02/09/09

DRAGA-MINAS

"Homens de ferro em navios de madeira"

          Com a lição do intensivo uso de minas marítimas na II Guerra Mundial por todas as Marinhas de Guerra dos beligerantes e no seguimento do envolvimento dos EUA e da ONU na Guerra da Coreia (1950-1953), com o recurso a minas marítimas de fabrico russo por parte da Coreia do Norte e China, a par de dispositivos anti-rocega, anti-recuperação, contadores de navios e relógios para períodos de adormecimento, obtendo um custo eficácia compensador, a NATO impulsionou a criação de esquadrilhas de navios dedicados a esta ameaça no seio das Marinhas de Guerra dos países signatários.
          A Portugal, em virtude da sua posição geoestratégica foi atribuído uma Flotilha de 16 Draga-minas [Portaria n.º 16 076 de 13 de Dezembro de 1956] construídos segundo os planos de navios Norte-americanos e ingleses, com casco de madeira, assinatura magnética e sonora reduzidas, equipados com rocegas mecânicas, magnéticas e acústicas:

- 8 Costeiros da classe "Ponta Delgada" ["Bluebird"] 1953 - 1976;

Draga-minas costeiro "Santa Cruz"

- 4 Oceânicos da classe "S. Jorge" ["Agile"] 1955 - 1974;

Draga-minas oceânico "S. Jorge"

- 4 Costeiros da classe "S. Roque" ["Ton"] 1956 - 1976.

Draga-minas costeiro "Lagoa"

