26/10/09

SUBMARINOS DA CLASSE "ALBACORA"

(ACTUALIZADO)
RECORDANDO NAVIOS DE UM PASSADO RECENTE


ESQUADRILHA DE SUBMARINOS


Submarino "BARRACUDA"

TIPO DE NAVIO:
Submarino convencional

PERFIL:
 
 
DESLOCAMENTO:
869 toneladas à superfície
1.043 toneladas em imersão
178 toneladas de flutuabilidade dos tanques de lastro

DIMENSÕES:

57,7 x 6,7 x 5,2 + (torre 10,4) metros

CASCO RESISTENTE:
44 x 4,9 metros

COMPARTIMENTOS:
Posto a Ré / Propulsão / Corredor higiénico, Posto de Controlo e Auxiliares / Posto de Comando, alojamentos Oficiais e porões das baterias / Posto a Vante
(4 anteparas estanques não resistentes balizas)

PROPULSÃO:
2 motores a diesel SEMT-Pielstick 12 PA4 V 185 de 450 kW - 1.300cv
2 motores eléctricos JEUMONT-SCHNEIDER de 450kW - 1.600cv
2 hélices

ENERGIA:
2 geradores diesel-eléctricos de 800cv

COMBUSTÍVEL:
74 toneladas

VELOCIDADE MÁXIMA:

Superfície - 13,5 nós (25 km)
Submerso - 16 nós (30 km)
Snorkel - 7 nós (12 km)

AUTONOMIA:

9.430 milhas a 5 nós
31 dias

PROFUNDIDADE MÁXIMA OPERACIONAL:

300 metros

PROFUNDIDADE DE COLAPSO:

575 metros

GUARNIÇÃO:
Oficiais: 7 (Sob o comando de um oficial superior)
Sargentos: 17
Praças: 32
Total: 56

RADAR:
Navegação/procura - KELVIN HUGHES 1007, banda I (37 Km de alcance)

SONAR:

- Thomson Sintra DUAA 2 (procura e ataque activo e passivo / 8.4 kHz);
- Elac Nautik LOPAS 8300 (procura e ataque passivo / baixa frequência);
- VELOX M6 (interceptor acústico)

COMUNICAÇÕES:

- Transreceptores de UHF, HF, VLF, VHF;
- 1 Rede de difusão geral;
- Telefone submarino TUUM 1A e TUUM 2A/B 50 kHz;
- Comunicações por satélite W(SUB)-ECDIS e AIS

EQUIPAMENTO:

- 1 Periscópio de observação Type M;
- 1 Periscópio de ataque ST3;
- Sistema GPS;
- Sistema IFF;
- Odómetros electromagnéticos;
- 1 Projector de sinais ALDIS;
- Sistema de Carta Electrónica ECDIS;
- Medidor da velocidade do som na água;
- Sonda ultrasónica;
- Receptor DGPS;
- 5 Faróis de navegação;
- Vidros da torre com 6mm;
- Barómetro

CONTROLO DE TIRO:
- DLT D3 (calculador da direcção de tiro)

SISTEMA DE GUERRA ELECTRÓNICA:

- ARUR/ARUD (alertador de radar, montado no periscópio)

SISTEMAS DE ARMAS:
- 12 Tubos lança-torpedos ECAN-L3 de 550mm (8 na proa e 4 na popa);
- Torpedos ECAN L3 (ASW/activo/5,5 km de alcance/25 nós);
- Torpedos ECAN E14 (ASW/ASUW/passivo/5,5 km de alcance/25 nós)

DESIGNAÇÃO NATO:

SSK

INDICATIVO DE CHAMADA INTERNACIONAL:
SUBCUDA

ENDEREÇO RADIOTELEGRÁFICO:

CTSE

NÚMERO DE AMURA:
S164

BASE DE APOIO:

