Projecto das Lanchas de fiscalização Costeira
Em 2004, a par da aprovação do "Conceito de Emprego Operacional das LFC" (IOA 608) e dos "Requisitos Operacionais das LFC" (POA 13), foi determinado a necessidade de concluir o processo de construção e entrada ao serviço da 3ª e última série de Lanchas de Fiscalização baseada na classe "Argos".
Deste modo, no âmbito da capacidade de fiscalização da ZEE serão construídas pelos ENVC em parceria com o Estaleiro Holandês "Damen Schelde" até 2014, a par do programa dos NPO, 5 Lanchas de Fiscalização Costeira, com a opção de construção de mais 3 em substituição dos dois NPO cancelados.
Trata-se de navios com uma tonelagem intermédia entre a dos NPO's e as Lanchas de Fiscalização Ribeirinha, com o escopo de substituir os Navios-Patrulha da classe "Cacine", navios estes que face ao facto de já terem ultrapassado o seu termo de vida útil, originaram uma situação insustentável no que respeita à sua manutenção.
O projecto técnico das LFC foi concretizado por uma equipa de Oficiais ECN - Engenheiros Construtores Navais da Armada e dos ENVC, consubstanciando a necessidade de apetrechar a Marinha com uma plataforma robusta e de design moderno, mas mais ligeira e económica de operar que os NPO's na área costeira associada ao mar territorial e zona contígua, por um período de até 10 dias.
Pretendeu-se nomeadamente manter as características basilares das LFR da classe "Argos" e "Centauro", no que concerne à pouca exigência de guarnição e incorporação de armamento e sensores, maximizar a automação, boa habitabilidade, capacidade de navegar a toda a velocidade com condições de mau estado de mar "Força 5", prover de um sistema propulsor diesel versátil e de um sistema misto de estabilização do balanço para melhorar o comportamento dinâmico do navio no mar a diversos regimes de velocidade.
Planta das Lanchas de fiscalização Costeira
De salientar que os navios destinam-se a realizar missões de carácter eminentemente público, podendo navegar inclusivo nos diversos portos nacionais de pequena dimensão, devido ao seu reduzido calado, o projecto contempla inclusivo soluções técnicas para tratamento de resíduos orgânicos e não orgânicos.
Serão dotados de uma doca à ré polivalente e versátil, com duas portas de eixo vertical, de modo a facilitar o lançamento e recolha de uma LAR - Lancha de Assalto Rápida, apetrechada com uma metralhadora-ligeira de 7,62mm, utilizada como meio de projecção de Fuzileiros ou Mergulhadores.
A operação de largar e recolher da LAR, passível de ser realizada a 10 nós, é feita por alagamento de um a popa, em que um mecanismo hidráulico, comanda a porta do poço e o berço da LAR, local este que também permite ser utilizada para o apoio prestado aos Mergulhadores, incorporando módulos contentorizados de guerra de minas portáteis, com capacidade de detecção e inactivação de minas e de outros engenhos explosivos.
Outras valências da doca:
- Estiva de artes caladas em situação presumivelmente infractora;
- Embarque de um contentor normalizado de 20 TEU, para logística;
- Embarque de uma câmara hiperbárica contentorizada de 20 pés;
- Lançamento e recolha de submersíveis não tripulados para a guerra de minas;
- Lançamento e recolha de material de combate à poluição no mar;
- Recolha de náufragos no patim da doca, junto à linha de água.
A cerimónia de assinatura do contrato-base de construção de 5 LFC decorreu em 19 de Dezembro de 2005 nos ENVC, assinado pelo Ministro da Defesa Nacional e entre a Marinha Portuguesa com os ENVC, a 17 de Março de 2009.
Terá a priori a seguinte sequência de entrega:
- 1ª lancha em 2012;
- 2ª e 3ª lancha em 2013;
- 4ª e 5ª lancha em 2014.