          Esta nobre Flotilha tinha por missão principal proteger os canais de acesso dos grandes portos nacionais (Leixões, Lisboa, Setúbal, Ponta Delgada, Funchal e Caniçal), aos quais veio a ser acrescido o porto de águas profundas de Sines.
          Dos navios, 12 ("S. Jorge", "Ponta Delgada") foram construídos em estaleiros dos EUA ao abrigo do MDAP - "Mutual Defence and Assistence Program" e 4 ("S. Roque") nos Estaleiros da Administração Geral do Porto de Lisboa, então explorado pela CUF, dois ao abrigo do MDAP e dois pelo Governo Português.
          Embora seja reconhecida a necessidade de uma capacidade de resposta à guerra de minas, a aquisição de 4 navios para a guerra de minas, esta somente planeada para 2015, de acordo com o Sistema de Forças Naval Aprovado em 2005, por evidentes dificuldades de financiamento, tendo os últimos (classe "S. Roque") sido retirados destas funções em Setembro de 1976 e abatidos ao efectivo em Maio de 1996.
          Tratava-se de navios muito versáteis, activos e com uma relação custo/benefício muito vantajosa, mas nunca foram alvo de qualquer modernização global ou parcial, e até à data do cessar de funções da Flotilha, alcançaram elevados padrões operacionais e participaram em muitos exercícios sectoriais, nacionais e internacionais.
          A título de exemplo, os Draga-minas da classe "S. Roque" ficaram com as suas rocegas de influência desactualizadas nos inícios dos anos 60, especialmente a rocega acústica rebocada à borda, o "Ribeira Grande" e o "Rosário" fizeram as últimas missões de treino de guerra de minas por rocega mecânica e por Mergulhadores em 1985.
          Contudo continuaram a prestar apoio aos exercícios de rocegas, de Mergulhadores Sapadores e aos treinos com material de Demolição, Identificação e Inactivação de Armamento no Campo de Treino de Minas e Demolições na Ilha da Culatra.
          Foram ainda uma excelente escola de marinharia moderna pelo lançamento, reboque e recolha do complexo material de rocega e do lançamento e recolha de bóias "DAN" de sinalização, efectuando também o reboque de alvo de artilharia para exercícios de tiro de superfície.
          De salientar que os Draga-Minas "Ribeira Grande" e "Vila do Porto" foram utilizados para curtas viagens de fim-de-semana de instrução aos cadetes da Reserva Naval, com o desiderato de proporcionando-lhes um primeiro contacto com o mar, durante o período inicial na Escola Naval.
          Em Janeiro de 1976, o Chefe da III Divisão do EMA (Operações), com a devida autorização do CEMA (Chefe do Estado-Maior Armada) para escolha e negociação do material, teve a iniciativa de solicitar a NATO o começo de um programa financiado de reapetrechamento dos meios navais da Marinha de Guerra Portuguesa, sendo criado um grupo de trabalho para actualização dos meios navais, sendo o Chefe da III Divisão do EMA o seu presidente.
          O programa incluía 6 fragatas oceânicas, 4 caça-minas, um simulador de operações, um navio oceanográfico e patrulhas de fiscalização costeiros. Não foram incluídos submarinos por nessa época se considerar que os que a Esquadrilha disponha, satisfaziam as necessidades operacionais e ainda gozarem de vida útil.
          Deste modo, participou em diversas reuniões e visitas a estaleiros navais estrangeiros (Alemanha, França e Reino Unido) para escolha das unidades e respectivo equipamento, tendo obtido aprovação e o compromisso de financiamento da NATO para todo o programa, excepto os patrulhas de fiscalização costeiros que seriam de nossa exclusiva responsabilidade.
          Porém face ao custo, teve-se que estabelecer fases, optando-se por arrancar com 3 fragatas oceânicas, entendidas como prioritárias para a nossa defesa, pretendendo-se plataformas capazes de responderem a multi-ameaças, dotadas de sistemas digitais, helicóptero orgânico e propulsão moderna.
          No que concerne a navios dedicados às contramedidas de minas, optou por caça-minas da classe "Hunt" de fabrico britânico com casco em fibra de vidro, sonar de alta resolução e veículo submarino, com capacidade para localizar e colocar equipamento de demolição junto às minas, inclusivo as de pressão, podendo também ser empregues na oceanografia e localização de naufragados ou aeronaves no mar.
          Conseguiu que todos os países signatários da Aliança Atlântica facultassem uma parte da comparticipação material, praticamente a 100%, ficando os respectivos navios em apreço com plena soberania portuguesa, apenas com o compromisso de quando solicitado ou em caso de hostilidades, serem atribuídos ao esforço conjunto da NATO. No entanto, ao longo dos anos o interesse da NATO pelo financiamento do programa limitou-se às actuais 3 fragatas da classe "Vasco da Gama" e ao simulador de operações, continuando o restante programa pendente.
          Apesar da aquisição de navios dedicados a guerra de minas ser bastante onerosa, tal necessidade deveria ser encarada como um factor preponderante e estratégico, uma vez que o emprego de minas marítimas, de contacto ou de influência (acústicas, magnéticas ou de pressão), passíveis de ser lançáveis por aviões, submarinos ou navios com um mínimo de preparação, configura um sistema de armas relativamente barato, acessível e por inerência susceptível de ser empregue em grande número, até em acção subversiva.
          Os interesses políticos, económicos e militares do Mundo Ocidente possuem como base de sustentação vital a utilização dos oceanos e respectivas linhas de comunicação marítima, as minas continuam a ser um dos meios mais eficazes de negar o uso de portos ou zonas de navegação de elevado interesse a um opositor e como medida dissuasiva, defensiva ou ofensiva, nomeadamente no tocante a águas territoriais, continua a desempenhar um papel de relevo num potencial conflito entre nações ribeirinhas.
          As consequências militares e económicas decorrentes da subestimação da sua importância podem ser desastrosas, tendo em conta a nossa posição geoestratégica na Europa, a importância dos nossos portos e o facto que vivemos em grande parte da importação de combustíveis, matérias-primas e produtos alimentares.
          Consultando a história militar é possível verificar que desde início do emprego de minas marítimas em conflitos bélicos, mais que o receio do seu poder destrutivo, foi sempre mais eficaz o seu valor psicológico dissuasivo como factor de influência na decisão de um Comandante dum navio em relação ao risco calculado.
          Uma mina não necessita de ser muito sofisticada para funcionar, na verdade até pode ser ultrapassada perante os padrões standard e funcionar efectivamente, tal sucedeu a título de exemplo em Abril de 1998 com a fragata Norte-americana "USS Samuel B. Roberts" (FFG-58), cuja reparação custou 96 milhões de Dólares.
          Presentemente, mais de 50 países com costa possuem minas marítimas e capacidade de as lançar, desses pelo menos 30 têm capacidade de as fabricar, sendo que 20 deles exportam mais de metade da sua produção!
          Actualmente as operações de limpeza de minas, face a demora e sensibilidade das acções, realizam-se num quadro de operações conjuntas e combinadas, assim a par das necessidades nacionais, tais navios também contribuiriam para a afirmação da nossa política externa mediante o seu emprego em missões bilaterais ou multinacionais.
          A Marinha Portuguesa pretende ser apetrechada com um navio de assalto anfíbio, mas para poder empregar de modo seguro tal plataforma na aproximação à costa, necessita de providenciar meios especializados no reconhecimento e limpeza de minas no suporte a Forças Expedicionárias Anfíbias (Fuzileiros), tendo em linha de conta que um campo de minas pode facilmente impedir a concretização de um desembarque anfíbio e saldar a operação numa tragédia.
          As minas marítimas assentes no fundo do mar são de influência (acústicas, magnéticas ou de pressão), apropriadas para águas costeiras pouco profundas "Shallow Waters", com um limitado raio de acção por necessitarem de profundidades adequadas, mas são dotadas de uma grande carga explosiva por não necessitarem de ter flutuabilidade positiva, sendo as mais difíceis de neutralizar.
          As minas marítimas fundeadas são mais apropriadas para águas mais profundas "Deep Waters", podendo ser de contacto ou de influência (excepto pressão), podem ser muito afectadas por factores de natureza do fundo do mar, agitação marítima e por alteração da sua posição, causando surpresas com efeitos indesejáveis.
          Portugal, face a sua localização geográfica e águas geralmente mais profundas do que as dos países do Mar Báltico ou do Mar Mediterrâneo, não tem tanta acuidade para a guerra de minas. Não obstante, é preciso não esquecer que a Base Naval do Alfeite, situada na margem Sul do Rio Tejo, reunindo todos os meios da esquadra, instalações de apoio e manutenção, acresce a decisiva capacidade de saída do Estuário do Tejo para o mar através de uma barra segura, caso contrário os navios ficaram confinando ao Mar da Palha.