Base Naval de Lisboa

NOME:
N.R.P. Barracuda

ANO DE CONSTRUÇÃO:
Maio de 1968

EMPREGO OPERACIONAL:
- Operações de protecção de forças combinadas ou conjuntas;
- Operações de vigilância e recolha discreta de informações, inclusive em zonas controladas pelo opositor;
- Condução de operações especiais e de apoio avançado a forças anfíbias;
- Operações de interdição de áreas focais, portos, costa, ou zona de navegação de elevado interesse;
- Acções de negação do uso do mar em áreas oceânicas;
- Colaboração no combate ao narcotráfico e terrorismo;
- Protecção da navegação costeira e oceânica em águas de interesse nacional;
- Efectuar operações de reconhecimento com desembarque e recolha de forças especiais em acções que requerem sigilo e surpresa;
- Efectuar acções de representação e presença naval.

NOTAS:

 Esta classe foi construída nos Estaleiros "Ateliers Dubigeon-Normandie", em Nantes (França), inicialmente eram quatro navios e formavam a 4ª Esquadrilha de Submarinos da Marinha de Guerra Portuguesa.
• O acordo para a construção foi negociado e assinado pelo Ministro das FA's Francesas e o Ministro da Marinha de Portugal a 24 de Setembro de 1964, em Paris, outorgando em nome do Governo Português o Embaixador de Portugal na França.
• Para fiscalizar e acompanhar a construção, foi enviada para o estaleiro uma missão naval portuguesa.
• Substituíram a classe "Neptuno" (classe "S"), 3ª Esquadrilha de origem inglesa, construídos durante a II Guerra Mundial.
• Durante os seus primeiros anos escoltaram navios de guerra e navios de transporte de tropas e material com destino às colónias africanas, enquanto navegavam na ZEE portuguesa.
• Marcaram o marco histórico na Marinha de Guerra Portuguesa com a mudança tecnológica de submersível para submarino.
• Tinham capacidade para operar silenciosamente, a sua velocidade reduzida permite-lhes atingir grandes profundidades, a forma exterior do casco foi aperfeiçoada e testada em tanques, todo o material de atracação é retráctil, e existem até microfones instalados no casco para permitir uma melhor monitorização do nível de ruído produzido, para controlar a velocidade e as manobras.
• O casco resistente é reforçado no local das escotilhas e em todas as outras passagens de casco em cerca de 70%, o material utilizado na construção é o aço 60 HLES (aço de 60 Kg/cm² de carga de rotura), com alto limite de elasticidade e soldável.
• De construção, eram apetrechados com 12 torpedos já colocados nos 12 tubos lança-torpedos em posição de disparo (8 na proa interiores e 4 na popa exteriores).
• Nos últimos anos de serviço, os 4 tubos de popa encontravam-se desactivados, não tiveram sala de torpedos nem recargas, a fim de evitar possíveis ruídos efectuados durante o recarregamento dos tubos lança-torpedos e reduzir o número de elementos da guarnição.
• O "Barracuda", o último submarino restante da Esquadrilha foi abatido com 42 anos de serviço e, foi o submarino mais antigo na NATO, a ser operado pela mesma Armada, com 46.636 horas de navegação (equivalente a mais de 36 circum-navegações ao Mundo) e mais de 300 missões e exercícios, no entanto mantém uma grande operacionalidade, com cerca de 120 dias de navegação por ano. De salientar que quando for abatido em finais 2009, terá mais 16 anos do que inicialmente programado.
• Participaram no treino do DAE e dos Mergulhadores de Combate, desde a inserção em praias, apoio a operações de resgate, até a recolha dos mesmos, e a aquisição de informação do litoral, nomeadamente registos fotográficos.


