1.ª Parte da Foto-reportagem "Olhares sobre o Afeganistão" sobre a participação de Fuzileiros no Contingente Nacional (FND-PRT ISAF) destacado no Afeganistão, entre Setembro de 2010 a Abril de 2011. Texto e imagens compilado pelo SAJ FZ RES Rogério Pinho e Silva:
"OLHARES SOBRE O AFEGANISTÃO"
Desde a chegada ao 1º BIMEC em Stª Margarida em Agosto de 2010, passando pelo RI 14 em Viseu para dar continuidade ao aprontamento, pelo decorrer da cerimónia de entrega do Estandarte Nacional, pela partida para o TO em Cabul, pelo cumprimento da missão e regresso, decorreram mais de duzentos dias de intensa e incansável actividade que nem o calor extremo, o frio agudizante e o pó intragável conseguiram esmorecer!
Espero, através desta foto-reportagem, dar a conhecer um pouco do que foi a missão, das dificuldades de comunicação, do frio intenso e do calor extremo, mas também da alegria e do prazer que sentimos com a amizade daquela gente simples e carregada de sofrimento!
Treino na carreira de tiro (1º BIMEC)
Treino de patrulha
Treino sobre viaturas Hummer (RI 14 Viseu)
Treino de reacção a emboscada
Cerimónia entrega Estandarte Nacional
Desfile após a cerimónia
A partida do aeroporto de Figo Maduro aconteceu por volta da 01.00horas do dia 29Nov.2010.
As despedidas são sempre angustiantes. O que se diz dos atentados é interpretado por cada um da forma possível, mas a coragem de cumprir a tarefa que se recebeu está acima de tudo! Durante o voo, nunca preguei olho, embora à volta muita gente “passasse pelas brasas”. Isso permitiu-me ir fotografando alguns aspectos da viagem.
Elementos da Associação de Fuzileiros
Cumprimentos de despedida
Subida para o avião
Durante o voo de 07 horas
Imagem do voo
Entrada no vale de Cabul
Saída do avião
Transporte blindado Norte-americano
Reconhecimento ao KMTC
Reconhecimento da área de exercícios
Treino para ministrar a formação
Aula sobre tipos de patrulhas
Preparada a formação, iniciámos o nosso dia-a-dia com os alunos do curso de Sargentos do ANA, ministrado inicialmente, em conjunto com a equipa de militares Romenos, nas instalações do KMTC, (Kabul Military Training Center). Mais tarde viemos a assumir, sozinhos, a formação de todo o curso que oscilava entre os 200 e os 240 militares. Para a formação existia apenas uma sala, onde colocar todos estes militares era sem dúvida complicado.
Elementos da Associação de Fuzileiros
Cumprimentos de despedida
Subida para o avião
Durante o voo de 07 horas
Imagem do voo
Entrada no vale de Cabul
À chegada ao aeroporto de Cabul, a observação em redor deixa-nos preocupados. Estamos num vale rodeado de montanhas, donde seria muito fácil lançar um ataque com resultados catastróficos. Aguardámos o transporte blindado que só chegou umas sete horas depois, começava já a escurecer!
Saída do avião
Transporte blindado Norte-americano
Alguns dias depois, após termos na nossa posse a identificação necessária, podemos finalmente sair de Camp WhereHouse para efectuar o reconhecimento da zona onde iríamos trabalhar. O choque entre as duas civilizações é tremendo; separam-nos cerca de 395 anos!
Reconhecimento ao KMTC
Reconhecimento da área de exercícios
Treino para ministrar a formação
Aula sobre tipos de patrulhas
Preparada a formação, iniciámos o nosso dia-a-dia com os alunos do curso de Sargentos do ANA, ministrado inicialmente, em conjunto com a equipa de militares Romenos, nas instalações do KMTC, (Kabul Military Training Center). Mais tarde viemos a assumir, sozinhos, a formação de todo o curso que oscilava entre os 200 e os 240 militares. Para a formação existia apenas uma sala, onde colocar todos estes militares era sem dúvida complicado.
Aspecto da sala de aula
Algumas matérias são dadas ao ar livre
Aqui a concentração é um desafio...
Treino de posições para a carreira de tiro
Castigos para os distraídos
Parte das aulas são dadas ao ar livre, muitas vezes por falta de espaço. O calor constante, algumas vezes chuva ou neve e o ruído envolvente, não permitem grande concentração. O produto final dos cursos deixa-nos angustiados porque queríamos muito mais qualidade.
