileiro "Cisne Branco".
A Fragata "João Belo" no Rio de Janeiro durante as comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil
• Em 2000, no âmbito das missões INTERFET e UNTAET da ONU, a "Hermenegildo Capelo" deslocou-se a Timor-Leste durante 6 meses, destinada a render a "Vasco da Gama", efectuar operações de presença naval, a prestar apoio ao contingente português, à força multinacional e à população durante o processo de transição para a Independência.
• Em 2002, a "Sacadura Cabral" esteve envolvida nas operações de combate à poluição no mar, resultantes do afundamento do petroleiro "Prestige", efectuando acompanhamento da situação e recolha de amostras.
Esquemas de modernização interessante, desconhecia!
ResponderEliminarBoas,
ResponderEliminarDo que li, gostei :)
Tem um verdadeiro manancial de informação que nunca vi noutros sites/blog's sobre navios militares
Miguel Eduardo
Tudo o que aqui li está de acordo com o que aprendi durante o tempo que servi na marinha, a bordo da Capelo (1989), assim permitam-me apenas uma pequena correcção:
ResponderEliminarINDICATIVO DE CHAMADA INTERNACIONAL:
FRABELO
FRAILDO - o correcto é FRACAPELO
FRAERTO - o correcto é FRAIVENS
FRADURA
Depois deste reparo resta-me dar os parabens.
Paulo Costa
228988 1º grumete R
Queria dar os parabéns pelo trabalho em relação às João Belo.
ResponderEliminarAproveito para confirmar que o indicativo de chamada era efectivamente Fracapelo. Servi na Capelo como 1º Marinheiro Rádioperador entre 1989 e 1991.
Miguel Santos 901888 1º mar cro
Muito bom trabalho!
ResponderEliminarParabéns e continue!
Antes de enviar os parabens pelo trabalho efectuado, deixem-me dar um grande abraço ao Paulo Costa 228988 1ºGrt R, eu sou também R e fizemos o curso de grumetes juntos, visto eu ser o 224888 (actualmente não sou grumente mas Sargento R, visto ter continuado a servir o meu Pais), não me recordo de ti mas as saudades daquele tempo já começam a aparecer.
ResponderEliminarParabens pelo trabalho feito em relação a estas fragatas que muito trabalho me deram ao longo destes 22 anos que por cá ando a servir a Marinha.
Viva Pedro, antes de mais as desculpas por só agora responder ao teu abraço (há muito que não vinha ver os comentários deste artigo. Também não consigo ligar o nome a um rosto, mas a amizade e a camaradagem são coisas que sempre ficam, as saudades essas são cada vez maiores, tanto dos amigos como do mar.
EliminarAbraço,
Paulo Costa
228988 ex 1º grumete R
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EliminarParabéns! Parabéns! Mais palavras, para quê! É trabalho de um grande PORTUGUÊS, que daria pelo menos, um bom Oficial, de Marinha já se vê.
ResponderEliminarGrande abraço.
EXCELENTE TRABALHO
ResponderEliminarFIZ PARTE DA GUARNICAO QUE FOI BUSCAR A JOAO BELO A FRANCA EM 1967
EX MARINHEIRO C 1242/65 CRUZ
PROCURO FILHOS DA ESCOLA DESSA ALTURA PARA RECORDAR TEMPOS PASSADOS POR TERRAS DE FRANCA
UM ABRACO
Também o meu pai cozinheiro e também Alfredo Marçalo 11542 reconvertido em 4238/56.
EliminarDepois comissão em África,Ásia, Oceania, esrando presente em Sidney nas comemorações da chegada de James Cook à mesma.
Cruz
ResponderEliminarLembro-me de ti, mal, mas lembro-me do nome. Não te reconheceria, obviamente, mas penso que provavelmente terás alguma recordação. Na altura eu era Grumete C e embarquei em Luanda na primeira comissão da João Belo, para substituir um dos que desertaram na Australia durante a primeira viagem da João Belo. Fiz o resto da comissão na João Belo, tendo depois da comissão embarcado na Pereira da Silva, onde estive até passar à ''baixa''. Há cerca de 4 anos estive num almoço da primeira guarnição e foi muito bom recordar algum do pessoal. Esteve presente, bem velhinho, o nosso imediato da altura do qual não me recordo do nome.
recentemente estive no Uruguay e parece que não ficaram muito satisfeitos com a compra da nossa João Belo, devido a alguns acidentes mas que mais me pareceu serem devidos à tripulação do que ao navio ..
abraço com amizade
Francisco Coelho
ResponderEliminarFiz parte da guarnição deste grande navio , entre 1980/82 , Marinheiro CM - Coelho o Almada , gostave de encontar camaradas desse tempo , o Cruz será o cabo- fotógrafo? como carinhosamente lhe chamavamos? E que tal um almoço pessoal de 80? ABRAÇOS E MUITA SAUDE PARA TODOS.