Exercício do DAE com submarinos

• Dois submarinos franceses desta classe desapareceram no Mar Mediterrâneo sem deixar rasto: o "Minerve" em 1968 e o "Eurydice" em 1970, em 1971 o "Flore" quase teve o mesmo destino, devido a um defeito numa válvula do "snorkel", foi retirado de serviço em 1989 e actualmente é utilizado pela Arábia Saudita para treino.
• O "Albacora", o 1.º da classe chegou à Base Naval do Alfeite em 28 de Abril de 1968, escoltado pelo "Narval" da 3.ª Esquadrilha.
• Em 1968, o "Albacora" participa pela 1.º vez num exercício internacional, no "PTB" da Marinha Francesa.
• Em Fevereiro de 1970, o "Barracuda" participou pela 1.º vez num exercício NATO "SUNY SEAS 70" com a "STANAVFORLANT".
• Em Junho de 1970, o "Delfim" participou no exercício NATO "NIGHT PATROL".
• Em Junho de 1971, o "Delfim" durante o exercício da Marinha Espanhola "Armada 71", proporcionou o embarque a 2 Oficiais e 2 Sargentos da da Marinha Espanhola, tendo o Cte., o Imediato, um Sargento e uma Praça sido agraciados com a «Cruz del Mérito Naval».
• A 9 de Dezembro de 1971, na Guerra Indo-Paquistanesa, um submarino da classe "Daphné" paquistanês, o "Hangor" afundou a fragata indiana "Khukri" da classe "Type 14" de origem inglesa, tendo sido o 1.º ataque de um submarino desde a 2.ª Guerra Mundial, curiosamente a fragata foi um dos navios da União Indiana que participou na Invasão de Goa em 1961.
• Em Dezembro de 1970, o "Delfim" no âmbito da cooperação militar, proporcionou um estágio aos alunos da Escola de Submarinos da Marinha Espanhola com saídas para o mar, por esta estar em fase de aquisição de navios da mesma classe.
• Em Março de 1972, o "Albacora" participou no exercício de manobras aero-navais da Marinha Real Britânica "JOINT MARITINE COURSE", ao largo do Norte da Escócia.
• Em Maio de 1972, o "Barracuda" realizou a sua primeira Grande Revisão efectuada em Portugal, prevista durar 18 meses, mas que terminou 33 meses após o seu início.
• Em Julho de 1972, o "Albacora" realizou uma viagem a Cabo Verde atracando na Ilha de S. Vicente, com o desiderato de testar o comportamento do submarino em águas de temperaturas elevadas, percorrendo 3.089 milhas.
• Em Setembro de 1972, ocorreu um incêndio no sistema propulsor do "Delfim" quando navegava em snorkel, pouco depois de zarpar do Porto do Funchal - Ilha da Madeira.
• Em Setembro de 1973, o "Albacora" depois de participar no exercício NATO "QUICK SHAVE" sofreu uma anomalia no sistema de comunicações que impossibilitou de comunicar ao início da viagem de regresso ao Comando da Marinha Portuguesa e da NATO, despoletando uma acção de SAR a nível nacional e da NATO.
• A 29 de Outubro de 1975, o "Cachalote" foi abatido ao efectivo e vendido à França no Porto de Toulon que por sua vez vendeu-o ao Paquistão em Janeiro de 1976, sendo baptizado de "Ghazi", posteriormente ao ser modernizado recebeu a capacidade para lançar mísseis anti-navio SUB-HARPOON.

O NRP "Cachalote" a navegar (Foto cedida por Reinaldo Delgado / blogue Navios e Navegadores)

• Em Setembro de 1979, o "Albacora" e o "Barracuda" realizam um encontro em imersão e exercício de comunicação a 3 km de distância.
• Nos anos 80 receberam uma modernização a nível de sensores.
• Em Setembro de 1980, o "Barracuda" quando se dirigia para Plymouth - Inglaterra, navegando com mau tempo à superfície durante 379 horas e 6 minutos para participar no exercício NATO "TEAM WORK", partiu duas antenas e danificou um tanque de lastro que originou uma banda de 10.º, a Bombordo.
• Em Outubro de 1980, os Adidos Militares Navais de Marinha de Guerra estrangeiras acreditados em Lisboa embarcaram num submarino para assistirem a uma demonstração das capacidades operacionais.
• Em Setembro de 1982, o "Barracuda" executou o 1.º ataque anti-submarimo com um torpedo de exercício ao "Delfim".

