Lancha de Desembarque Grande "BACAMARTE"
TIPO DE NAVIO:
Lancha de Desembarque
PERFIL:
DESLOCAMENTO:
654 toneladas
DIMENSÕES:
56,2 x 11,8 x 1,8 metros
PROPULSÃO:
2 motores a diesel MTU MD-225 - 910cv
2 hélices
ENERGIA:
2 geradores diesel-eléctricos CUMMINS de 85kVA
VELOCIDADE MÁXIMA:
Vazia: 10,5 nós (20 km)
Carregada: 9,5 nós (17 km)
AUTONOMIA:
2.600 milhas a 10,5 nós
5.000 milhas a 7 nós
GUARNIÇÃO:
Oficiais: 3 (Sob o comando de um oficial subalterno)
Sargentos: 4
Praças: 20
Total: 27
RADAR:
Navegação - KELVIN HUGHES 1007, banda I (37 Km de alcance)
COMUNICAÇÕES:
- Radiogoniómetros VHF / HF / MF;
- Transreceptores VHF / UHF / HF;
- VHF DSC SAILOR;
- 1 ETO (Emissor Transmissor de Ordens);
- 2 Projectores de sinais
EQUIPAMENTO:
- 1 Bote pneumático ZEBRO III;
- Sistema de Carta Electrónica ECDIS;
- Sistema GPS;
- 1 Ferro de roça à popa;
- Receptor DGPS;
- Girobússola ARMA-BROWN;
- Anemómetro;
- Agulha magnética;
- Agulha giroscópica;
- Barógrafo;
- Barómetro;
- Ar condicionado;
- 2 Balsas salva-vidas;
- Sistema de recepção de Avisos à Navegação NAVTEX;
- Receptor meteorológico FAC-SIMILE – NAGRAFAX;
- 1 Grua hidráulica telescópica HIAB 60 SEACRANE de 3,5 toneladas;
- 1 Câmara hiperbárica contentorizada
CAPACIDADE DE CARGA:
28,5 x 8 metros / 350 toneladas no total
(400 tropas, 10 viaturas, 8 blindados ligeiros, 5 LARC ou 4 carros de combate)
Viatura anfíbia LARC-5 a embarcar na "Bacamarte"
SISTEMAS DE ARMAS:
2 Peças OERLIKON de 20mm/65 (2 Km de alcance);
2 Metralhadoras-ligeiras HK 21 de 7,62mm
DESIGNAÇÃO NATO:
LCU
INDICATIVO DE CHAMADA INTERNACIONAL:
DESARTE
ENDEREÇO RADIOTELEGRÁFICO:
CTJK
NÚMERO DE AMURA:
LDG 203
BASE DE APOIO:
Base Naval de Lisboa
NOME:
N.R.P. Bacamarte
ANO DE CONSTRUÇÃO:
1985
EMPREGO OPERACIONAL:
- Transporte de apoio logístico (mantimentos, munições, etc);
- Embarque e desembarque de tropas, viaturas, blindados e carros de combate;
Desembarque de cadetes da Academia Militar
- Apoio e participação em exercícios e operações navais;
- Reboque de alvo de artilharia para tiro de superfície;
- Navio de apoio a Mergulhadores;
- Recolha de torpedos;
Recuperação de um torpedo de exercício com o apoio de Mergulhadores
- Missões de treino de mar;
- Combate a poluição no mar;
"Bacamarte" com o sistema de combate à poluição V-SWEEP, montado a Estibordo
- Apoio a operações SAR;
- Presença Naval;
- Serviço público
NOTAS:
• As lanchas desta classe (inicialmente 3) são de concepção e construção nacional: a "Bombarda" e "Alabarda" nos Estaleiros Navais do Mondego (Figueira da Foz) e a "Bacamarte" nos Estaleiros do Arsenal do Alfeite, esta última com ligeiras diferenças na superestrutura.
• A LDG 201 "Bombarda", de Julho de 1969 até Outubro de 1974 foi destacada para a Guiné-Bissau durante a Guerra Colonial, apoiando e participando em operações, transportando civis e militares, abastecimentos, viaturas e material militar, regressou a Portugal em Junho de 1975, passando a participar em exercícios navais e a realizar missões logísticas. Foi abatida ao efectivo dos navios da Armada em 31 de Outubro de 1997 e vendida à empresa angolana SONAUTA, recebendo o nome "Chiloango" e classificada como navio Ro-Ro de passageiros e carga.