Fernando Pereira
EliminarFiz parte da guarnicao da fracapelo em 81/82.
A viagem ao Brasil nas comemoracoes do 10 de Junho.
Ex M TD Pereira - 248480.
Espero encontrar camaradas desse tempo.
fernandopereira1959@sapo.pt
Também lá estive nessa altura, era Mar CM aguadeiro, juntamente com o Cabo CM Pucarinho e o Mar CM Fonseca. Voltei a embarcar nela em 83, até 85. Fiz a metade da Nato quando ela bateu na pedrinha na Noruega.
EliminarAbraço a todos
Excelentes navios, guarnecidos por homens e mulheres que sempre deram o seu melhor com abnegado esforço e sentido do dever, orgulhando a sua Marinha e o seu País, por esses mares e oceanos. É com muito orgulho que sinto água salgada nas veias da minha nacionalidade.
ResponderEliminarEu fui quem desertar em April of 1970 da frigata Joao Belo na sua viage inagural, quando navio atracou para conpra diesel i agua aqui em Australia, depois de passeio em East-Timor.
ResponderEliminarMuita saudade de camaradas de navio e minha terra Portugal.
Desculpa mau portugues, keybord ingles e 40 anos sem escrever qase nada nesta lingua.
Eu estive lá desde 1967/1971 era cabo ce gostava de saber dos outros dois dessa especialidade,que desertaram em Brisbane o Manuel Martins Nobre e o Nicolau estivemos juntos um abraço camaradas
Eliminarpelo que vejo, fui com o miguel santos ao brasil...
ResponderEliminarpaulo ribeiro, 207689, 1º grt R
Fernando Martins
ResponderEliminarEu fiz parte da guarnição de 1973/1974, fizemos comição em Cavo Verde e Angola.,
Sou ex mar TFD Martins 1835/71, um abraço para todos os meus filhos da escola. Para os que deixaram um pouco de sua vida a bordo da JB saudações, especialmente para os que comigo lá serviram.
procuro uma pessoa ke esteve na fragata hermenegildo capelo,nome gerardo manuel oliveira pereira,entrar em contacto plo facebook,carla caldas,kem souber algo dessa pessoa
ResponderEliminareu estava embarcado na altura da ultima navegação, na altura do embate, ia-se ao largo de sines, nunca vou esquecer aqueles momentos, 2grumete A Nascimento
EliminarAcabou de chegar ontem a Alhos Vedros, a reboque a F481, onde irá ser desmantelada!
ResponderEliminarOlá a todos
ResponderEliminarApresento-me:
Chamo-me Alberto Braz e colaboro com o projecto OCEAN REVIVAL http://oceanrevival.org/pt.
Saúdo em particular todos os que prestaram serviço na Fragata Hermenegildo Capelo
Como julgo que devem saber a Fragata encontra-se presentemente a ser descontaminada nos estaleiros de Alhos Vedros para a sua "nova nissão" e a ser preparada para ser afundada prolongando a sua "vida" por largos anos.
Já se encontram no Parque OCEAN REVIVAL a Corveta Oliveira e Carmo bem como o Patrulha Zambeze.
Fico disponivel para as questões que acharem relvantes.
fazer uma observação a Fragata João belo não esteve na comemoração dos 500 anos no brasil mas sim no exercício UNITAS em 1999 e é essa foto em frente ao Pão de Açúcar posso afirmar isso pois encontrava-me lá e até me encontro nessa foto no parque de RAS a vante preparando-me para efetuar salvas
ResponderEliminarExcelente reportagem sobre a classe das fragatas João Belo,tive a honra de pertencer à sua primeira guarniçao,até ao regresso da sua 1ª comissão a Angola / Cabo Verde. O primeirissimo F23 depois CM23 Rogério Oliveira,conhecido pelo Torricelli.
ResponderEliminarJá agora informo que em julho de 1969,legenda do 1º disparo do morteiro,onde é dito que a foto foi cedida pelo Almirante Nunes da Silva, deverá ser com toda a certeza Alm. MONTEIRO DA SILVA,nessa data 1º tenente. passou à aposentação com Vice-Almirante.
Por este meio deixo o meu ernorme abraço à 1ª guarnição e a todos os camaradas da ARMADA
A foto é mesmo minha. Eu era então cap. fragata e Director de Instrução do CITAN e embarquei na fragata para orientar o seu treino básico. Consta da minha História Profissional:
Eliminarhttp://ajmns.blogspot.pt/2013/08/resumo-da-historia-profissional-do-cf_7138.html
Nunes da Silva
Um bom trabalho sobre as fragatas classe "Cte. J. Belo", pelo que felicito o autor.
