No Teatro de Operações de Angola, os Mergulhadores da Armada estiveram destacados como parte integrante da lotação de pessoal do Comando Naval de Angola, cujos Serviços Gerais disponham de Mergulhadores-Sapadores destacados para o Comando em 1970 e, que foram rendidos individualmente após perfazer em média 04 anos de Comissão de Serviço em virtude de prestar serviço no Comando Naval.
Esta Unidade de Mergulhadores-Sapadores foi sempre a nível de Secção, sendo constituída por: 01 Sargento US e 02 Praças US, mais tarde atendo a requisitos operacionais a Unidade recebeu o reforço de mais uma Praça US.
Mergulhador da Armada em treinos ao largo de Luanda (Foto cedida por Cte. Duarte Costa)
Mergulhador da Armada em treinos ao largo de Luanda (Foto cedida por Cte. Duarte Costa)
No entanto, é de referir que já anteriormente alguns navios da Marinha Portuguesa destacados em Comissão de Serviço em Angola, tinham incorporados nas suas guarnições Praças especializados em Mergulhadores-Vigias, a título de exemplo:
- Navio-Patrulha P582 "NRP Madeira" da classe "Príncipe" em 1962/1963;
- Navio-Patrulha P585 "NRP São Tomé" da classe "Príncipe" em 1967;
- Navio-Patrulha P584 "NRP Sal" da classe "Príncipe" em 1967.
Entre Julho de 1962 e Setembro de 1963, o Navio-Patrulha "NRP Madeira" recebe na sua guarnição duas Praças especializados em Mergulhadores-Vigias incluídos na lotação de outras classes, por este motivo antes de partir para uma comissão de serviço em Angola, foi-lhe montado a bordo um sistema com garrafas de ar comprimido que mediante um filtro adequado permitia o recarregamento das garrafas do equipamento de mergulho, dando maior autonomia ao emprego dos seus Mergulhadores-Vigias fora do porto de Luanda, onde eram recarregadas na empresa comercial "Angases".
Mergulhadores-Vigias do Navio-Patrulha P582 "NRP Madeira" (Foto cedida por Cte. Duarte Costa)
Mergulhadores-Vigias do Navio-Patrulha P582 "NRP Madeira" (Foto cedida por Cte. Duarte Costa)
No início de Dezembro de 1962, os Mergulhadores-Vigias do Navio-Patrulha "NRP Madeira" realizaram por três vezes uma inspecção às obras-vivas do Navio-mercante de passageiros "Niassa" da CNN, durante a sua estadia no Porto Comercial de Luanda em operações de carregamento de material de guerra, por recurso a busca de querena, com o escopo de detectar potenciais minas-lapa colocados por supostos mergulhadores dos movimentos de guerrilha angolana.
A 01 de Junho de 1963, os
Mergulhadores-Vigias do Navio-Patrulha "NRP Madeira" participam nas buscas de dois ocupantes de um jeep que caiu ao Rio Quanza, perto da localidade de Dondo em colaboração com elementos da Companhia de Fuzileiros n.º 1. Por vezes eram solicitados para recuperar material militar que se perdia em cursos de água.
Mergulhador-Vigia recupera uma espingarda automática HK G3 A4 de 7,62mm (Fotos cedidas por Cte. Duarte Costa)
Em 1967, uma Praça Mergulhador-Vigia da guarnição do Navio-Patrulha "NRP São Tomé" efectuou a avaliação das condições do casco de uma embarcação afundada junto ao extremo Norte do cais das INIC (Instalações Navais da Ilha do Cabo) - Luanda e, a possibilidade da sua destruição parcial por recurso a cargas explosivas ou corte de chapa, dado constituir um perigo a outros navios.
Em 1967, uma Praça Mergulhador-Vigia da guarnição do Navio-Patrulha "NRP São Tomé" efectuou a avaliação das condições do casco de uma embarcação afundada junto ao extremo Norte do cais das INIC (Instalações Navais da Ilha do Cabo) - Luanda e, a possibilidade da sua destruição parcial por recurso a cargas explosivas ou corte de chapa, dado constituir um perigo a outros navios.
Entre os dias 09 e 12 de Março de 1967, os Praças Mergulhadores-Vigias dos Navios-Patrulha "NRP São Tomé" e NRP "Sal", procederam à recuperação de uma camioneta de passageiros que caiu da ponte sobre o Rio Luquiche-Zadi, ficando totalmente submersa e em local com corrente muito forte.
Após reconhecimento e estabelecimento do plano de acção, a camioneta foi retirada para fora de água, com a colaboração do Batalhão de Artilharia 1853 destacado em Damba, após os Mergulhadores-Vigias terem conseguido passar um cabo de aço preso a duas das suas GMC's e máquinas de construção civil que estavam a arranjar o campo de aviação da localidade.
Fases da operação de recuperação da camioneta com Mergulhador-Vigia (Fotos cedidas por Cte. Duarte Costa)
Terminada a operação, foi redigido um relatório pelo então Cte. da LDG 102 "NRP Ariete" da classe "Alfange" que, coordenou toda a operação (por ter sido instrutor do CIMCM) e entregou ao Comando Naval de Angola, onde advogava a vantagem do CNA dispor de uma Secção de Mergulhadores-Sapadores, atendendo ao cada vez maior número de missões para Mergulhadores.
Fases da operação de recuperação da camioneta com Mergulhador-Vigia (Fotos cedidas por Cte. Duarte Costa)
Terminada a operação, foi redigido um relatório pelo então Cte. da LDG 102 "NRP Ariete" da classe "Alfange" que, coordenou toda a operação (por ter sido instrutor do CIMCM) e entregou ao Comando Naval de Angola, onde advogava a vantagem do CNA dispor de uma Secção de Mergulhadores-Sapadores, atendendo ao cada vez maior número de missões para Mergulhadores.
Difícil encontrar mais palavras de elogio ao autor do blogue, desta vez com a prestimosa colaboração do meu amigo Com.te Duarte Costa.
ResponderEliminarBem hajam.
Tenho dito - metam uma medalha por serviços distintos em prol da Marinha no peito deste Homem no Dia da Marinha!
ResponderEliminarM. O. Oficial da Armada ref
Caro amigo Morais bem-haja por toda a sua constante dedicação as coisa da marinha, eu e os meus camaradas mergulhadores agradece-mo-lhe por esta Honra com que nos destaca no seu fabuloso blog barco à vista.
ResponderEliminarA filtragem que o nosso Amigo Morais, coloca em tudo que pública no seu blogue sobre a Marinha, é de facto louvável. Lamento que eu, e outros amigos, o não possamos fazer. Um grande abraço Amigo
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