30/06/09

ESQUADRILHA DE HELICÓPTEROS DA MARINHA

(ACTUALIZADO)

"TREINO DURO COMBATE FÁCIL"


Helicóptero WESTLAND SUPER NAVY LYNX Mk95

TIPO DE AERONAVE:
Helicóptero de luta anti-submarina


PERFIL:


MODELO:
WESTLAND SUPER NAVY LYNX Mk95

PESO:
3.110 kg (vazio), 5.126 kg (máximo)

DIMENSÕES:
15,2 x 12,8 (rotores) x 3,5 metros (altura)

MOTORES:
2 Turbinas Rolls Royce GEM 42-1 Mk1017 - 1.120cv (835kW)
2 rotores (principal e de cauda, cada um com 4 pás)

COMBUSTÍVEL:
F44 - 802 kg (2h10min) ou 1.520 kg (3h45min) com tanques auxiliares

VELOCIDADE MÁXIMA:
168 nós (255 Km)

VELOCIDADE OPERACIONAL:
120 nós (232 Km)

CONSUMO MÉDIO:
300 Kg/hora

ALTITUDE MÁXIMA:
12.000 Pés (3.600 metros)

AUTONOMIA:
240 milhas (sem reabastecimento)
100 milhas (voo com regresso ao navio)

TRIPULAÇÃO:
Pilotos: 2 Oficiais
Operador de sistemas: 1 Sargento
Total: 3

RADAR:
Radar de busca semi-activo BENDIX RDR 1500B de 360º de varredura / 160 milhas

SONAR:
Sonar (activo/passivo) omnidireccional de profundidade variável BENDIX AN/AQS-18 (300 metros de cabo/profundidade)



Sonar acústico activo de profundidade variavél BENDIX AQS-18

COMUNICAÇÕES:
- Interfonia;
- Telebrief;
- Data-link VESTA;
- Telefone submarino UWT
- HF Collings hF 9000;
- UHF com homing CHELTON SYSTEM 7;
- UHF Collings Dual AN/ARC 182

SISTEMAS DE NAVEGAÇÃO:
- Computador táctico de navegação RACAL RNS 252;
- GPS MARCONI CMA-3012;
- Main Compass BAE GM Mk9;
- Sistema Doppler RACAL Type 91;
- Radar altímetro SMITHS NA/APN 198;
- Sistema de controlo de voo;
- Sistema de velocidade verdadeira do ar PENNY and GILES D11731TH;
- Sistema giroscópico;
- Sistema IFF COSSOR 4720;
- VOR-DME (COLINS VOR-VIR 31A);
- DME (COLLINS DME 42);
- CCS RACAL B963

EQUIPAMENTO:
- Arpão hidráulico;
- Trem de triciclo não retráctil com travão das rodas;
- 4 flutuadores de emergência (2 no nariz e 2 nos sponsons do trem principal);
- 2 geradores de 6kW a 28V;
- 2 alternadores de 15 kVA A 115/200V;
- 1 bateria de 23A/h;
- Guincho com capacidade de 272 kg;
- Cabo de fast-rope;
- Banco PAX de 3 ou 6 passageiros;
- Gancho SACRU para carga externa suspensa até 1.680 kg

CAPACIDADE DE CARGA:
9 homens ou 970Kg de carga (equipamento ASW removido e configurado como utilitário)

SISTEMAS DE ARMAS:


2 Torpedos de 324 mm Mk46 Mod5 Neartip (activo / 40 nós / 9,2Km de alcance)


1 Metralhadora-pesada FN M3M de 12,7mm

NÚMERO DE REGISTO:
19201
19202
19203
19204
19205

ANO:
1993

EMPREGO OPERACIONAL:
- Realiza como missões prioritárias: a luta anti-submarina, luta anti-superfície, reconhecimento, patrulha marítima, apoio de tiro contra a costa e interdição de área para além das 100 milhas e da capacidade dos sistemas de armas do navio em que esteja asserido.
- Têm como missões secundárias: o transporte utilitário e táctico de carga e pessoal, SAR, lançamento de tropas com o equipamento de mergulho para a água (HELICAST), evacuações médicas (MEDEVAC), e reabastecimento vertical (VERTREP), por gancho SACRU para carga externa suspensa.


Helicóptero LYNX a efectuar SAR



HELICAST - Elemento dum DMS a efectuar salto de helicóptero


MEDEVAC - Helicóptero Lynx a ser utilizado para efectuar uma evacuação médica


VERTREP - Helicóptero a efectuar reabastecimento vertical por carga suspensa

- Quando necessário colaboram nas missões de SAR com os helicópteros SA 316 ALOUETTE III, com os recentes EH-101 MERLIN e com os aviões CASA C-212-100, C-212-300 AVIOCAR, Lockheed Martin HERCULES C-130H, e nas missões com os aviões de patrulha marítima e Lockheed Martin P3 C-II ORION da FAP.