• Em Maio de 1983, o "Barracuda" durante o exercício NATO "LOCKED GATE 83", realizado numa área a Sul de Cádiz - Espanha, constituiu com outros submarinos uma barreira de oposição ao trânsito de forças de superfície opositoras que navegavam para o Mar Mediterrâneo, através do Estreito de Gibraltar.
Na sequência da intercepção de comunicações, o "Barracuda" identificou a aproximação da força naval do porta-aviões nuclear "Eisenhower" (CBG - Carrier Battle Group) da Marinha dos EUA, não integrada no exercício, com destino ao Mar Mediterrâneo a fim de render o CBG da 6.ª Esquadra.
Após análise dos dados disponíveis foi possível identificar que a força naval cruzaria o limite Norte da área de patrulha atribuída ao "Barracuda", pelo que com base na detecção a longa distância da força naval, na identificação do respectivo rumo de progressão e fazendo uso do profundo conhecimento das condições batitermográficas prevalecentes na zona, foi possível posicionar tacticamente o "Barracuda", utilizando as zonas de sombra dos sonares dos navios de escolta da cobertura de protecção do porta-aviões de modo a dificultar a respectiva detecção.
Perante a situação táctica e a possibilidade irrecusável de tentar-se simular um ataque a um porta-aviões, foi decidido manobrar de forma a passar sem ser detectado pela poderosa cobertura de protecção do "Eisenhower", constituída em avanço por helicópteros ASW com sonar em activo e posteriormente por navios de superfície operando também os sonares em activo.
Tal manobra foi conseguida com recurso a opções tácticas adequadas, permitindo ultrapassar com êxito total a cobertura do "Eisenhower" e posicionar o "Barracuda" a navegar ao mesmo rumo e sob o porta-aviões, até atingir a posição de ataque simulado com torpedos, totalmente indetectado.
Após a acção e logo que a situação táctica e operacional o permitiu, o "Barracuda" foi à cota periscópica e transmitiu uma mensagem para a entidade condutora do exercício (CINCIBERLANT), relatando a acção. O CBG só teve conhecimento da acção à posteriori e com suporte nos registos efectuados a bordo do "Barracuda" durante a acção.
Findo o exercício o "Barracuda" foi destinatário da seguinte mensagem pessoal de parabéns do Contra-almirante Deputy CINCIBERLANT:
"FOR BARRACUDA, THE RARE OPPORTUNITY OF ATTACKING A CARRIER MUST HAVE MADE YOUR DAY. BRAVO ZULU AND GOD SPEED".

• Em Junho de 1983, a bordo do "Albacora" foi emitido à cota periscópica (12 metros) o programa radiofónico "Despertar" da Rádio Renascença com o locutor António Sala.
• Em 1983, nos Estaleiros do Arsenal do Alfeite montou-se em todos os submarinos uma nova passagem no casco na zona da popa, que permite realizar salvamentos por via de assentamento e acoplamento de veículos de salvamento submersíveis DSRV e LR-5.
• Em 1983, o exercício nacional "SWORDFISH" realizado ao largo da Ilha da Madeira teve a particularidade de empenhar os 3 submarinos da ª Esquadrilha.
• Em 1984, o "Barracuda" foi o 1.º submarino português a efectuar fotografia subaquática a navios.
• Em Março de 1984, o "Albacora" durante a participação no exercício de submarinos da Marinha Espanhola "TAPON", realizou a 1.º passagem em imersão pelo Estreito de Gibraltar com destino ao Porto de Cádiz - Espanha, conforme a ordem de exercício e constante ameaça aero-naval das forças opositoras sem ser detectado.
• A 22 de Fevereiro de 1988, a Esquadrilha de Submarinos foi condecorada com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos.
• Entre 1993 e 1994, receberam novos radares e substitui-se o baticelerímetro e o interceptador-analisador sonar.
• Em 1994, o "Barracuda" no final de um exercício "FOST" quando emergia à cota periscópica, embateu num cargueiro no Canal da Mancha, não se registaram baixas, apenas danos estruturais na torre.


