Na minha odisseia por informações sobre as viaturas anfíbias LVT-4, que estiveram ao serviço da Escola de Fuzileiros na década de 60, diligenciei contactos com dezenas de antigos militares da Armada que frequentaram a Escola de Fuzileiros neste período.
Tendo reunido já bastantes dados e testemunhos pessoais (aproveito para agradecer mais uma vez a todos quanto me têm auxiliado), sensivelmente há duas semanas do “Dia do Fuzileiro 2012”, comuniquei ao Presidente da Associação de Fuzileiros uma ideia que me ocorreu:
- Apetrechar-se a Sala-Museu do Fuzileiro, com a oferta de um kit de modelismo de uma viatura anfíbia LVT-4, solicitando o favor de averiguar a possibilidade de concordância por parte do Corpo de Fuzileiros.
No mesmo dia, tendo conhecimento que nutre uma paixão pelo modelismo, informei da minha ideia um antigo Oficial Subalterno FZ da Reserva Marítima de 1968, propondo-lhe a construção do kit, prontamente aceite!
Transmitida a ideia ao Almirante Cte. do Corpo de Fuzileiros e ao Cte. da Escola de Fuzileiros, por parte do Presidente da Associação de Fuzileiros, rapidamente se obteve o deferimento e a ideia materializou-se numa excelente harmonia entre a instituição militar e a sociedade civil.
Deste modo, no passado dia 07 do corrente mês, durante o “Dia do Fuzileiro 2012”, esteve presente no Ginásio da Escola de Fuzileiros (durante a apresentação do livro do Cte. Patrício Leitão), um diorama constituído por uma base e kit na escala 1/35 de uma viatura anfíbia LVT-4, que transitará a título permanente para a Sala-Museu do Fuzileiro, enriquecendo o seu espólio.
A base do diorama foi elaborada pelo Eng. Álvaro de Melo, antigo Oficial Subalterno FZ da Reserva Marítima de 1968, sendo de salientar a particularidade de ter sido construída em tempo recorde, à medida da sua disponibilidade e a poucos dias do evento do “Dia do Fuzileiro 2012”!
Em virtude da falta de disponibilidade para conclusão do diorama, o kit da viatura foi facultado, a título de empréstimo, pelo seu amigo modelista Sr. Eduardo Ferreira (a quem agradeço a amabilidade).
Brevemente será substituído pelo kit que se encontra na “linha de montagem” do Eng. Álvaro de Melo, o qual irá primar por ligeiras diferenças do actualmente exposto, cujos detalhes só serão, por certo, mais detectados por outros modelistas.
Quem teve a oportunidade de observar no Ginásio da Escola de Fuzileiros, ou futuramente visitar a Sala-Museu do Fuzileiro, verificará que o diorama é uma réplica fiel da fotografia a cores em tamanho A4, que se encontra junto do mesmo, registada pelo Eng. Álvaro de Melo em 1968, durante a sua formação em Fuzileiro Especial; junto ao diorama e fotografia estará também presente um documento A4 com as características das viaturas anfíbias LVT-4.
Fica assim para a posterioridade, um kit de modelismo daquele que foi o 1.º modelo de viaturas anfíbias a equipar os Fuzileiros portugueses dos tempos modernos. Certo que fará as delícias dos apaixonados pelo modelismo, permitirá às gerações de Fuzileiros da década de 60 recordar tempos passados e contribuirá com mais visitas à Sala-Museu do Fuzileiro nos tempos vindouros.
Por último, cumpre-me agradecer:
- Ao Almirante Cortes Picciochi [Cte do Corpo de Fuzileiros] e ao Cte. Teixeira Moreira [Cte. da Escola de Fuzileiros], pela aceitação da ideia proposta e apoio prestado;
- Ao Cte. Lhano Preto [Presidente da Associação de Fuzileiros], pelas diligências tomadas e apoio constante;
- Ao Eng. Álvaro de Melo [autor do diorama], pela oferta do diorama, fotografia e documento A4;
- Ao Sr. Eduardo Ferreira [autor do kit da viatura], pela cedência temporário do seu modelo.
Artigo sobre a Sala-Museu do Fuzileiro:
http://barcoavista.blogspot.pt/2010/06/sala-museu-do-fuzileiro.html
FILME DO DESEMBARQUE DE VIATURAS ANFÍBIAS LVT-4 DOS FUZILEIROS:
https://barcoavista.blogspot.pt/2017/12/filme-d0-desembarque-de-viaturas.html
http://barcoavista.blogspot.pt/2010/06/sala-museu-do-fuzileiro.html
FILME DO DESEMBARQUE DE VIATURAS ANFÍBIAS LVT-4 DOS FUZILEIROS:
https://barcoavista.blogspot.pt/2017/12/filme-d0-desembarque-de-viaturas.html
Parabéns pela brilhante ideia e iniciativa de a tornar real.
ResponderEliminarNão tive oportunidade de ir ao Dia do fuzileiro para conviver com camaradas e claro conhecê-lo, a idade pesa um bom bocado e tenho muita dificuldade em caminhar.
Mas já soube por camaradas que é muito jovem, comunicativo, culto e bem humorado.
Até mostrou ter «fibra» de se fazer a pista do lodo, ao que parece repetindo até alguns obstáculos.
M. O Cmg FZE Ref.
Bem haja
Mais uma vez, meu caro Rodrigues Morais! Aqui fica à vista de todos, mais um impulso há nossa história. Património este, que como nosso Amigo vai enriquecendo com uma dedicação de tal forma invejável, que certamente deixará muito boa gente, roendo as unhas de vergonha ou mesmo inveja. Sinto-me muito honrado com aquele tropeção que demos aqui á uns anos, e pela muito humilde colaboração. Um muito obrigado, selado com mais um abraço deste FUZILEIRO. Mário Manso
ResponderEliminarParabens. Espero que no kit que estão a fazer não ponham os fuzos de joelhos sobre a cabine. De resto e tirando a cor que não me parece a correta está ótimo.
ResponderEliminarAbraço
Luis Silva (DFE9)
O Comando do Corpo de Fuzileiros e a Associação de Fuzileiros deveriam honrar os seus sites oficiais, fazendo uma menção a esta iniciativa deste nosso grande amigo Dr. Rodrigues Morais e do nosso camarada Eng. Álvaro de Melo.
ResponderEliminarÉ que além de louvável pelo empenho de ambos, segundo o meu neto mais velho que gosta destas coisas do modelismo, a brincadeira não deve ter ficado nada barato, para já não falar no trabalho que dá criar o cenário, montar e pintar tudo!
Tive uma grande oportunidade; “viajar” nesta máquina infernal. Lembro-me o barulho típico do motor (pelo que vi e ouvi), seria um a rotativo wankel a gasolina?! Uma “corrida” de 500/600 metros, esta coisa; feia, barulhenta e pouco eficiente” gastava uns bidão com 40 litros de gasolina. O Setúbal, um mecânico especializado nestas máquinas, não perdia uma corrida. Sempre que necessário, experimentar ou testar esta coisa “feia”, ele o Setúbal sorria. O senhor Comandante Alpoim Calvão, tinha razão, adorava uma destas máquinas de guerra. Uma só, porque as restantes cinco ou seis, não estavam completas nem armadas. Mesmo assim, eram viaturas de respeito. Quando vistas de perto, animava o nosso espírito militar.
ResponderEliminarNa Escola de Fuzileiros, houve sempre, um bom relacionamento entre os militares, o Senhor comandante Alpoim Calvão era exemplo.
A. Gueifão (1965/1970)