SISTEMAS DE ARMAS:
2 Peças OERLIKON de 20mm/65 (2 Km de alcance);
2 Metralhadoras-ligeiras HK 21 de 7,62mm
DESIGNAÇÃO NATO:
LCU
INDICATIVO DE CHAMADA INTERNACIONAL:
DESARTE
ENDEREÇO RADIOTELEGRÁFICO:
CTJK
NÚMERO DE AMURA:
LDG 203
BASE DE APOIO:
Base Naval de Lisboa
NOME:
N.R.P. Bacamarte
ANO DE CONSTRUÇÃO:
1985
EMPREGO OPERACIONAL:
- Transporte de apoio logístico (mantimentos, munições, etc);
- Embarque e desembarque de tropas, viaturas, blindados e carros de combate;
Desembarque de cadetes da Academia Militar
- Apoio e participação em exercícios e operações navais;
- Reboque de alvo de artilharia para tiro de superfície;
- Navio de apoio a Mergulhadores;
- Recolha de torpedos;
Recuperação de um torpedo de exercício com o apoio de Mergulhadores
- Missões de treino de mar;
- Combate a poluição no mar;
"Bacamarte" com o sistema de combate à poluição V-SWEEP, montado a Estibordo
- Apoio a operações SAR;
- Presença Naval;
- Serviço público
NOTAS:
• As lanchas desta classe (inicialmente 3) são de concepção e construção nacional: a "Bombarda" e "Alabarda" nos Estaleiros Navais do Mondego (Figueira da Foz) e a "Bacamarte" nos Estaleiros do Arsenal do Alfeite, esta última com ligeiras diferenças na superestrutura.
• A LDG 201 "Bombarda", de Julho de 1969 até Outubro de 1974 foi destacada para a Guiné-Bissau durante a Guerra Colonial, apoiando e participando em operações, transportando civis e militares, abastecimentos, viaturas e material militar, regressou a Portugal em Junho de 1975, passando a participar em exercícios navais e a realizar missões logísticas. Foi abatida ao efectivo dos navios da Armada em 31 de Outubro de 1997 e vendida à empresa angolana SONAUTA, recebendo o nome "Chiloango" e classificada como navio Ro-Ro de passageiros e carga.
Chiloango , ex-LDG "Bombarda" (Foto de Luís Miguel Correia)
• A LDG 202 "Alabarda", de Novembro de 1971 até 1975 foi destacada para a Guerra Colonial, realizando diversas missões de reabastecimento logístico na costa angolana, regressando a Portugal em Julho de 1975, passando a efectuar missões de apoio logístico nos Açores. Foi abatida ao efectivo dos navios da Armada em 31 de Outubro de 1997 e vendida à empresa angolana SONAUTA, mantendo o mesmo nome e classificada como navio Ro-Ro de passageiros e carga.
LDG "Alabarda" nos Açores
• O seu desenho e características técnicas assemelham-se bastante com as Lanchas de Desembarque da classe "Edic 700" da Marinha de Guerra Francesa.
Lancha de Desembarque da classe EDIC 700 da Marinha de Guerra Francesa
• A LDG 203 "Bacamarte", durante os seus primórdios realizou missões de carácter de serviço público, contribuindo para a ligação e transporte logístico inter-ilhas de material, pessoas, bens e construção de portos no arquipélago dos Açores.
• A principal característica é a capacidade de abicar a terra, possibilitando o embarque e desembarque de tropas, viaturas, blindados e carros de combate, assim como transportar o apoio logístico necessário a forças de Fuzileiros.
Desembarque de Jipe 4x4 LAND ROVER DEFENDER 110 SW
Desembarque de Jipe 4x4 MERCEDES GD240
Desembarque de Camião 4x4 MERCEDES-BENZ UNIMOG U 1550L
• Em 1979, a LDG 201 "Bombarda" realizou uma missão de cooperação de 2 meses na República de Cabo Verde.
• Em 1999, a LDG 203 "Bacamarte" participou no exercício "CONTEX-PHIBEX" transportando as viaturas anfíbias LARC-5 utilizadas no assalto anfíbio.
• Em Outubro de 2002, a LDG 203 "Bacamarte" serviu como meio de embarque e desembarque nos testes à capacidade anfíbia das viaturas em concurso para renovação da frota de blindados de rodas (APC/IFV).
Testes à viatura blindada PIRANHA III durante o concurso para renovação da frota de blindados APC/IFV de rodas
• Em Abril de 2003, a LDG 203 "Bacamarte" participou no exercício "SWORDFISH", rebocando o alvo de artilharia para tiro de superfície.