Danos estruturais na torre do Barracuda

• Em 1997, o "Delfim" quando regressava do Mar Mediterrâneo, a sul de Cádiz, correu perigo de se poder afundar, dado que metia água pela chumaceira do veio do motor de estibordo, tendo sido prontamente resolvido pela guarnição.
• Em 1999, o "Albacora" participou no exercício "CONTEX/PHIBEX" projectando para terra o DAE como força avançada, que posteriormente simulou a eliminação de uma bateria costeira de mísseis anti-navio.
• Em 1999, o "Albacora" e o "Barracuda" participaram no exercício "SWORDFISH" simulando submarinos violadores do embargo.
• Em 2000 o "Albacora" é desactivado e canibalizado.
• Em Junho de 2001, o "Delfim" realizou um exercício de salvamento submarino em Rassay na Escócia, acoplando com o veículo submersível de salvamento "LR-5" britânico, à profundidade de 146 metros.
• Em 2002, o "Delfim" participou no exercício "CONTEX/PHIBEX", servindo de transporte e meio de inserção do DAE no cenário de operações, após terem sido lançados de pára-quedas para o mar de um Hércules C-130 da FAP, com todo o seu equipamento.
• Em 2002, o "Delfim" participou no exercício "INSTREX", integrado na força opositora e nas séries de luta anti-submarina para disparo de torpedos, constituindo o mesmo como alvo dos torpedos de exercício.
• Em 2002, durante a participação do "Delfim" no exercício "NEOTAPON", no qual em simulação de luta anti-submarina, conseguiu interceptar por 3 vezes o submarino nuclear de ataque francês "Saphir" da classe "Rubis".
• Nos finais de 2003, o "Delfim" esteve atribuído ao «Flag Officer Sea Training», no mesmo ano durante o exercício "SWORDFISH", realizou com grande realismo num cenário de luta ASW, operações de transporte e inserção em território hostil de forças especiais.
• Em 2004, o "Barracuda" participou no exercício "INSTREX", actuando como ameaça, e em apoio directo à força naval fornecendo informações e efectuando o controlo da navegação.
• Em 2004, procedeu-se à substituição do interceptador-analisador sonar, do sonar passivo e equipou-se o "Barracuda" com comunicações satélite W(SUB)-ECDIS e AIS.
• Em Abril de 2005, durante o exercício "CONTEX", o "Delfim" assentou no fundo do mar simulando uma situação de acidente grave a 60 metros de profundidade.
• Em Junho de 2005, o "Delfim" participou no exercício "SHARK HUNT" organizado pela Marinha de Guerra Norte-americana, realizando um vasto conjunto de acções de treino cujo objectivo principal era o desenvolvimento e manutenção das capacidades de luta submarina em ambiente operacional complexo.
• Em Dezembro de 2005 o "Delfim" é desactivado.
• Em Maio de 2006, o "Barracuda" foi equipado com um novo sonar passivo Elac Nautik LOPAS 8300, obtendo-se um maior conhecimento de acústica submarina, podendo operar em Broadband (ruído puro) ou em Narrowband, podendo-se classificar os efeitos hidrofónicos com maior fiabilidade e não só confiando na análise DEMON e espectral.
• Em Maio de 2006, o "Barracuda" participou no exercício "SWORDFISH", servindo de transporte e meio de projecção do DAE no cenário de operações, após terem sido lançados de pára-quedas para um ponto de reunião no mar.
• Em Maio de 2009, o "Barracuda" realizou um exercício com a fragata "Bartolomeu Dias" no âmbito da demonstração para os Auditores do Curso de Defesa Nacional.
• Em Julho de 2009, o "Barracuda" participou numa demonstração relativa ao exercício de Segurança Energética organizado para o Presidente da República.