• Em 2003, os Mergulhadores Sapadores realizaram uma operação de "Exploitation" (desmontando os mecanismos de armar e de fogo) de uma mina marítima de fundear Mk56 de exercício, para posterior estudo na EMERG, que deu à costa junto da praia de Valmitão em Peniche.



Mina marítima de fundear Mk56 de exercício

• Em Maio de 2006, uma equipa de 7 Mergulhadores Sapadores participou numa operação de afundamento de uma mina marítima de fundear Mk56 de exercício, que deverá ter perdido a poita que a segurava ao fundo do oceano e surgiu a flutuar a duas milhas a sul da baía de Porto Santo, na operação também participou o Navio-Patrulha "Zaire" e uma lancha semi-rígida da Polícia Marítima de Porto Santo.


Mina a flutuar


Colocação de explosivos pela equipa de Mergulhadores Sapadores


Detonação dos explosivos e subsequente afundamento da mina

          Deste modo, com objectivo de atenuar as limitações existentes da perda total (navios, guarnições e escola) de todo o "know-how" desta específica componente operacional da Armada, e atendendo à recente reformulação do "Conceito de Emprego das Unidades de Mergulhadores" (IOA 109) por forma a conferir a capacidade adequada aos novos "Requisitos Operacionais das Unidades de Mergulhadores" (POA 2 [A]), decorreu em alternativa um programa de reforço das capacidades dos Mergulhadores Sapadores.
          De frisar que os Mergulhadores Sapadores são de momento a única unidade que a Marinha de Guerra Portuguesa dispõe com capacidade de contramedidas de minas (MCM) em "Very Shallow Waters" (águas fluviais), "Shallow Waters" (águas costeiras) e em "Deep Waters" (águas profundas), sendo uma unidade de referência na NATO!
          De acordo com as indicações do GCRM - Grupo de Coordenação do Programa de Reequipamento das Unidades de Mergulhadores [Despacho CEMA n.º 28/96 de 11 de Abril], no sentido de poderem operar até 91 metros de profundidade, está previsto realizarem o Curso de Pára-quedismo Militar, como o escopo de poderem ser inseridos de forma mais rápida na zona de operações, melhorando substancialmente o seu potencial operativo.
          O GCRM, no prosseguimento da edificação da capacidade de Guerra de Minas, prevista no Sistema de Forças Nacional e observando os "Requisitos Operacionais do Destacamento de Guerra de Minas com Emprego de AUV's" (POA 15), no dia 12 de Junho de 2008 foi constituído um 3.º DMS [Despacho CEMA n.º 21/08 de 18 de Junho], especialmente vocacionado para a incorporação operacional de novos conceitos e técnicas, nomeadamente sistemas AUV's ("Autonomous Underwater Vehicles") GAVIA e respectivo equipamento de apoio (cujo processo de aquisição ocorreu recentemente).
          Ainda segundo GCRM, aumentar-se-á o investimento na formação nas Escolas da Armada e em centros de formação aliados, de forma a adquirir o saber operacional que permitirá, a médio prazo, a incorporação de módulos portáteis de guerra de minas mais pesados, com capacidade de detecção e inactivação de minas e de outros engenhos explosivos, passíveis de serem utilizados de modo contentorizados a bordo dos futuros NPO ou LFC.
          No entanto é importante ter em linha de conta que os Mergulhadores Sapadores e AUV's têm um limitado raio de acção no tocante a localização de minas, tarefa desempenhada por navios dedicados à guerra de minas, posteriormente, a inactivação ou destruição das mesmas é que são fases que podem ser executadas por Mergulhadores Sapadores ou AUV's.
          Os navios de guerra de minas têm também o benefício de não padecer de certas dificuldades que condicionam caracteristicamente a actividade dos Mergulhadores Sapadores, como as condições meteorológicas, visibilidade, posição adoptada durante a execução do trabalho, corrente contrária, temperatura da água e presença de espécies predadoras (condicionante psicológica).