ResponderEliminarPouco antes da queda do muro em 1989, a "Cte. Roberto Ivens" integrou, como já o fizera antes, a SNFL 89, culminando um período de intensa actividade operacional, iniciado nesse ano com a passagem, pela primeira vez de uma unidade naval portuguesa, pelo NATO FORACS em Stavanger , na Noruega, a que se seguiu a participação no JOINT MARITIME COURSE na Escócia.
A foto que é exibida da Ivens no Mediterrâneo é muito parecida com a que foi tirada no Mar do Norte, em que figura o "blue nose" pintado por ocasião da celebração da passagem pelo circulo polar ártico.
A instalação dos sistemas integrados de comunicações ( SIC ) em unidades navais portuguesas foi iniciada na Ivens.
Por último, naqueles tão saudosos tempos, havia as fragatas classe "Cte. J. Belo", mas num outro patamar, muito mais elevado, havia a fragata "Cte. Roberto Ivens"......
Um bom trabalho, sobre a classe João Belo, estive 1 ano na Roberto Ivens como 2º marinheiro electricista 239584, encontrei este site porque estava á procura de referências sobre o unico exercicio nato que fiz nesta valente fragata o Ocean Safari, em que a mesma era o navio almirantado, penso que em 1985, mas infelizmente não encontrei qualquer referencia ao mesmo, quem souber de algum site onde possa encontrar qualquer coisa, agradeço que me envie o endereço para carl-belmonte@hotmail.com. Saudações a todos os que honrosamente serviram nesta classe, Carlos Gonçalves.
ResponderEliminarMUITO BOA NOITE A TODOS ;LI COM MUITO GOSTO ESTE TRABALHO SOBRE ESTAS FRAGATAS::MAS SÓ QUERO FAZER UM REPARO QUANTO A CAPELO NA SUA COMISSÃO EM MOÇAMBIQUE;ELA NÃO REBOCOU O ANGOCHE PARA LADO NENHUM :MAS SIM ESCOLTOU O REBOCADOR DE ALTO MAR ATÉ LOURENÇO MARQUES: DEPOIS DE TER ENCONTRADO O ANGOCHE ESSE SIM A REBOQUE DE UM PETROLEIRO--
ResponderEliminarParabens pelo excelente trabalho. Apenas algumas falhas. Eu estava a bordo da Fracapelo entre 82 3 85. Numa das Stanavforlant na Noruega, houve um espectacular acidente do que resultou o sonar ficar danificado. Estivemos em Harstad durante cerca de um mes para reparar a quilha, e depois viajar de regresso a Lisboa tendo sido rendida pela Frabelo.
ResponderEliminarNão encontrei nenhuma referência à presença da Roberto Ivens nas independencias de Cabo Verde e Angola. Eu era Mar. Telegrafista e estive neste saudoso navio de 1974/1976.Em Angola durante o período de transição e depois do encerramento da Estação RadioNaval de Luanda foi a Roberto Ivens quem assegurou a receção via rádiodifusão, de todo o serviço, enquanto a H. Capelo assegurava a transmissão. Foram dias que marcaram muitas vidas, o apoio prestado ao "comboio" de embarcações de pesca carregadas de bens e pessoas que arriscaram regressar a Portugal é outro serviço fantástico assegurado por este navio. Fica assim assegurada essa marca. Foi uma honra ter servido neste navio. Um abraço enorme a todos os vivos
ResponderEliminarEu fui 1 grumete eletricista com o n 1954 72 fiz a comissão em Angola no ano de 73 74 um abraço a todos que fizeram está comissão REISINHO.
ResponderEliminarEstive na Comandante Sacadura Cabral de 1971 a 1974 o meu posto era na torre 3 Marinheiro A 109/70.Tenho saudades desse tempo,o zé Manuel, era o apontador e o Chaveca estava no paiol.
ResponderEliminar1º Mar. Artilheiro 2294/71 Carmo. Roberto Ivens entre Setembro de 72 a Dezembro de 74. Foi o melhor que me aconteceu na vida ter sido chamado para prestar serviço na Armada. Neste navio, fiz viagens que jamais teria feito e guardo com tanta saudade esses tempos e as lembranças dos "marujos" meus companheiros nessas viagens.
ResponderEliminarSim UKnown... A R. Ivens foi a Bissau à cerimónia da independência. Estivemos em Angola durante 4 meses a render a João Belo (com avaria) e foi aqui em Angola(Luanda) que estavamos no dia da Revolução. Aliás; era para sairmos nesse dia com destino a Lisboa e por causa disso saimos no dia seguinte.
Fui marinhero CM estive na sacadura Cabral entre Janeiro de 1993 e Junho de 1994
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