Helicóptero SA 316 ALOUETTE III em missão SAR


Helicóptero EH-101 Merlin


Avião CASA C-212-100 AVIOCAR em patrulha marítima


Avião CASA C-212-300 AVIOCAR em patrulha marítima


Avião Lockheed Martin Hercules C-130H


Avião Lockheed Martin P3 ORION de patrulha marítima

NOTA:
• Em 1982, no conflito das Ilhas Falklands/Malvinas, a Marinha de Guerra Britânica utilizou helicópteros Lynx na destruição do submarino "Santa Fé" e de navios argentinos, em 1991 na Guerra do Golfo utilizou-os novamente tendo destruído várias lanchas-rápidas da Marinha de Guerra Iraquiana por via de mísseis SEA SKUA. Mais recentemente, em 2003 também actuaram na «Operação Iraqi Freedom».
• É um helicóptero projectado para operar a partir de navios do porte de uma corveta, estão preparados para operar com condições de mau estado de mar e de tempo ("sea state" +6 e ondulação de 4/6 metros), afim de facilitar o estacionamento no hangar, o cone da cauda é rebatível e as quatro pás são dobráveis e aerodinâmicas, possuindo pontas curvas, são construídas em materiais compósitos de fibra de vidro, com escudo de titânio e níquel, para protegê-las da corrosão do meio marinho.
• A Marinha Portuguesa possui cinco unidades na versão ASW, encomendados em Novembro de 1990 e recebidos em 1993, três novos e dois adquiridos a "Royal Navy", tendo sido convertidos do padrão Lynx HAS.3S para Lynx Mk 95, destinados às fragatas da classe "Vasco da Gama", começaram a ser embarcados somente a partir de 1995.
• O requisito original previa 7 unidades, de modo a permitir uma maior rotatividade dos aparelhos, guarnições, respectivas equipas de manutenção e em caso de urgência destacar para cada fragata 2 helicópteros, situação que ocorreu na «Operação Crocodilo» em 1998, mas na prática a situação com 5 Lynx's tem obrigado a uma certa sobrecarga de horas de voo (16 mil), sendo que a frota já usufruiu de 50% da sua vida útil.
• A médio prazo (2009-2010) a modernização dos aparelhos tem por finalidade satisfazer as novas necessidades operacionais, nomeadamente em missões ASUW, equipando-os com o sistema de vigilância electrónica FLIR 2000HP, sistema de pontaria para lá do horizonte VESTA-Helo, filtros de areia para operar em ambiente terrestre e blindagem amovível na forma de placas e tapetes de kevlar com capacidade para promover protecção balística.
• A Esquadrilha de Helicópteros da Marinha (EHM) foi formalmente activada em 24/09/1993 e é operada a partir da Base Aérea n.º 6 em Montijo, são as novas "asas" da Armada Portuguesa após um período de quase 41 anos de interregno.
• Participam activamente no treino de Fuzileiros e Mergulhadores, desde a inserção no local de operação, até a recolha dos mesmos, de salientar que se encontra em fase de estudo e futuramente de treino, a capacidade de lançamento do DAE de pára-quedas a partir de helicóptero.
• O destacamento aéreo embarcado nas fragatas é constituído por 12 elementos, quando se opera 1 Lynx, 9 elementos da área de manutenção e 3 da tripulação, o número aumenta para 16 quando operam 2 helicópteros, sendo 11 da área de manutenção e 6 das tripulações.
• Em Dezembro de 1994, teve lugar a primeira missão operacional dos Lynx, quando dois embarcados na fragata "Vasco da Gama" participaram no exercício "CONTEX"
• Em 2002, durante a participação no exercício "INSTREX" realizou-se com sucesso o lançamento de um torpedo Mk46.
• Em Março de 2009, conclui-se o processo de certificação da metralhadora-pesada FN M3M Mk3 de 12,7mm montada transversalmente a bombordo (com capacidade para 600 munições), durante a navegação da fragata "Corte-Real" integrada na SNMG1, sistema de armas que irá permitir a capacidade de interdição marítima e ataque contra alvos terrestres, sobretudo durante a prestação de apoio de fogo próximo às operações anfíbias.


Lynx com metralhadora-pesada FN M3M 12,7mm montada a bombordo


Lynx com metralhadora-pesada FN M3M 12,7mm a bordo da Fragata Corte Real

• Em Julho de 2009, um Lynx participou numa demonstração relativa ao exercício de Segurança Energética organizado para o Presidente da República, introduzindo o PELBOARD por recurso a "fast-rope" no "Bérrio".

• Em Março de 2010, a EHM foi condecorada pelo CEMA com a Medalha Militar de Serviços Distintos Grau Ouro, pelas acções desenvolvidas no âmbito das missões da Marinha.
• Para além de Portugal o LYNX, também é utilizado pelas Marinhas de Guerra da África do Sul, Alemanha, Brasil, Coreia do Sul, Dinamarca, França, Holanda, Inglaterra, Malásia, Noruega, Oman, Paquistão, Singapura e Tailândia.