Desenho do projecto das Lanchas de fiscalização Costeira, apresentando linhas angulosas
PRINCIPAIS TAREFAS A DESEMPENHAR:
• Patrulhar, vigiar e fiscalizar as águas costeiras de jurisdição nacional;
• Apoiar, proteger e controlar actividades económicas, científicas e culturais ligadas ao mar, ao leitodo mar e ao subsolo marinho;
• Protecção e fiscalização da pesca e dos seus recursos;
• Operações de busca e salvamento marítimo (SAR);
• Executar operações de socorro e assistência, designadamente em colaboração com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, em situações de catástrofe, calamidade ou acidente;
• Apoio à projecção de Forças Especiais, mediante a utilização de uma Lancha de Assalto Rápido;
• Execução de operações de apoio a guerra de minas e de Mergulhadores;
• Presença naval e formação/treino.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
- Deslocamento: 700 toneladas;
- Dimensões: 59,9 x 9,9 x 2,7 metros;Deste modo, no âmbito da capacidade de fiscalização da ZEE serão construídas pelos ENVC em parceria com o Estaleiro Holandês "Damen Schelde" até 2014, a par do programa dos NPO, 5 Lanchas de Fiscalização Costeira, com a opção de construção de mais 3 em substituição dos dois NPO cancelados.
Trata-se de navios com uma tonelagem intermédia entre a dos NPO's e as Lanchas de Fiscalização Ribeirinha, com o escopo de substituir os Navios-Patrulha da classe "Cacine", navios estes que face ao facto de já terem ultrapassado o seu termo de vida útil, originaram uma situação insustentável no que respeita à sua manutenção.
O projecto técnico das LFC foi concretizado por uma equipa de Oficiais ECN - Engenheiros Construtores Navais da Armada e dos ENVC, consubstanciando a necessidade de apetrechar a Marinha com uma plataforma robusta e de design moderno, mas mais ligeira e económica de operar que os NPO's na área costeira associada ao mar territorial e zona contígua, por um período de até 10 dias.
Pretendeu-se nomeadamente manter as características basilares das LFR da classe "Argos" e "Centauro", no que concerne à pouca exigência de guarnição e incorporação de armamento e sensores, maximizar a automação, boa habitabilidade, capacidade de navegar a toda a velocidade com condições de mau estado de mar "Força 5", prover de um sistema propulsor diesel versátil e de um sistema misto de estabilização do balanço para melhorar o comportamento dinâmico do navio no mar a diversos regimes de velocidade.
Planta das Lanchas de fiscalização Costeira
De salientar que os navios destinam-se a realizar missões de carácter eminentemente público, podendo navegar inclusivo nos diversos portos nacionais de pequena dimensão, devido ao seu reduzido calado, o projecto contempla inclusivo soluções técnicas para tratamento de resíduos orgânicos e não orgânicos.
Serão dotados de uma doca à ré polivalente e versátil, com duas portas de eixo vertical, de modo a facilitar o lançamento e recolha de uma LAR - Lancha de Assalto Rápida, apetrechada com uma metralhadora-ligeira de 7,62mm, utilizada como meio de projecção de Fuzileiros ou Mergulhadores.
A operação de largar e recolher da LAR, passível de ser realizada a 10 nós, é feita por alagamento de um a popa, em que um mecanismo hidráulico, comanda a porta do poço e o berço da LAR, local este que também permite ser utilizada para o apoio prestado aos Mergulhadores, incorporando módulos contentorizados de guerra de minas portáteis, com capacidade de detecção e inactivação de minas e de outros engenhos explosivos.
Outras valências da doca:
- Estiva de artes caladas em situação presumivelmente infractora;
- Embarque de um contentor normalizado de 20 TEU, para logística;
- Embarque de uma câmara hiperbárica contentorizada de 20 pés;
- Lançamento e recolha de submersíveis não tripulados para a guerra de minas;
- Lançamento e recolha de material de combate à poluição no mar;
- Recolha de náufragos no patim da doca, junto à linha de água.