O "Barracuda" e um helicóptero Linx Mk95

• Os três submarinos irão ser conservados, sendo transformados em museus, o "Delfim" em Viana do Castelo, o "Barracuda" em Cascais e o "Albacora" na própria Esquadrilha de Submarinos na Base Naval do Alfeite.
• Participam também nos exercícios nacionais: AÇOR e ZARCO; e internacionais: OCEAN SAFARY, POST e JOLLY ROGER nos quais adquirem perícia ao patrulhar as águas e contribuem para o treino de navios ASW.
• Para além de Portugal a classe DAPHNÉ, também é operado pelas Marinhas de Guerra da África do Sul, Espanha e Paquistão.

PARTICIPAÇÃO EM MISSÕES IMPORTANTES:
• Em 15 de Dezembro de 1982, o "Barracuda" realizou o 1.º afundamento por um submarino português, lançando à superfície um torpedo L3 a 3.800 metros contra o Navio-Butaneiro "Bandim" que se encontrava à deriva e semi-afundado com a proa elevada 15 metros acima da superfície, naufragado a 120 milhas a SW do Cabo Espichel e por constituir um perigo para a navegação, atingido a 30 metros de profundidade, afundou-se completamente em 13 minutos.
 
Gerbe resultante da explosão do torpedo L3

• Em 1993, o "Albacora" e o "Delfim" participaram na «Operação Sharp-Guard» da UEO/NATO no Mar Adriático, junto às costas da ex-Jugoslávia, efectuando vigilância marítima num total de 730 horas de imersão.
• Em 1997, o "Barracuda" participou na «Operação Endurance» no Oceano Atlântico, durante 31 dias sem atracar, reabastecendo pela estação de popa do Navio-Reabastecedor "Bérrio" pela primeira vez em alto-mar, operação que já não era realizada por nenhuma Marinha de Guerra, desde a 2ª Guerra Mundial.
• Em Janeiro de 2004, a 46 milhas de Vila Real de Santo António, o "Delfim" (desactivado em 2005) participou numa missão de combate ao narcotráfico na ZEE Portuguesa, em cooperação com a Polícia Judiciária, tendo vigiado e seguido um iate espanhol, recolhendo informações úteis para uma força que o abordou posteriormente, composta por elementos do DAE, Fuzileiros, um helicóptero Lynx e uma corveta, a operação culminou na apreensão de 5,5 toneladas de haxixe.


18 comentários:

  1. ANTÓNIO J M NUNES DA SILVA26 de outubro de 2009 às 22:21

    Com esta resenha, mais um excelente serviço prestado à Marinha.
    Nunes da Silva

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  2. Excelente artigo, muito informativo e isento... Vou divulgar no BNM

    LMC

    BLOG DOS NAVIOS E DO MAR

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  3. Só beneficiariam como atitude de civismo os nossos políticos, fazedores de opinião pública e jornalistas antes de dizer, comentar ou lançar alguma coisa para o público generalista sobre o actual ou futuros submarinos, se informassem sobre a matéria!

    Mais uma vez, o autor deste excelente blogue (é um facto inegável), brindamos com um artigo que mete inveja a quem por dever deveria publicitar e advogar a defesa dos seus meios.

    M. O. Oficial da Marinha na Reserva

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  4. Que mais se poderá dizer de mais este excelente artigo a não ser dedicar ao autor um merecido BZ (Bravo Zulu) tipicamente naval como fez o próprio Comandante da Área NATO Ibero-Atlântica, sediado em Oeiras, a propósito da "façanha" do Barracuda aqui tão bem relatada.
    Muitos parabens por mais esta sua magnífica prosa.
    Pires Neves, Vice-Almirante, na Reforma

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  5. Excelente artigo, como vem sendo hábito.
    Apenas uma pequena correcção: o nome dos estaleiros é Dubigeon-Normandie com 'b'.

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  6. Boa noite, além de ser um texto excelente e pormenorizado, finalmente é possível conhecer a história verdadeira e com detalhe do afundamento em exercício do porta-aviões americano Eisenhower pelo nosso submarino Barracuda.