NOTA: Desenhos manuscritos da autoria de Luís Filipe Silva

24 comentários:

  1. Muito culto o autor destas linhas, tem toda a razão, bons e válidos argumentos.

    Os nossos Mergulhadores são reconhecidos e excelentes, é verdade e ninguém lhes tira o mérito, demonstram isso muitas vezes em exescícios internacionais, mas navios para a guerra de minas fazem realmente falta!

    Se em 3 anos surgiram, que se tenha conhecimento duas minas, por sorte de exercício, imagino o que não se saiba...

    Valha-nos a nossa Marinha e seus marinheirods de tal perigo que afinal não é assim tão coisa do passado.

    Afonso Gomes da Costa / Sines

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  2. Viva
    Brilhante artigo como os demais.

    É espantoso o nível de cidadania do autor deste blogue que nem sequer foi militar da Briosa!

    Gostaria que todas as novas gerações de oficiais que substituiram a minha, tivessem iniciativas com esta ou participem com artigos nos clube militar naval.

    1 abraço Dr.

    M. O. Oficial da Marinha

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    1. camaradas não sei se vocês se lembram mas eu fui um deles quando duma viagem de instrução de cadetes perdemos um marinheiro manobra á entrada da barra um dos grandes nadadores ficamos sm ele até hoje não me recordo de momento a data mas foi no ano de 1967 esse marinheiro era de alter do chão eu tenho isso escrito nos meus alfarravos de momento não sei mas vou dar uma volta o comandante um belo oficial madeirense que muito gostei de trabalhar mais tarde em 1979 comandante da magalhães correia para a qual fui fazer provas de mar e convidado pelo mesmo para fazer esssa nato era eu marinheiro sinaleiro o marinheiro telegrafista era o isac que é de albergaria esse marinheiro manobra era o se não me engano o farrusco só quem lá esteve será dar o valor bem haja a todos grande abraço quando eu visitar meu alfarravos vos informo melhor ok...

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    2. Eu estive lá filhos da escola. Ficámos á deriva muito tempo e na altura penso que o socorro não foi suficientemente rápido. Ele (que eu considerava o melhor nadador) estava a ré no paiol de abastecimentos e foi arrastado para o malagueiro, tendo sido dado como desaparecido para sempre.
      Na altura penso que um colega radarista também esteve em perigo, mas conseguiu safar-se. Eu estava de eletricista de serviço e passava grande parte do tempo na cabine de comunicações de que sempre gostei muito. Ainda sonho com aquela desgraça de vez em quando. Sobre o acidente com o Ribeira Grande na época veio uma pequena notícia num jornal, tentando passar despercebida. Já agora era o M.E. 1224/65 Rodrigues. Contactem-me para revivermos esses tempos. jopiro(at)gmail.com , fico á vossa espera.

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  3. Excelente artigo sobre os nossos Draga Minas,fiz parte da guarnição do M409(StªCruz)de 15/11/72 a 8/11/74,nessa altura esses navios faziam o serviço SAR,para além dos exercicios de rocegas em frente á Costa da Caparica,toda a Barra Sul,e no dia 25 de Abril de 1974,fazia-mos parta da esquadra da NATO num exercicio SIMULADO de ROCEGA de MINAS,afim de dar passagem aos navios que estavam de saída,onde estava também a nossa Fragata "ALMIRANTE GAGO COUTINHO" (F473)que tal como ela (fragata)e restantes DRAGA MINAS,que faziam parte deste exercicio,receberam ordem para atacar LISBOA,o que não aconteceu como reza a HISTÓRIA.
    UM BEM-HAJA PARA TODOS.
    201/71 M/M Peralta Mares

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    1. Eu, Porfirio Malheiro, Mar.S. 515/71, fazia parte dessa guarnição no 25 de abril e ouvi através do meu rádio, dar ordens à Gago Coutinho para abrir fogo sobre o terreeiro do passodo, ordens do Comando do EMA.
      Grande Abraço.
      515/71 Mar. S. Malheiro

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    2. Podem também consultar o Facebook em "Filhos da Escola Janeiro 71".
      515/71 Mar. S. Malheiro.