A cerimónia de assinatura do contrato-base de construção de 5 LFC decorreu em 19 de Dezembro de 2005 nos ENVC, assinado pelo Ministro da Defesa Nacional e entre a Marinha Portuguesa com os ENVC, a 17 de Março de 2009.
Terá a priori a seguinte sequência de entrega:
- 1ª lancha em 2012;
- 2ª e 3ª lancha em 2013;
- 4ª e 5ª lancha em 2014.
Desenho do projecto das Lanchas de fiscalização Costeira, apresentando linhas angulosas
PRINCIPAIS TAREFAS A DESEMPENHAR:
• Patrulhar, vigiar e fiscalizar as águas costeiras de jurisdição nacional;
• Apoiar, proteger e controlar actividades económicas, científicas e culturais ligadas ao mar, ao leitodo mar e ao subsolo marinho;
• Protecção e fiscalização da pesca e dos seus recursos;
• Operações de busca e salvamento marítimo (SAR);
• Executar operações de socorro e assistência, designadamente em colaboração com o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, em situações de catástrofe, calamidade ou acidente;
• Apoio à projecção de Forças Especiais, mediante a utilização de uma Lancha de Assalto Rápido;
• Execução de operações de apoio a guerra de minas e de Mergulhadores;
• Presença naval e formação/treino.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
- Deslocamento: 700 toneladas;
- Velocidade máxima: 25 nós (46 km);
- Propulsão:
4 motores a diesel de 9.400 kW;
1 propulsor de proa;
2 hélices de passo variável e reversível
- Energia:
2 Geradores eléctricos de 400 kW;
1 Gerador de emergência de 200 KW
- Autonomia: 3.360 milhas em 10 dias a 14 nós;
- Guarnição:
Oficiais: 5
Sargentos: 6
Praças: 16
Total: 27
- Alojamento adicional:
Oficiais: 2
Sargentos: 2
Praças: 3
Total: 7
- Água doce: 10 toneladas, capacidade de produção de 6m³/dia;
- Estabilizadores activos não retrácteis
EQUIPAMENTO:
- Sistema integrado de gestão de plataforma (SIGP);
- Sistema integrado de navegação (SIN);
- Sistema Integrado de Controlo de Comunicações (SICC);
- Serviços básicos de rede (correio electrónico, Web, directoria e escritório electrónico);
- Serviços de segurança da informação;
- Sistema de carta electrónica ECDIS;
- Sistema integrado de comunicações (EID):MF/HF/VHF/UHF, ETO, INMARSAT B;
- Sistema de Fiscalização e Controlo das Actividades de Pesca (SIFICAP);
- Sistema de Informação da Configuração e Apoio Logístico aos Navios (SICALN);
- Multisensor electro-óptico SAGEM, para detecção, gravação e registo de imagens;
- Electronic Chart Display and Information System (ECDIS);
- Web Information Services Environment (WISE);
- Radiodifusão da RMP (Recognized Maritime Picture Broadcast);
- Acesso à Intranet da Marinha (WAN_Marinha);
- Sistema de tratamento de resíduos;
- Equipamentos GMDSS;
- 1 Propulsor de manobra à proa;
- Duas embarcações semi-rígidas DELTA, uma de 8 e outra de 6,5 metros;
- Uma Lancha de Assalto Rápida com uma metralhadora-ligeira de 7,62mm
SISTEMAS DE ARMAS:
- 1 Peça OERLIKON Mk4 de 20mm/70 com direcção de tiro (2 Km de alcance);
- 2 Metralhadoras-ligeiras HK 21 de 7.62mm
Muitos parabéns por mais um contributo excelente na divulgação de assuntos do maior interesse para a compreensão dos navios e do mar.
ResponderEliminarDe cada vez que visito este blog, fico supreendido com a informação detalhada que tem!
ResponderEliminarParabéns Dr. e continue!
Devia concorrer aos prémios da Academia de Marinha que patrocinam estas iniciativas.