    Também aproveito a ocasião para dar os meus parabéns ao autor deste blogue pelos textos impecáveis, que dão muito a conhecer sobre todo o tipo de meios da Armada, até a ex-militares da Marinha como eu…

    Mário Pinto
    Almada

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  7. Caro Amigo.
    De facto o Shipping está em todo o lado.
    Parabéns por partilhar comigo esse gosto, a ARTE de divulgar o shipping.
    Parabéns pelo excelente blogue, bastante permonorizado e criativo.

    Continue, partilhe, ensinar é aprender duas vezes.

    Saudações marítimas
    José Modesto

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  8. mts missoes aqui relatadas nelas partecipei com mt prazer,,,,espera no N.R.P. Arpão realizar outras tantas com tanto orgulho quanto nessas tive...

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  9. por acaso nao sabe o numero do diario da republica que publicou a condecoraçao da medalha de ouro dos serviços distintos a esquadrilha de submarinos

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  10. Muito bom artigo, mas acrescento uma dica que deveria investigar. Em 2001 depois do exercicio, o submarino Delfim passou por uma situação algo parecida com a que o Barracuda tinha passado 1994.
    Tenho dito

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  11. Aquele episódio do Barracuda com o porta aviões ouvi-o quando fui para a Marinha em 1981. Ocorreu mais que uma vez ou há erro de datas?

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  12. O Pontinha/Quarto Defesa 197023 de setembro de 2013 às 21:02

    Um muito e muito obrigado por esta grande rezanha.
    Sinto que fui um dos preveligiados ao ter feito parte da quarta esquadrilha num momento tão importante da histoória da Esquadrilha de Submarinos.
    A minha alcunha era:
    O Pontinha
    um forte abraço aos novos Submarinistas.

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  13. O Pontinha/Quarto Defesa 197026 de setembro de 2013 às 17:55

    O Submarino Barracuda numas manobras da Nato em 1971 comandado pelo Comandante Pereira Leite,qundo chegou a Base Naval trasia no Posto Avante uma bandeira com caracteristicas de Pirata com a tonelagem impressa de uma parte da esquadra Americana fora de combate.
    Ocorreram duas vezes,não á erro de datas.
    Saudações Submarinistas

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  14. Falta o episodio do Canal da Mancha... No dia em que um Submarino Portugues emergiu e virou uma traineira Francesa!

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  15. Excelente artigo. Muito obrigado!
    Saudações do filho de um oficial A/S, que muitas vezes "afundou" e foi "afundado" por estes submarinos, e que nunca escondeu em casa a sua admiração e amizade para com as suas tripulações!

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  16. Também acho que é um excelente artigo.
    Aproveito para lembrar que a primeira penetração por um submarino desta classe, com êxito, de uma cobertura de um porta-aviões EUA, com emersão a menos de 1000jj dessa unidade valiosa, se deu creio que em 1969, durante um exercício TRILATERAL, pelo desde logo muito felicitado BARRACUDA do distinto comandante João Diogo de Barros e Sousa Macedo Mesquita Leitão e Carvalhosa .

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  17. Embora um pouco tarde, e depois de ter lido tudo, ainda me revejo um bocadinho neste artigo valioso, porque fazia parte da guarnição do ALABACORA na viagem a Cabo Verde em julho de 1072 e no regresso fizemos escala em Tenerife. Embora tenha deixado a Marinha em janeiro de 1973, a paixão da Marinha e dos submarinos em particular continua bem viva. José da Silva ex Cabo C 8614 (jds.0305@hotmail.com)

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  18. Excelente artigo. So um pequeno erro, o submarino Daphné Francês "Flore" nao serviou para Arabia Saudita para treino (alias nenhum submarino francês serviou para isso) mais se tornou um museo na cidade de Lorient, na antigua base de submarinos (eu trabalho là). www.la-flore.fr
    Desculpe meu portugues, faz tempo que eu nao pratico!
    Nicolas

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