• Em 2004, durante a manutenção da LDG 203 "Bacamarte" no Arsenal do Alfeite, realizaram-se as alterações necessárias para instalação de uma câmara hiperbárica contentorizada e um contentor standard de alojamento, passando a servir como navio de apoio aos Mergulhadores (DIVING SUPPORT UNIT), substituindo nesta tarefa o Navio-balizador "Schultz Xavier".
Contentor standart de alojamento
• Em 2004, a LDG 203 "Bacamarte" no decorrer do exercício "INSTREX", apoiou a força naval e transportando o alvo de artilharia para tiro de superfície.
Alvo rebocavél para fogo de artilharia naval
• Em Novembro de 2006, a LDG 203 "Bacamarte" participou no exercício "LUSIADA" no âmbito da preparação das Forças Armadas para cenários de resposta a crises.
• Em Novembro de 2006, a LDG 203 "Bacamarte" participou no exercício "LUSIADA" no âmbito da preparação das Forças Armadas para cenários de resposta a crises.
• Em Junho de 2009, a LDG 203 "Bacamarte" participou no exercício de combate à poluição do mar e de salvamento marítimo "MERO 09", juntamente com a corveta "Afonso Cerqueira", Navio-Patrulha "Zaire", Navio de Passageiros "Lobo Marinho" e o Navio-Tanque "Galp Marine", ao largo da Ponta do Garajau na Madeira.
• Em Junho de 2007, a LDG 203 "Bacamarte" apoiou a realização do exercício da Academia Militar "TIGRE 07, transportando os cadetes.
• Em Junho de 2009, a LDG 203 "Bacamarte" foi destacada para apoiar os Mergulhadores no âmbito da aceitação de dois sistemas AUV's GAVIA pela Marinha Portuguesa.
Sistemas AUV's GAVIA no poço da "Bacamarte"
• Em Julho de 2009, a LDG 203 "Bacamarte" participou numa demonstração relativa ao exercício de Segurança Energética organizado para o Presidente da República.
• Em Outubro de 2009, participou no exercício de combate à poluição "ESPADARTE 2009", nas acções de contenção e a recolha de hidrocarbonetos, na costa Oeste ao largo de Sines.
• Participa também nos exercícios nacionais: AÇOR e ZARCO.
PARTICIPAÇÃO EM MISSÕES IMPORTANTES:
• A 22 de Novembro de 1970, a LDG 201 "Bombarda" participou na "Operação Mar Verde", juntamente com a LDG 104 "Montante", as LFG’s "Orion", "Hidra", "Cassiopeia" e "Dragão" e os DFE's n.º 21 e 22 (Africanos), na Guiné-Conakry.
• De Outubro de 1974 a Junho de 1975, a LDG 201 "Bombarda" em conjunto com as LDG 101 "Alfange", LDG 102 "Ariete", fragata "Roberto Ivens" e corveta "Augusto Castilho", rumaram da Guiné-Bissau para Cabo Verde para apoiar o processo de descolonização em curso.
• A 22 de Novembro de 1970, a LDG 201 "Bombarda" participou na "Operação Mar Verde", juntamente com a LDG 104 "Montante", as LFG’s "Orion", "Hidra", "Cassiopeia" e "Dragão" e os DFE's n.º 21 e 22 (Africanos), na Guiné-Conakry.
• De Outubro de 1974 a Junho de 1975, a LDG 201 "Bombarda" em conjunto com as LDG 101 "Alfange", LDG 102 "Ariete", fragata "Roberto Ivens" e corveta "Augusto Castilho", rumaram da Guiné-Bissau para Cabo Verde para apoiar o processo de descolonização em curso.
• Em Novembro de 2002, a LDG 203 "Bacamarte" esteve empenhada nas operações de combate à poluição no mar, resultantes do afundamento do petroleiro "Prestige", utilizando equipamento de recolha de poluição e transportando uma cisterna.
Embarque da cisterna pelo tractor de reboque
Cisterna a bordo da LDG Bacamarte
Desembarque da cisterna por recurso a uma grua
• Em Junho de 2003, a LDG 203 "Bacamarte" esteve envolvida nas operações de combate à poluição no mar, resultantes do afundamento do navio porta-contentores "Nautila", tendo sido utilizada na detecção e recolha de bidões que se encontravam à deriva na área, as operações de recolha foram efectuadas com o apoio de Mergulhadores Sapadores.