PARTICIPAÇÃO EM MISSÕES IMPORTANTES:
• Em 1994, a bordo da "Corte Real" participaram na «Operação Sharp-Guard» da UEO/NATO, no Mar Adriático.
• Em 1995, a bordo da "Vasco da Gama" participaram na «Operação Sharp-Guard» da UEO/NATO, no Mar Adriático.



Lynx em operações de vistoria no Mar Adriatico

• Em 1998, dois helicópteros a bordo da fragata "Vasco da Gama" participaram na «Operação Crocodilo» com o objectivo de evacuar civis e militares nacionais e posteriormente a bordo da fragata "Corte Real" participaram na «Operação Falcão», prestando apoio à Embaixada Portuguesa na Guiné-Bissau.


Evacuação de civis por Linx na Guiné-Bissau

Helicóptero Linx na Guiné-Bissau

• Em 1998/99, a bordo da fragata "Vasco da Gama" integrada na «STANAVFORLANT», participaram na «Operação Harbour» da NATO, no Mar Adriático.
• Em 1999, a bordo da fragata "Corte Real" participaram na «Operação Allied Force» da OSCE, no Mar Adriático.
• Em 1999, no âmbito das missões INTERFET e UNTAET da ONU, a bordo da fragata "Vasco da Gama" realizaram missões de apoio médico-sanitário às populações, em Timor-Leste.


Helicóptero na missão da INTERFET em Timor-Leste

• Em 2000, um Lynx participou nas buscas de uma avioneta civil CESSNA 152 que caiu próximo do Portinho da Arrábida, prestando apoio aos Mergulhadores Sapadores.
• Em 2002, a bordo da fragata "Álvares Cabral", participaram na «Operação Active Endeavour» da NATO, no Mar Mediterrâneo.
• Em Janeiro de 2004, a 46 milhas de Vila Real de Stº António, um Lynx participou numa missão de combate ao narcotráfico na ZEE Portuguesa, em cooperação com a Polícia Judiciária, tendo sido utilizado pelo DAE para abordar uma embarcação suspeita (Fast-rope com hélis), na operação participaram também Fuzileiros, uma corveta e o submarino "Delfim".
• Em Fevereiro de 2006, a 145 milhas de Aveiro, dois Lynx's participaram na «Operação Atlântida» de combate ao narcotráfico na ZEE Portuguesa, em cooperação com a Polícia Judiciária, tendo abordado um cargueiro suspeito, que culminou na apreensão de 2,8 toneladas de cocaína, na operação participaram também o DAE, a fragata "Corte Real" e um avião P3 Orion da FAP.
• Em Abril de 2006, a bordo da "Corte-Real" na missão de apoio à política externa, um Lynx participou no exercício de cooperação técnico-militar "DISTEX", em Angola.



Helicóptero no exercício DISTEX a efectuar um VERTREP

• Em Setembro de 2006, a 180 milhas da Oeste da costa portuguesa, um Lynx participou na «Operação Mar Português» de combate ao narcotráfico na ZEE Portuguesa, em cooperação com a Polícia Judiciária, tendo abordado um iate suspeito, que culminou na apreensão de cerca de 800 Kg de cocaína, na operação participaram também a fragata "Vasco da Gama", uma equipa de oito Fuzileiros e um avião P3 Orion da FAP".
• Em Setembro de 2007, um Lynx a bordo da fragata "Álvares Cabral" integrada na SNMG1, participou numa missão histórica da NATO de circum-navegação ao Continente Africano, num exercício ASW e abordagem com a Marinha Sul-Africana e no socorro às vítimas da erupção vulcânica da ilha Jazirat, no Iémen.
• Em 2009, um Lynx a bordo da fragata "Corte-Real" integrada na SNMG1, tem participado no combate às acções de corso marítimo realizadas por piratas somalis.

NOTA: Site oficial da EHM: http://helicopteros.marinha.pt/Helicopteros/Site/PT

9 comentários:

  1. Boas

    Só tenho uma coisa a dizer sobre este blog:

    FORMIDÁVEL!!!

    João Reis, Almada

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  2. Este Blog está muito bem feito.

    Muito obrigado

    José Eduardo

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  3. Um abraço ao autor destas linhas pela divulgação da Briosa!

    Continue camarada

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  4. Este blog esta a maneira dos verdadeiros camaradas da guerra que bons mares e bons ventos os levem a fazer estas maravilhas.

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  5. Tenho que mostrar este blog ao MQ Narciso, ele esteve lá quando foi preciso.

    Muito Bom

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  6. Também só posso repetir-me nos elogios ao autor do blog na excelente, direi mesmo excepcional divulgação do que foi e é a Marinha

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  7. Também só posso repetir-me nos elogios ao autor deste excelente, direi mesmo excepcional, portal, na divulgação do que foi e é a Armada

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  8. Conhecendo o autor e o seu já longo trabalho de estudo, relato e registo histórico dedicado á nossa Armada nas mais diversas actividades, só lamento que não pertença aos quadros efectivos da nossa Briosa.

    Os meus mais sinceros agradecimentos pelo trabalho de grande mérito que vem realizando e espero que mantenha o animo de continuidade.

    Manuel Marques Pinto

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