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  4. Onde pára Draga minas " NRP Angra do Heroismo ".
    Terá sido abatido!...
    Estive a bordo em 1966 - na pica.
    De passagem.
    Mas guardo saudades, como todo o bom marujo.
    Se alguém me souber dar noticias, agradecia.
    um abraço
    Jacaré

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    1. Filho da Escola, Portugal já não tem Draga Minas, foram todos "ABATIDOS"!!!!!!!!!!

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  5. Gostei do que li. Muito especialmente porque servi no NRP Horta, em 1974/75, curiosamente numa altura em que o sr Peralta ainda servia no Santa Cruz, por isso estivemos juntos em Toulon e Palma de Mayorca, onde padecemos um pouco.

    Abraço

    Bernardo ex-Mar C 210/71

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    1. GRANDE FILHO DA ESCOLA, MUITO OBRIGADO PELO TEU COMENTÁRIO.TENS COMPARECIDO NOS NOSSOS ALMOÇOS DE CONFRATERNIZAÇÃO DA RAPAZIADA DE JANEIRO DE 1971?? NÃO TE ESQUEÇAS QUE FOMOS DA MESMA COMPANHIA, E DA MESMA CAMARATA, E SÓ NÃO GANHAMOS O GUIÃO, PORQUE MANDEI O CABO TIRAR O CABELO DOS OLHOS, COMO O GAJO ERA CARECA NÃO GOSTOU!!!!!!!! (lembras-te dessa passagem??) UM ABRAÇO, ATÉ BREVE!!!!!

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    2. Nós só não fomos para Toulon porque apanhamos tempestade à saída de Barcelona quando o Oficial de máquinas foiu ao médico por causa de lhe ter rebentado uma úlcera, daí o Belas e o Horta terem regressado a Barcelona e nós ficamos sem máquina principal e andamos à deriva durante toda a noite. Só no dia seguinte fomos autorizados a atracar em palma de mayorca para reparar o Navio.
      Naquela noite a coisa esteve muito feia, nunca me vou esquecer.
      O comandante era o 1º Tenente João Joaquim Telles Ribeiro.
      Um grande abraço do 515/71 Mar.S. Malheiro

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    3. O 1º tenente João Joaquim Telles Ribeiro era comandante do NRP LAGOA, quando no dia 25/4/73 saí de bordo desse draga-minas, para ir para a baixa do serviço na Marinha e teve a gentileza de colocar na minha caderneta militar: opinião geral, BOA. Nunca mais tive notícias desse excelente oficial da Marinha, já lá vão 40 anos. 1192/69 1º Gr "S"

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    4. Ilustre "ANÓNIMO" O 1º Tenente João Joaquim Teles Ribeiro, era o Comandante do NRP Santa Cruz M409 em 25 de Abril de 1974, assim como o Imediato era o então Guarda -Marinha acabado de ser promovido em Outubro de 1973, hoje Vice-Almirante e Vice-Chefe de Estado Maior da Armada João da Cruz Carvalho Abreu!!!!!!UM ABRAÇO!!!!!!!!

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  6. Aproveito para dar um abraço aos camaradas dos Draga-Minas que aqui postaram os seus comentários.
    Pertenci á guarnição do Draga-Minas Velas M410 nos anos 73/74.
    Ao ler tão brilhante artigo transportei-me a esses tempos idos e recordo os anos em que a Flotilha de Draga-Minas se encontrava activa e navegava em formação ao longo da costa "limpando" as Minas lançadas á entrada dos portos. Era a malta das Rocegas.
    Parabéns ao autor do Blogue e um grande abraço para a rapaziada desse tempo glorioso.
    Camilo ex Cabo M 196/70

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    1. Eu, estive embarcado no "Santa Cruz", também em 73-74. Realmente era um serviço um bocado duro. Era rocega de noite e de dia e tinha-mos bordadas de 6 horas.Eu era Sinaleiro e tinha-mos que andar á chuva e ao frio. Recordo isso com saudades.
      Mar s 515/71.