NOTA: Artigo do Blog da Reserva Naval sobre as LDG's:
NOTA: Artigo do Blog da Reserva Naval sobre as LDG's:
Em 1998 fotografei em Lisboa a BOMBARDA após ter sido vendida à empresa SONAUTA, de Luanda. Passou a ser um navio mercante de 435 toneladas GT com o nome CHILOANGO e está classificada como navio Ro.Ro de passageiros e carga. Tenho que digitalizar algumas destas imagens. Parece que ainda se encontra em serviço em águas de Angola.
ResponderEliminarLMC
Não sei precisar o ano, mas em 2016/17 abatemos (Sonauta) ao inventário, tanto a Chiloango como a Alabarda, ambas cortadas a maçarico e puxadas para terra com tratores de rastos na Ilha de Luanda. Tinha várias fotos do desmantelamento de ambas mas infelizmente perdi-as, mas ainda há registos disso...
EliminarCaro Camarada,
ResponderEliminarvocê está sempre a "postos"!
Já merecia ser condecorado no próximo Dia da Marinha!
Viva!
ResponderEliminarEm Angola:
http://sonauta.net/frota.htm
Muito interessante esta informação. Pela minha parte, como editor da revista Todo Terreno, fiquei ainda mais curioso. Como é que poderei fazer uma reportagem sobre esta lancha de desembarque os os veículos anfíbios e jipes que pode transportar? Se alguém souber indicar-me, agradeço!
ResponderEliminarAlexandre Correia
Simplesmente espectacular, com excelentes informações sobre a vida operacional dos navios.
ResponderEliminarO blogue de referência sobre a nossa marinha de guerra.
Parabéns!...
Luis Filipe Silva
Caro Alexandre Correia: A melhor forma é fazendo um pedido ao Gabinete do Chefe do Estado Mair da Armada referindo a intenção da reportagem em causa.
ResponderEliminarPode começar por aqui:
http://www.marinha.pt/PT/extra/Pages/Contactos.aspx
Serviço de informação e Relaçõs Públicas
gabcema@marinha.pt
Caro Barco à Vista
ResponderEliminarJá aqui está um meio que simboliza a capacidade de projecção de força da nossa Marinha!!
Para quando artigos dedicados aqueles que representam essa força em terra (Os Fuzileiros, claro!!!!)?
Parabéns!!!!
Pelo número de visitas e pelos comentários deixados por outros blogers, este sitio já é uma referência sobre a nossa "BRIOSA".
para quando o reconhecimento pelos responsaveis do museo da marinha pela historia destes apaixonantes navios. LDP LDM LDG eu tive o prazer de ter navegado e sentir a alegria de ouvir ao longe o doce roncar dos seus motores. Guine 1970/72
ResponderEliminarO NRP Bombarda acompanhei desde Cabo Verde ate as Canarias "Las Palmas" quando regreçou da Guiné , fez Base no Mindelo e depois entao acompnhada pelo NRP Augusto Castilho abandonou de vez as suas missoes no Ultramar , com as condiçoes atmosfericas levamos cerca de 9 dias do Mindelo ate Las Palmes e mesmo de reboque , o mar nao a deixava avançar , foi durua a missa mas com exito.....
ResponderEliminarEm 1975, entre Outubro e Dezembro, quando passei à disponibilidade como subten RN 124/73, fui imediato da "Alabarda", recém chegada, a reboque, de Angola. Estive sempre atracado na base do Alfeite, a par da "Bombarda", no cais 5S. Dali fomos rebocados quase no fim do ano para "fabricos" no Arsenal. Foi bom recordar...
ResponderEliminarEm 1978-79 fui Imediato da Bombarda. Muitos exercicios Contex e viagens até alto mar ( minimo 6000 metros de profundidade)
Eliminarpara largar material de guerra obsoleto.
Quase nos encontrava-mos a bordo da ALABARDA, Fiz parte da guarnição entre Nov74 e Jul75, fazendo a viagem de Angola a Lisboas, com escala em Sao Tomé e Las Palmas. Boas recordações. (Reinaldo Santos - mar.L 1530/69)
EliminarAcompanhei-o nesses exercicios Contex e descargas de material, Sr. Imediato Ferreirra, do Sousa unico "L" a bordo, cordias saudações.
Eliminarola pesso desculpa pela minha ignorancia, mas vi que esta lancha e considerada grande.. uma lancha das mesmas dimensoes ou esta mesmo dariam para funcionar num navio anfibio da classe mistral por exemplo???
ResponderEliminarO DFE 22 Não participou na OP Mar Verde Não existia nem em Formação Só ficou Operacional no Final de 1971 Só o DFE 21 Participou nessa Operação e mais alguns Homens FZEs Metropolitanos doutros DFES em Comissão na Guiné .
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