A carreira de tiro é sem dúvida a nossa grande preocupação. Com os constantes atentados que vitimaram muitos soldados da NATO e recentemente o atentado na carreira de tiro com os militares Espanhóis, fazem com que a todo o momento os nossos olhares percorram completamente a linha de tiro na procura de algum movimento ou atitude estranha. Gostávamos de envergar a boina do Fuzileiro, mas o bom senso e as regras ditam que na carreira de tiro todos os militares portugueses usam capacete kevlar, colete anti bala e se acharem necessário têm a arma pronta a fazer fogo.
Transporte para a área de exercícios
Avanço para objectivo
Carreira de tiro
Tiro com munição real
Viatura portuguesa de controlo
Tiro em condições adversas
Visita a Camp Álamo
Comando do TLC (Time Líder Course)
Aspectos da formação
Em conversa com o Major do TLC
Controlo das munições
Municiando com munições de salva
Perímetro defensivo
Treino de CAE
Oferta de material de apoio
Aspectos do almoço
Troca de lembranças
Foto para a posteridade
Imagens do Presépio
A carreira de tiro é sem dúvida a nossa grande preocupação. Com os constantes atentados que vitimaram muitos soldados da NATO e recentemente o atentado na carreira de tiro com os militares Espanhóis, fazem com que a todo o momento os nossos olhares percorram completamente a linha de tiro na procura de algum movimento ou atitude estranha. Gostávamos de envergar a boina do Fuzileiro, mas o bom senso e as regras ditam que na carreira de tiro todos os militares portugueses usam capacete kevlar, colete anti bala e se acharem necessário têm a arma pronta a fazer fogo.
Transporte para a área de exercícios
Avanço para objectivo
Carreira de tiro
Tiro com munição real
Viatura portuguesa de controlo
Tiro em condições adversas
A visita do Comandante da FND PRT ao KMTC teve como objectivo a observação da forma como decorriam os trabalhos na área da formação e inteirar-se de algumas dificuldades que se depararam aos militares portugueses.
Visita a Camp Álamo
Comando do TLC (Time Líder Course)
Aspectos da formação
De salientar a introdução do CAE (combate em áreas edificadas), que veio a fazer parte do curso do TLC. Foram também cedidas ajudas em material de apoio didáctico e auxiliares de instrução, que os militares afegãos receberam com imensa alegria.
A área de exercícios é tão extensa e eles mudam tão rapidamente de planos que chegámos a andar cerca de duas horas à procura da nossa companhia de alunos.
Em conversa com o Major do TLC
Controlo das munições
Municiando com munições de salva
Perímetro defensivo
Treino de CAE
Oferta de material de apoio
Decorrido algum tempo, decidimos que, para fomentar a camaradagem entre os instrutores afegãos que trabalhavam connosco, um almoço seria interessante, uma vez que poderíamos também dar a conhecer a gastronomia portuguesa. O evento decorreu em Camp WereHouse e foi, sem dúvida, muito interessante.
Aspectos do almoço
Troca de lembranças
Foto para a posteridade
O Natal é a época da nostalgia. Eu não sou muito ligado a estas coisas, à excepção do jantar em família que considero o ponto alto. Por estar ligado à comissão de acompanhamento do bar, era nossa missão retratar, de forma mais ou menos fiel, o Natal de Portugal, por isso construímos um Presépio. A camaradagem que se vive nestes dias é mais acentuada porque nos tornamos efectivamente uma família.
Imagens do Presépio
Queria agradecer ao camarada Morais a sua incansável dedicação na preparação desta apresentação. Devido ao volume de trabalho que é recebido, esta apresentação sai algo atrasada, o que é compreensível. A apresentação terá uma dupla função; em primeiro, mitigar a nostalgia por parte de quem lá esteve envolvido na missão e em segundo, dar a oportunidade a quem a vir, de ficar por dentro daquilo que foi, para mim, a oportunidade dos Fuzileiros, militares com uma preparação e um treino específico, demonstrarem que afinal qualquer que seja o cénario, a missão será um sucesso. Isto é fruto da aprendizagem, da abenegação, da simplicidade e do respeito que sempre vincámos junto das populações. Tenho a certeza que, com todo o trabalho desenvolvido, quer na área da formação, quer no apoio, os Afegãos passaram a olhar mais demoradamente e a respeitar a Bandeira de Portugal.
ResponderEliminarSubscrevo o que é dito no comentário anterior. E para o Engenheiro desta obra, que é o BLOGUE BARCO À VISTA. Os meus parabéns. E muito obrigado pela dedicação. Um abraço.
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