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  7. As saudades ke tenho das navegações até Troia no M401 S. Roque, em 1988, 2º grt L 158788

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  8. Lembro-me de tudo como se fosse hoje fazia parte da guarnição do N.R.P. Horta marinheiro artilheiro 153-72 Cruz. Cumprimentos a todos ;)

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  9. Era Mar. Telegrafista 11915/Vialonga no Santa Cruz em 1958/59! Foi bom! Porradinha por todos Bordos na periferia das Berlengas "7 Mares" e também era giro dar comer aos peixinhos!
    Um abraço "Marinhal" à "Malta da Briosa"!

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  10. Amigos, Tudo tem o seu tempo. De fins de 1969 até principio de 1973 quando saí,
    era o LAJES M411 o amigo fiel do SANTA CRRUZ. Fiz parte da Guarnição do LAJES durante
    esse período ( 3 anos Certos ). Saiamos juntos para as rocegas. O Santa Cruz era o navio chefe
    porque o Comandante na altura era o mais antigo. Esse facto não me deixava nada satisfeito,
    havia mesmo alguma rivalidade ! Eu era o Marinheiro da Faina do LEME, recordo quando
    fazíamos a manobra de ABASTECIMENTO com os dois Navios a par um do outro e por um
    cabo passava um Marinheiro de um navio para o outro. Ao iniciar a manobra o nosso Comandante, (PEDROSA) explicava-me o que íamos fazer, dizendo óh MAIA não podemos ficar mal. No fim da manobra, satisfeito vinha bater-me nas costas dizendo, Estiveste Bem !
    Faz HOJE exatamente 44 anos que estávamos em PALMA de MAIORCA de onde regressamos
    no dia 28/10/1971. Foram bons tempos. Para os Amigos dos dois NAVIOS um abraço e ATÉ
    SEMPRE. Fausto Maia (faustomaia.orly80@gmail.com)

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  11. Maia, Marinheiro M 510/69.
    Estive no LAJES de Janeiro de 1970 a Janeiro de 1973, 3 anos e 1 mês certos.
    Está neste preciso momento a fazer 44 anos, que os dois companheiros daquela época, LAJES e SANTA CRUZ estavam em Palma de Maiorca de onde regressaram no dia 28/10/1971
    Havia uma certa competição entre as duas guarnições, especialmente nas Rocegas.
    O Santa cruz era o navio mais antigo e esse facto deixava-me revoltado, mas era assim !
    Eu era o Marinheiro da Faina do leme no Lajes. Recordo quando fazíamos a manobra de reabastecimento. Era pôr os dois Navios a par um do outro, passar um cabo vai vem e por ele passar um marinheiro de um para o outro. Manobra de certo modo arriscada.
    O Comandante PEDROSA dizia-me, ó Maia não podemos ficar mal ... E no fim só duas palavras
    Maia, bom trabalho. Havia também uma equipa de futebol de salão em cada um. Era sempre competição. Competição Amigável. Bons tempos !
    Um Abraço para as duas guarnições e para todos os MARINHEIROS em geral.
    Até SEMPRE, MAIA

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  12. Estive no Sao Roque em 75,na altura fomos aos Acores com os mergulhadores,fazer rebentanentos nos portos da Madalena na Ilha do Pico e outros.Abracos do marinheiro Electricista 846/74 Figueiredo.

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  13. João Nobre de Carvalho17 de fevereiro de 2016 às 20:03

    Fui comandante do Draga-Minas "Lagoa" depois de vir da Guiné, em 1969/70 e recordo com muita saudade a excelente guarnição e o trabalho que fazíamos, muitas vezes com mar alteroso, mas o navio era muito bom para o mar. Tive o prazer de voltar a encontrar, durante um passeio na praia de Carcavelos, um membro da guarnição, o então Grumete Santos da Boa, que me reconheceu e, desde essa altura, temos mantido uma boa amizade, recordando os velhos tempos dos "Homens de Ferro em navios de madeira". João Nobre de Carvalho

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  14. Senhor Comandante, Acredito que tenha conhecido os Comandantes do "LAJES" e do "SANTA CRUZ" desse tempo. Eram Eles o Sr. Comandante PEDROSA e o Sr. Comandante VACAS de CARVALHO. Tive o prazer de Encontrar os Membros do Comando do "LAJES" recentemente, passados 45 anos.
    Fausto Maia

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