Para a 3.ª “LEITURA À VISTA”, recomendo o livro: "Bissau em chamas", da Editora Casa das letras, redigido pelos Almirantes Alexandre Reis Rodrigues e Américo Silva Santos.
«Em Junho de 1998 aconteceu na República da Guiné-Bissau um golpe de estado militar seguido, sem solução de continuidade, por uma guerra civil sem quartel.
Não se tratava, obviamente, do primeiro golpe militar africano. Mas, para Portugal, era uma ocasião especial por razões de natureza política e estratégica e por motivações afectivas muito próprias.
Duas vias se apresentaram que pareciam fornecer a Portugal a oportunidade e os instrumentos necessários para recolher os cidadãos nacionais em situação precária e ajudar o povo e o Estado da Guiné-Bissau a retomar o caminho da sua normal evolução democrática: em primeiro lugar, a catalisação de uma aliança com nações amigas para uma intervenção humanitária militar preparada para impor e manter a paz entre as partes em conflito; e em segundo lugar, a acção nacional isolada, com o acordo das autoridades guineenses, correndo o risco de enfrentar hostilidades de potências já envolvidas no conflito.
Os esforços desenvolvidos para a primeira solução lamentavelmente falharam. E Portugal ousou! Rápida e decididamente, de forma que se revelou oportuna, competente e eficaz, assumiu a segunda via. Vencendo cepticismos internos e externos, a diplomacia e as Forças Armadas Portuguesas, sob uma direcção política com vontade de fazer, viram recompensada a sua ousadia...».
Recomendo a sua leitura. E quem tenha dúvidas, da necessidade de termos uma Marinha à altura deste nosso pequeno País, mas com uma costa tão imensa, ficará com dados suficientes, para jamais ter dúvidas
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